Monte Licabeto
Oráculo de Delfos :: Mundo Mortal :: Grécia :: Atenas
Página 1 de 1 • Compartilhe
Monte Licabeto
Monte Licabeto
⁘ atenas ⁘
O Licabeto aparece em várias lendas. Contos populares sugerem que era um refúgio de lobos, o que é, possivelmente, a origem do seu nome (significa "aquele [o morro] onde andam os lobos"). Mitologicamente, o Licabeto é creditado a deusa Atena, que o criou quando ela caiu de uma montanha que estava carregando de Pallene para a construção da Acrópole após a caixa segurada por Erictônio ter sido aberta.
template by: oráculo de delfos rpg
Re: Monte Licabeto
Irmandade Sangrenta
Hefesto tentou sorrir para os jovens enquanto o elevador descia terra adentro - uma ação quase impossível para aquele deus -, mas ele deu o melhor que podia. Estava pedindo demais daqueles mortais, e entendeu que eles precisavam de algum sinal de encorajamento e confiança.
Era de se esperar que o elevador fizesse uma longa viagem, mas ninguém como Hefesto conhecia os caminhos da terra. Os heróis podiam sentir a velocidade com a qual o transporte se movia, mas não tinham ideia de que estavam indo para cima e para baixo, girando e dando piruetas, passando por lagos e pelo fundo do oceano, e até uma voltinha no submundo, antes de finalmente chegarem ao seu destino. O elevador subia e aos poucos os semideuses eram recebidos pelo sol do fim de tarde de Atenas. Porém algo bloqueava grande parte da iluminação alaranjada. Conforme o elevador subia, eles viam dezenas de pares de pernas negras. E quando finalmente o elevador parou com uma sineta cômica, eles viram a quem aquelas pernas pertenciam. Eram como as Fobias de Fobos, mas estes eram mais encorpados. Não tinham pelo algum em seus corpos distorcidos. A pele deles lembrava asas de morcego; um couro escuro e muito esticado. Mas tinham o mesmo sorriso sinistro daquelas criaturas que os heróis enfrentaram a bordo do Tormenta de Squila. Ao olharem para trás, veriam que estavam na base do monte; a cidade logo a frente. — Sejam bem-vindos a Atenas — disse uma voz no meio da multidão de monstros. — Eu, sinceramente, achei que Hefesto tinha desistido.
Os monstros estavam abrindo caminho para alguém passar. Até que ele surgiu. Um adolescente parecido com Fobos, tão belo quanto o deus do medo. A diferença estava nos músculos do jovem - mais evidentes do que em Fobos. Ele tinha o cabelo rente ao couro, como os cortes militares. Vestia uma calça camuflada, uma camisa preta com estampa da banda Metallica, e uma jaqueta de couro negra que parecia possuir minúsculas escamas - dependendo do ângulo que era iluminada. — Mas vocês estão atrasados. — Ele disse aquilo olhando para duas pequenas crianças que acompanhavam ele. Eram um menino e uma menina - que não deviam ter mais que uns oito anos de idade e pareciam calmas demais, dada as circunstâncias. — Eu sou Deimos, deus do Terror. E você é Marissa — ele disse aquilo apontando para a semideusa de Poseidon, indiscretamente. — Meu irmão me falou bastante sobre você. — O deus avaliava Marissa de cima a baixo. — Você não parece bem o elo fraco que ele me prometeu. Mas talvez eu esteja errado. Espero estar… Precisamos de alguém determinado a causa contra os Olimpianos. — Ele seguia analisando Marissa, coçando o queixo - claramente idealizando um futuro em sua mente. E então olhou para Diego e sorriu. — Eu devia imaginar. Você faz o tipo dele. — Deimos torceu o lábio ao mirar Ava e Ivanna. Claramente sentia a aura de Atena nas duas. Mas seus olhos brilharam quando avistou Mia. — Você… Isso vai ser interessante. — Quando olhou para Marissa outra vez, voltou a sorrir. — Você vai ter sua chance de se provar. Talvez tenha passado pelo teste de Fobos, mas o meu não é tão fácil. Ainda acho que você não é merecedora do que temos a oferecer. Digam olá aos meus Temores. — Ao dizer aquilo, as criaturas que formavam um meio círculo atrás de Deimos começaram a se retorcer.
Cada um dos Temores foi assumindo uma forma diferente. E Deimos, aparentemente, tinha um tema em mente quando as criou. Pois todas elas foram assumindo formas de vilões de filmes de terror. A transformação em si era assustadora; da imagem do couro preto se esticando e rasgando, ao som de ossos se partindo e gritos abafados. Mas as crianças ao lado de Deimos ainda pareciam bastante calmas. — Espero que Hefesto não tenha dado a entender que seria fácil demais. — Deimos colocou as mãos nos ombros das crianças e deu as costas para os semideus. — Vamos, Fobos está esperando por nós — e sumiu no mar de vilões atrás deles. Algumas daquelas criaturas se afastaram com o deus, formando um escudo ao redor dele. Logo a entourage foi envolta por um turbilhão de sangue e sumiram. Com os heróis, ficaram os cinco Temores que assumiram a forma de Freddy Krueger, de A Hora do Pesadelo; Samara Morgan, d’O Chamado; Chucky, de Brinquedo Assassino; Jason Voorhees, de Sexta-feira 13; Michael Myers, de Halloween.
Quando o Sol se pôs de vez, à pouca luz da lua, aquela imagem seria o combustível do pesadelo de muita gente. E os Temores, apesar da caricatice, não tinham nem um pingo do tom dramático de Fobos e Deimos. Sem dizer nada, eles partiram para cima dos heróis. Chucky mirou as pernas de Ava, enquanto Jason tentou uma investida contra Ivanna. Freddy foi para cima de Diego com uma risada macabra e sua luva com lâminas nos dedos erguida - mirando o rosto do filho de Dionísio. Já Marissa foi surpreendida pela velocidade de Myers, que era mais rápido do que seu corpo grande e pesado deixava transparecer. Já Samara, permanecia parada, de frente para Mia.
Era de se esperar que o elevador fizesse uma longa viagem, mas ninguém como Hefesto conhecia os caminhos da terra. Os heróis podiam sentir a velocidade com a qual o transporte se movia, mas não tinham ideia de que estavam indo para cima e para baixo, girando e dando piruetas, passando por lagos e pelo fundo do oceano, e até uma voltinha no submundo, antes de finalmente chegarem ao seu destino. O elevador subia e aos poucos os semideuses eram recebidos pelo sol do fim de tarde de Atenas. Porém algo bloqueava grande parte da iluminação alaranjada. Conforme o elevador subia, eles viam dezenas de pares de pernas negras. E quando finalmente o elevador parou com uma sineta cômica, eles viram a quem aquelas pernas pertenciam. Eram como as Fobias de Fobos, mas estes eram mais encorpados. Não tinham pelo algum em seus corpos distorcidos. A pele deles lembrava asas de morcego; um couro escuro e muito esticado. Mas tinham o mesmo sorriso sinistro daquelas criaturas que os heróis enfrentaram a bordo do Tormenta de Squila. Ao olharem para trás, veriam que estavam na base do monte; a cidade logo a frente. — Sejam bem-vindos a Atenas — disse uma voz no meio da multidão de monstros. — Eu, sinceramente, achei que Hefesto tinha desistido.
Os monstros estavam abrindo caminho para alguém passar. Até que ele surgiu. Um adolescente parecido com Fobos, tão belo quanto o deus do medo. A diferença estava nos músculos do jovem - mais evidentes do que em Fobos. Ele tinha o cabelo rente ao couro, como os cortes militares. Vestia uma calça camuflada, uma camisa preta com estampa da banda Metallica, e uma jaqueta de couro negra que parecia possuir minúsculas escamas - dependendo do ângulo que era iluminada. — Mas vocês estão atrasados. — Ele disse aquilo olhando para duas pequenas crianças que acompanhavam ele. Eram um menino e uma menina - que não deviam ter mais que uns oito anos de idade e pareciam calmas demais, dada as circunstâncias. — Eu sou Deimos, deus do Terror. E você é Marissa — ele disse aquilo apontando para a semideusa de Poseidon, indiscretamente. — Meu irmão me falou bastante sobre você. — O deus avaliava Marissa de cima a baixo. — Você não parece bem o elo fraco que ele me prometeu. Mas talvez eu esteja errado. Espero estar… Precisamos de alguém determinado a causa contra os Olimpianos. — Ele seguia analisando Marissa, coçando o queixo - claramente idealizando um futuro em sua mente. E então olhou para Diego e sorriu. — Eu devia imaginar. Você faz o tipo dele. — Deimos torceu o lábio ao mirar Ava e Ivanna. Claramente sentia a aura de Atena nas duas. Mas seus olhos brilharam quando avistou Mia. — Você… Isso vai ser interessante. — Quando olhou para Marissa outra vez, voltou a sorrir. — Você vai ter sua chance de se provar. Talvez tenha passado pelo teste de Fobos, mas o meu não é tão fácil. Ainda acho que você não é merecedora do que temos a oferecer. Digam olá aos meus Temores. — Ao dizer aquilo, as criaturas que formavam um meio círculo atrás de Deimos começaram a se retorcer.
Cada um dos Temores foi assumindo uma forma diferente. E Deimos, aparentemente, tinha um tema em mente quando as criou. Pois todas elas foram assumindo formas de vilões de filmes de terror. A transformação em si era assustadora; da imagem do couro preto se esticando e rasgando, ao som de ossos se partindo e gritos abafados. Mas as crianças ao lado de Deimos ainda pareciam bastante calmas. — Espero que Hefesto não tenha dado a entender que seria fácil demais. — Deimos colocou as mãos nos ombros das crianças e deu as costas para os semideus. — Vamos, Fobos está esperando por nós — e sumiu no mar de vilões atrás deles. Algumas daquelas criaturas se afastaram com o deus, formando um escudo ao redor dele. Logo a entourage foi envolta por um turbilhão de sangue e sumiram. Com os heróis, ficaram os cinco Temores que assumiram a forma de Freddy Krueger, de A Hora do Pesadelo; Samara Morgan, d’O Chamado; Chucky, de Brinquedo Assassino; Jason Voorhees, de Sexta-feira 13; Michael Myers, de Halloween.
Quando o Sol se pôs de vez, à pouca luz da lua, aquela imagem seria o combustível do pesadelo de muita gente. E os Temores, apesar da caricatice, não tinham nem um pingo do tom dramático de Fobos e Deimos. Sem dizer nada, eles partiram para cima dos heróis. Chucky mirou as pernas de Ava, enquanto Jason tentou uma investida contra Ivanna. Freddy foi para cima de Diego com uma risada macabra e sua luva com lâminas nos dedos erguida - mirando o rosto do filho de Dionísio. Já Marissa foi surpreendida pela velocidade de Myers, que era mais rápido do que seu corpo grande e pesado deixava transparecer. Já Samara, permanecia parada, de frente para Mia.
_________________
Aquela que enrola o fio, tecendo a vida
Láquesis
Mensagens : 164
Perfil de Herói
Filiação: Zeus
Classe: Espectro
Nível: *
Glória: Imortalizado(a)
Re: Monte Licabeto
Irmandade Sangrenta - 08 - O deus do Terror
Eu nunca havia entrado em um elevador antes. Meu cérebro ainda tem muita dificuldade em compreender como certas coisas funcionam, como por exemplo: escadas rolantes. A primeira vez que me deparei com uma delas, não soube direito o que fazer. E senti vergonha, pois parecia a coisa mais fácil do mundo, para todos ao redor, ser transportado de um andar para outro com elas, enquanto para mim era quase um universo paralelo. Eu tive medo das escadas, assim como estava com medo do elevador. Mas o elevador é ainda mais desconfortável para mim. Não gosto de me sentir presa em um lugar muito pequeno, principalmente com outras pessoas ao redor. Não há onde se esconder em um elevador. Não há como evitar as pessoas. Mesmo que naquele momento fossem meus companheiros de missão a minha companhia naquela caixa mágica fechada que nos transportaria de um lugar para outro, e eu já os conhecesse, ainda assim me senti desconfortável. Acho que o desconhecido sempre nos assusta e, bom, o elevador me assustou um pouco. Ou muito. Por isso, preferi ficar de olhos fechados enquanto fazíamos toda a viagem. Com os olhos fechados com força. E as mãos em punho. A sensação lembrava, um pouco, andar de barco a motor. Quero dizer, ao menos na questão de velocidade. Dava para sentir que estávamos indo muito rápido. Ou talvez não tivesse nada a ver com um barco, porque eu também sentia uma pressão horrível na cabeça, mas é a melhor referência na qual consegui pensar.
Descobri que tínhamos chegado quando a pressão mudou meio bruscamente e o elevador parou. Senti meus companheiros começarem a se mover ao som de uma sineta e fui capaz de perceber uma luz forte, mesmo ainda de olhos fechados. Quando os abri, já do lado de fora, eles tiveram dificuldade de se acostumar com a claridade no início, e precisei colocar o antebraço na frente da luz do sol do final de tarde. Já devíamos estar em Atenas. E consegui sentir a apreensão dos outros ao meu redor com alguma coisa que eu demorei alguns segundos a mais para enxergar. Mas quando o fiz, imediatamente engoli em seco. Criaturas encorpadas, com a pele parecendo um couro escuro, como asas de morcego, e um sorriso tão sinistro quanto daqueles seres horrendos a mando de Fobos que enfrentamos anteriormente nos aguardavam. Era possível ver a cidade à frente, e às nossas costas um enorme monte. Coloquei-me em posição defensiva com meu arco em mãos, certa de que aquele seria nosso reencontro com Fobos. E do meio da multidão daqueles seres horríveis, ecoou uma voz. Os monstros se moveram para que o dono dela passasse entre eles, e então surgiu ao alcance da nossa visão uma figura muito parecida com Fobos. No mesmo instante meu semblante mudou. O receio daqueles seres permaneceu, afinal, eram horripilantes e amedrontadores. Porém, eu não aparentaria medo para ele mais uma vez. Ele não me intimidaria com seus truques de novo. Estaria mentindo se dissesse que de uma hora para outra o ímpeto de fugir e me esconder me abandonou, mas eu não deixaria transparecer ao deus do medo. Não seria fraca aos seus olhos novamente.
O único momento que me lembro de ter estampado um semblante parecido e sentido o calor da raiva percorrer meu corpo, foi no dia em que os homens cruéis roubaram nosso lar no brejo. Eu senti medo naquele dia. Tive medo do que poderiam fazer comigo, mas mesmo assim, eu quis enfrentá-los. Quis mostrar que nossas terras tinham dono, que eles não tinham o direito de invadir e roubar o que nos pertencia. Aquela era nossa casa! No entanto, eu me achava fraca demais para lutar contra eles, para mandá-los embora. E realmente era, na época. Mas eu não sou mais a mesma menininha fraca. E eu nunca mais quero ser. A natureza me ensinou muitas coisas. Os animais me ensinaram muitas coisas. E aprendi outras tantas no acampamento. Estava na hora de mostrar que eu não era somente a garota arisca e acuada que veio do brejo.
No entanto, aquele não era Fobos, embora fosse muito parecido. Aquele era Deimos, que Hefesto citara em suas explicações. Fobos era o deus do medo. E naquele momento, estávamos sendo apresentados ao deus do terror. E minha raiva não era direcionada a ele. Porém, passou a ser no momento em que ele me olhou e chamou-me pelo nome. Disse que eu não parecia o elo fraco que Fobos prometera, mas esperava estar errado, pois eles precisariam de alguém determinado a causa contra os Olimpianos. Aquilo fez meu sangue ferver. Fechei os olhos com força e puxei fundo o ar, controlando a raiva. Foi uma sensação diferente e estranha. Não estou acostumada a ser consumida pela raiva, mas me deixou incrédula a confiança que eles tinham de que eu iria para o lado deles. Por que eu me uniria a quem influenciou pessoas a matarem mais e mais pessoas em uma guerra por diversão? A quem degolou o próprio monstro que lutava em seu comando? Será que pensavam que eu era tão manipulável assim? Acreditavam que, mesmo depois de encontrar Hefesto e saber de tudo, escolheria ficar ao lado deles? Será que, como tantos, pensavam que eu era burra? Tapada? A idiotinha que veio do mato, facilmente influenciável? Bom, eu não sou! E faria questão de mostrar!
Deimos disse algumas palavras aos outros também, Diego e Mia, e lançou um olhar para Ivanna e Ava, mas então sua atenção voltou-se novamente para mim. E o que ele encontrou em minha expressão foi um olhar de pouquíssimos amigos, muito diferente do olhar temeroso que Fobos viu ao me conhecer. Enquanto eu mantinha minha compostura, ele deixava claro que eu teria a chance de me provar. Eu podia ter passado pelo teste de Fobos, mas o dele não seria tão fácil. Deimos ainda não me via como merecedora do que tinham a oferecer. Meus lábios tremeram. Eu quis responder muitas coisas a ele. Estava cansada de ser subestimada. Mas antes que o fizesse, ele nos apresentou suas criaturas horrendas. Chamou-as de Temores. E meu olhar fixou-se nelas quando estas começaram a se contorcer e tomar novas formas. Foi uma das imagens mais perturbadoras que eu já vi. O couro se rasgava, ecoavam sons de ossos se quebrando e gritos abafados. Foi só então que reparei em duas crianças que acompanhavam Deimos, mas que permaneciam serenas. Franzi as sobrancelhas imaginando quem seriam. Ele colocou as mãos nos ombros delas e então se foi, dizendo que Fobos os aguardava.
Alguns segundos devem ter se passado enquanto absorvíamos a imagem horripilante daqueles seres que nos encaravam. E o sol enfim se pôs, levando consigo sua luminosidade, deixando-nos apenas à luz prateada da lua. Pelas reações dos meus parceiros, as formas nas quais os Temores se transformaram eram familiares, embora eu estivesse com dificuldade para reconhecê-las. Tentei olhá-las com mais atenção, mas não tive muito tempo. Aquelas coisas logo vieram correndo em nossa direção. Imediatamente senti meu coração acelerar e o meu impulso de fuga gritou forte dentro de mim dizendo "Fuja! Esconda-se!". Mas não havia onde se esconder, e eu não queria dar ouvidos a ela naquele momento, porque meu medo era exatamente o que eles queriam. O que me motivou a continuar na missão foi a vontade de mostrar a Fobos e, a partir daquele momento, também a Deimos, que eu não era fraca. Foi a chance que eu teria de fazê-lo se arrepender. Mas se eu quisesse fazer isso, teria que vencer aquele obstáculo. Teria que derrotar aqueles Temores. E eu iria! Nem que fosse para morrer tentando. Morreria lutando, e não tentando fugir como uma covarde.
Toda essa batalha interna durou milésimos de segundos porque os seres se aproximaram muito rápido. O que vinha em minha direção era muito mais veloz do que eu poderia imaginar, considerando sua aparência. Ele era grande, seu corpo era forte, e parecia ser bem pesado. O rosto parecia uma máscara, pálida, de olhos fundos e um dos lados deformado, ou ferido... Enquanto ainda estava longe, a palidez lembrou-me um pouco um cantor que meu tio costumava gostar, embora não tivéssemos vitrola para os discos de vinil que ele tinha tocarem. Seu nome era Michael... Michael.... Michael Jackson! Como se fosse um urso pardo, que não aparenta ser tão veloz, mas quando entra em modo de ataque torna-se implacável, ele chegou até mim antes do que eu poderia prever, e precisei realizar um movimento brusco e muito ágil para sair de seu caminho e desviar do golpe da faca que ele carregava nas mãos. "Não!". Felizmente, agilidade nunca foi um problema para mim. Dei um pulo para o lado e rolei, apoiando um dos joelhos no chão rapidamente em seguida, erguendo o tronco. De perto, ele não tinha nada a ver com o cantor. E me senti mal por associá-lo a uma figura tão horrenda. Tentei aproveitar uma brecha de tempo, enquanto ele precisava se reposicionar, para empunhar o arco e atirar-lhe uma flecha enquanto ainda estava ajoelhada. Daquele ângulo conseguiria acertá-lo no que eu sabia ser uma região sensível na virilha. Mas ele não era humano... E se aquela não fosse uma região sensível para ele? Talvez o seu... Saco, como dizia Jay, fosse inexistente, e nada adiantaria. Apesar da diferença de tamanho, ele era capaz de se movimentar tão rápido quanto eu. Não consegui o que queria, pois hesitei, e ele aproveitou-se do meu erro para me pegar de guarda baixa. Tentei desviar, mas senti a lâmina da faca rasgar minha pele na região do ombro, que meu tio costumava chamar de "músculo da vacina", antes que eu pudesse evitar, e o grito que escapou pela minha garganta foi automático "AU!". Eu não tinha tempo para dar atenção à dor. Mas o medo me dominou. Rapidamente me endireitei, ficando em pé enquanto ele preparava o próximo golpe. Sabia que se continuasse naquela posição vulnerável, seria alvo fácil e ele me mataria em questão de segundos. Comecei a me afastar. Eu queria correr. Queria fugir. Eu não daria conta. Ele era muito grande e muito forte, e, por mais que eu sentisse que minha jaqueta me dava muito mais força do que eu me julgava capaz de ter, me vi obedecendo meu lado sempre propenso à fuga.
Fui dando passos para trás, exasperada, tentando desesperadamente aumentar a distância entre eu e ele, e buscando por um dos pinheiros que rodeavam o ambiente. Busquei pela natureza. Talvez eu conseguisse subir, como costumava fazer no brejo, escalando as árvores para me esconder e tentar uma vantagem. Mas e se ele me seguisse? E se ele também fosse bom em escalar? Hesitei. Mas logo em seguida tive raiva de mim mesma e ainda mais raiva do monstro. Ele estava conseguindo! Estava me deixando com medo. E eu não podia deixar! Mudando minha expressão de dor e temor para outra tomada pela raiva, continuei andando para trás até encostar as costas contra o tronco da árvore atrás de mim, dando a ele uma brecha proposital para atacar "Venha!". Desafiei com uma espécie de grunhido, um som quase gutural que surpreendeu até a mim mesma quando saiu. Seu próximo golpe veio em direção à minha barriga com um movimento amplo do braço, que eu deixei para desviar no último instante, jogando o corpo para o lado no mais puro reflexo. Aquilo me deu tempo, pois a faca dele acabou presa na árvore e ele precisou fazer certo esforço antes de conseguir tirá-la, como eu planejara. Fui para trás dele em um movimento rápido, e me abaixei empunhando o arco "Agora eu te pego!". Sentindo a raiva em meu sangue, tencionei o cabo o máximo que conseguia, e sem estar muito distante, soltei a flecha praticamente à queima roupa, acertando-o em cheio na região logo atrás do joelho, na dobra da articulação logo acima da batata da perna. Esperei que aquilo o atrasasse um pouco e, com sorte, o deixasse mais lento. Meu tio me dissera, diversas vezes, que quando o inimigo parece muito mais forte e invencível, enquanto nos vemos vulneráveis e mais fracos, se não for possível fugir, devemos ser rápidos para tentar enganá-lo, acertá-lo em articulações que possam prejudicar sua mobilidade, tentar igualar a disputa através de prejudicar a movimentação e tentar perceber pontos fracos. Talvez funcionasse com aquela criatura, talvez não, mas eu não poderia saber se não tentasse. Voltei a me colocar em pé num salto e corri para trás de outro pinheiro, respirando fundo para recuperar o fôlego. Observei atentamente a movimentação que ele faria a seguir e tentei reparar em alguma possível fraqueza. A natureza me ajudara mais uma vez. E eu a usaria para confundi-lo, aproveitando-me das sombras das árvores e a escuridão da noite.
Descobri que tínhamos chegado quando a pressão mudou meio bruscamente e o elevador parou. Senti meus companheiros começarem a se mover ao som de uma sineta e fui capaz de perceber uma luz forte, mesmo ainda de olhos fechados. Quando os abri, já do lado de fora, eles tiveram dificuldade de se acostumar com a claridade no início, e precisei colocar o antebraço na frente da luz do sol do final de tarde. Já devíamos estar em Atenas. E consegui sentir a apreensão dos outros ao meu redor com alguma coisa que eu demorei alguns segundos a mais para enxergar. Mas quando o fiz, imediatamente engoli em seco. Criaturas encorpadas, com a pele parecendo um couro escuro, como asas de morcego, e um sorriso tão sinistro quanto daqueles seres horrendos a mando de Fobos que enfrentamos anteriormente nos aguardavam. Era possível ver a cidade à frente, e às nossas costas um enorme monte. Coloquei-me em posição defensiva com meu arco em mãos, certa de que aquele seria nosso reencontro com Fobos. E do meio da multidão daqueles seres horríveis, ecoou uma voz. Os monstros se moveram para que o dono dela passasse entre eles, e então surgiu ao alcance da nossa visão uma figura muito parecida com Fobos. No mesmo instante meu semblante mudou. O receio daqueles seres permaneceu, afinal, eram horripilantes e amedrontadores. Porém, eu não aparentaria medo para ele mais uma vez. Ele não me intimidaria com seus truques de novo. Estaria mentindo se dissesse que de uma hora para outra o ímpeto de fugir e me esconder me abandonou, mas eu não deixaria transparecer ao deus do medo. Não seria fraca aos seus olhos novamente.
O único momento que me lembro de ter estampado um semblante parecido e sentido o calor da raiva percorrer meu corpo, foi no dia em que os homens cruéis roubaram nosso lar no brejo. Eu senti medo naquele dia. Tive medo do que poderiam fazer comigo, mas mesmo assim, eu quis enfrentá-los. Quis mostrar que nossas terras tinham dono, que eles não tinham o direito de invadir e roubar o que nos pertencia. Aquela era nossa casa! No entanto, eu me achava fraca demais para lutar contra eles, para mandá-los embora. E realmente era, na época. Mas eu não sou mais a mesma menininha fraca. E eu nunca mais quero ser. A natureza me ensinou muitas coisas. Os animais me ensinaram muitas coisas. E aprendi outras tantas no acampamento. Estava na hora de mostrar que eu não era somente a garota arisca e acuada que veio do brejo.
No entanto, aquele não era Fobos, embora fosse muito parecido. Aquele era Deimos, que Hefesto citara em suas explicações. Fobos era o deus do medo. E naquele momento, estávamos sendo apresentados ao deus do terror. E minha raiva não era direcionada a ele. Porém, passou a ser no momento em que ele me olhou e chamou-me pelo nome. Disse que eu não parecia o elo fraco que Fobos prometera, mas esperava estar errado, pois eles precisariam de alguém determinado a causa contra os Olimpianos. Aquilo fez meu sangue ferver. Fechei os olhos com força e puxei fundo o ar, controlando a raiva. Foi uma sensação diferente e estranha. Não estou acostumada a ser consumida pela raiva, mas me deixou incrédula a confiança que eles tinham de que eu iria para o lado deles. Por que eu me uniria a quem influenciou pessoas a matarem mais e mais pessoas em uma guerra por diversão? A quem degolou o próprio monstro que lutava em seu comando? Será que pensavam que eu era tão manipulável assim? Acreditavam que, mesmo depois de encontrar Hefesto e saber de tudo, escolheria ficar ao lado deles? Será que, como tantos, pensavam que eu era burra? Tapada? A idiotinha que veio do mato, facilmente influenciável? Bom, eu não sou! E faria questão de mostrar!
Deimos disse algumas palavras aos outros também, Diego e Mia, e lançou um olhar para Ivanna e Ava, mas então sua atenção voltou-se novamente para mim. E o que ele encontrou em minha expressão foi um olhar de pouquíssimos amigos, muito diferente do olhar temeroso que Fobos viu ao me conhecer. Enquanto eu mantinha minha compostura, ele deixava claro que eu teria a chance de me provar. Eu podia ter passado pelo teste de Fobos, mas o dele não seria tão fácil. Deimos ainda não me via como merecedora do que tinham a oferecer. Meus lábios tremeram. Eu quis responder muitas coisas a ele. Estava cansada de ser subestimada. Mas antes que o fizesse, ele nos apresentou suas criaturas horrendas. Chamou-as de Temores. E meu olhar fixou-se nelas quando estas começaram a se contorcer e tomar novas formas. Foi uma das imagens mais perturbadoras que eu já vi. O couro se rasgava, ecoavam sons de ossos se quebrando e gritos abafados. Foi só então que reparei em duas crianças que acompanhavam Deimos, mas que permaneciam serenas. Franzi as sobrancelhas imaginando quem seriam. Ele colocou as mãos nos ombros delas e então se foi, dizendo que Fobos os aguardava.
Alguns segundos devem ter se passado enquanto absorvíamos a imagem horripilante daqueles seres que nos encaravam. E o sol enfim se pôs, levando consigo sua luminosidade, deixando-nos apenas à luz prateada da lua. Pelas reações dos meus parceiros, as formas nas quais os Temores se transformaram eram familiares, embora eu estivesse com dificuldade para reconhecê-las. Tentei olhá-las com mais atenção, mas não tive muito tempo. Aquelas coisas logo vieram correndo em nossa direção. Imediatamente senti meu coração acelerar e o meu impulso de fuga gritou forte dentro de mim dizendo "Fuja! Esconda-se!". Mas não havia onde se esconder, e eu não queria dar ouvidos a ela naquele momento, porque meu medo era exatamente o que eles queriam. O que me motivou a continuar na missão foi a vontade de mostrar a Fobos e, a partir daquele momento, também a Deimos, que eu não era fraca. Foi a chance que eu teria de fazê-lo se arrepender. Mas se eu quisesse fazer isso, teria que vencer aquele obstáculo. Teria que derrotar aqueles Temores. E eu iria! Nem que fosse para morrer tentando. Morreria lutando, e não tentando fugir como uma covarde.
Toda essa batalha interna durou milésimos de segundos porque os seres se aproximaram muito rápido. O que vinha em minha direção era muito mais veloz do que eu poderia imaginar, considerando sua aparência. Ele era grande, seu corpo era forte, e parecia ser bem pesado. O rosto parecia uma máscara, pálida, de olhos fundos e um dos lados deformado, ou ferido... Enquanto ainda estava longe, a palidez lembrou-me um pouco um cantor que meu tio costumava gostar, embora não tivéssemos vitrola para os discos de vinil que ele tinha tocarem. Seu nome era Michael... Michael.... Michael Jackson! Como se fosse um urso pardo, que não aparenta ser tão veloz, mas quando entra em modo de ataque torna-se implacável, ele chegou até mim antes do que eu poderia prever, e precisei realizar um movimento brusco e muito ágil para sair de seu caminho e desviar do golpe da faca que ele carregava nas mãos. "Não!". Felizmente, agilidade nunca foi um problema para mim. Dei um pulo para o lado e rolei, apoiando um dos joelhos no chão rapidamente em seguida, erguendo o tronco. De perto, ele não tinha nada a ver com o cantor. E me senti mal por associá-lo a uma figura tão horrenda. Tentei aproveitar uma brecha de tempo, enquanto ele precisava se reposicionar, para empunhar o arco e atirar-lhe uma flecha enquanto ainda estava ajoelhada. Daquele ângulo conseguiria acertá-lo no que eu sabia ser uma região sensível na virilha. Mas ele não era humano... E se aquela não fosse uma região sensível para ele? Talvez o seu... Saco, como dizia Jay, fosse inexistente, e nada adiantaria. Apesar da diferença de tamanho, ele era capaz de se movimentar tão rápido quanto eu. Não consegui o que queria, pois hesitei, e ele aproveitou-se do meu erro para me pegar de guarda baixa. Tentei desviar, mas senti a lâmina da faca rasgar minha pele na região do ombro, que meu tio costumava chamar de "músculo da vacina", antes que eu pudesse evitar, e o grito que escapou pela minha garganta foi automático "AU!". Eu não tinha tempo para dar atenção à dor. Mas o medo me dominou. Rapidamente me endireitei, ficando em pé enquanto ele preparava o próximo golpe. Sabia que se continuasse naquela posição vulnerável, seria alvo fácil e ele me mataria em questão de segundos. Comecei a me afastar. Eu queria correr. Queria fugir. Eu não daria conta. Ele era muito grande e muito forte, e, por mais que eu sentisse que minha jaqueta me dava muito mais força do que eu me julgava capaz de ter, me vi obedecendo meu lado sempre propenso à fuga.
Fui dando passos para trás, exasperada, tentando desesperadamente aumentar a distância entre eu e ele, e buscando por um dos pinheiros que rodeavam o ambiente. Busquei pela natureza. Talvez eu conseguisse subir, como costumava fazer no brejo, escalando as árvores para me esconder e tentar uma vantagem. Mas e se ele me seguisse? E se ele também fosse bom em escalar? Hesitei. Mas logo em seguida tive raiva de mim mesma e ainda mais raiva do monstro. Ele estava conseguindo! Estava me deixando com medo. E eu não podia deixar! Mudando minha expressão de dor e temor para outra tomada pela raiva, continuei andando para trás até encostar as costas contra o tronco da árvore atrás de mim, dando a ele uma brecha proposital para atacar "Venha!". Desafiei com uma espécie de grunhido, um som quase gutural que surpreendeu até a mim mesma quando saiu. Seu próximo golpe veio em direção à minha barriga com um movimento amplo do braço, que eu deixei para desviar no último instante, jogando o corpo para o lado no mais puro reflexo. Aquilo me deu tempo, pois a faca dele acabou presa na árvore e ele precisou fazer certo esforço antes de conseguir tirá-la, como eu planejara. Fui para trás dele em um movimento rápido, e me abaixei empunhando o arco "Agora eu te pego!". Sentindo a raiva em meu sangue, tencionei o cabo o máximo que conseguia, e sem estar muito distante, soltei a flecha praticamente à queima roupa, acertando-o em cheio na região logo atrás do joelho, na dobra da articulação logo acima da batata da perna. Esperei que aquilo o atrasasse um pouco e, com sorte, o deixasse mais lento. Meu tio me dissera, diversas vezes, que quando o inimigo parece muito mais forte e invencível, enquanto nos vemos vulneráveis e mais fracos, se não for possível fugir, devemos ser rápidos para tentar enganá-lo, acertá-lo em articulações que possam prejudicar sua mobilidade, tentar igualar a disputa através de prejudicar a movimentação e tentar perceber pontos fracos. Talvez funcionasse com aquela criatura, talvez não, mas eu não poderia saber se não tentasse. Voltei a me colocar em pé num salto e corri para trás de outro pinheiro, respirando fundo para recuperar o fôlego. Observei atentamente a movimentação que ele faria a seguir e tentei reparar em alguma possível fraqueza. A natureza me ajudara mais uma vez. E eu a usaria para confundi-lo, aproveitando-me das sombras das árvores e a escuridão da noite.
_________________
The Sea Doesn't Like
To Be Restrained
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Marissa Seymour
Mensagens : 122
Idade : 15
Perfil de Herói
Filiação: Poseidon
Classe: Campista II
Nível: 6
Glória: Conhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Ivanna imaginou que a viagem de elevador para o outro lado do mundo seria deveras caótica, afinal, não é todo dia que você simplesmente atravessa o Atlântico por debaixo da terra entre as forjas do deus delas, mas a verdade é que a viagem foi bem tranquila. Pela própria inércia do elevador, Ivanna conseguia sentir o quão rápido ele estava sendo, porém sua noção de direções perdeu-se em poucos minutos de viagem. No fim das contas, ela ficou pensando na vida na companhia de seus quatro companheiros ali dentro daquele cubículo. Notou que não reconheceu os urânicos como Ava percebeu, assim como também não tinha se recordado da mensagem deles enquanto Mia o fez e não só isso, também a transmitiu para Hefesto. Nossa, que bela líder ela estava se saindo. Nem sequer a destruição do Tormenta de Squilla ela conseguiu evitar, o pobre navio ficou só os frangalhos depois de passar alguns minutos na companhia de Cila. A garota não conseguia deixar de pensar em que coisas diferentes poderia ter feito, em que outros planos melhores poderia ter pensado. Era uma tortura mental que ela não estava conseguindo evitar na monotonia daquela viagem de elevador. Quase pediu um pouco do rum de Diego (ele fez questão de trazer uma gorda garrafa para a viagem), mas sendo uma pessoa que nunca bebeu algo alcoólico até então na vida… Melhor não começar no meio de uma missão onde o destino do mundo está nas suas mãos, não é mesmo?
A filha de Atena só saiu de seu estupor de pensamentos quando percebeu uma luz de fim de tarde entrando no elevador. Agora Ivanna conseguia perceber que o transporte claramente estava subindo lentamente, alcançando a superfície do Monte Licabeto, onde Hefesto disse que eles iriam parar naquela viagem diferente. A garota também percebeu que tinha perdido a noção de tempo. Naquela viagem de elevador se passaram horas? Se passou um dia? Mais de um dia? Ela não tinha como saber e se sentiu perdida, só sabia que era fim de tarde por causa da luz que incidia, mas era o final de qual tarde? Ela certamente poderia matutar sobre isso, mas numa missão as coisas tomam a sua atenção rápido e te fazem esquecer do que antes poderia ser um problema. No meio daquela luz que incidia dentro do elevador, existiam várias faixas escuras que, quanto mais o elevador subia, mais Ivanna percebia o que eram. Quando o elevador terminou de subir e abriu as portas gradeadas com um daqueles barulhinhos casuais de elevador chegando no andar correto, ela viu que as faixas escuras pertenciam a cinco monstros nada bonitos. Eles pareciam as fobias, mas tinham perdido completamente os pelos, o que deixava-os ainda mais feios. Seus corpos também pareciam mais distorcidos, como se fossem errados, olhar para eles dava uma aversão na hora. Ivanna obrigou-se a encarar os monstros para não demonstrar medo, mas olha, se ela pudesse nunca ter visto eles, ela teria escolhido essa opção. Porém, não eram só as fobias tosadas que estavam por ali, uma voz os deu boas-vindas. Do meio dos monstros, surgiu a figura dona da voz. Parecia um jovem adulto que tinha se alistado no exército com o cabelo raspado rente a cabeça e calça camuflada. Só destoava do porte militar a camiseta de banda de rock e a jaqueta de couro. Aquele era Deimos e, ao lado dele, estavam duas crianças que não pareciam ser crianças. Assim, convenhamos, que tipo de criança fica acompanhando um cara que anda por aí com monstros a tiracolo? Por favor, aquelas crianças não eram crianças ou estavam sendo muito bem manipuladas. Talvez fossem semideusas, filhas de Deimos? Era uma teoria.
Deimos quis ter um papo especial com cada um dos campistas ou, pelo menos, com aqueles que não eram filhos de Atena. Ele mencionou que Mia seria interessante e que Diego fazia o tipo de Fobos (sério?), mas o que ele falou para Marissa foi o que mais despertou sentimentos em Ivanna. Ela quase não conseguiu reprimir um riso de escárnio quando o deus falou que precisavam de alguém determinado a causa contra os Olimpianos como se Marissa fosse participar disso. Nossa, aqueles deuses realmente não conheciam Marissa. O sorriso de escárnio reprimido de Ivanna ficou parecendo um engasgo. Ela endireitou-se para não perder a compostura. Depois, ficou com raiva ao ver Deimos falando que Marissa tinha que se provar para ele, igual tinha se provado para Fobos. Ivanna não sabia quais eram esses tais testes e porque eles precisavam tanto de Marissa, mas ficou extremamente irritada por aqueles deuses quererem logo a sua amiga. Ivanna não deixaria que eles pegassem Marissa, mas não deixaria mesmo. Bando de idiotas! Ela iria flechar a cara deles todinha! Deixando a raiva ser sua guia naquele momento, com determinação ela observou os temores (as tais fobias tosadas) se transformem. A visão era muito incômoda, uma mistura de agonia e aflição ao ver aqueles corpos já deformados se deformarem ainda mais e o barulho de ossos e vísceras trocando de lugar, mas a raiva que Ivanna sentia ajudou o medo e o terror a ficarem em segundo plano. Ela estava com mais raiva do que temor de Fobos ou Deimos. Enquanto Deimos se afastava, levando as crianças consigo (que não se importaram nem um pouco com aquele bando de monstros sofrendo uma metamorfose ambulante aterrorizante), Ivanna não pôde deixar de notar o curioso fato de que Deimos tinha bom gosto para filmes. O que? Você acha que só porque uma pessoa é semideusa que ela tem que ser alheia ao mundo mortal? Pois Ivanna conhecia cada um deles, Freddy Krueger e A Hora do Pesadelo, Samara e os 7 dias… Quer dizer, e O Chamado (mas Ringu é muito melhor!), Chucky, o famoso Brinquedo Assassino, Jason do Sexta Feira 13 e Michael Myers, de Halloween (imagine que a música tema começou a tocar no fundo agora). Ela certamente conseguiria admirar as belas réplicas que os temores estavam fazendo de grandes vilões do cinema… Se esses vilões não passassem a atacá-los.
O que escolheu Ivanna como sua adversária foi o Jason… Justamente o que parecia mais parrudo dentre os cinco. Que ótimo. Ele bradou o seu facão na direção de Ivanna, que tentou desviar, mas calculou mal a distância da arma e acabou levando um corte na região do braço ao qual instintivamente acabou colocando na frente do corpo. Nunca tinha lutado antes contra uma pessoa que usava um facão, mas é errando que se aprende, então na segunda investida que veio de Jason, logo depois da primeira, Ivanna calculou a distância correta e conseguiu esquivar-se. O corte em seu braço ardia, mas Ivanna obrigou-se a não ligar para a dor. Ela analisou rapidamente o campo de batalha. Cinco contra cinco. Seria melhor se fossem seis contra quatro, pelo menos por um tempo, daria uma vantagem crucial para o andamento do restante do combate… Pelo menos era isso o que ela teorizava. Sendo assim, Ivanna puxou uma flecha cor de rosa de sua aljava. - Minha vez. - Ela disse, disparando a flecha do Fake Amor na direção do Jason, acertando-o bem no peito. Após receber o projétil, que se dispersou no ar como se fosse feita de pó, Jason baixou o seu facão e, pasme, ajoelhou-se aos pés de Ivanna, pegou a mão dela e fingiu dar um beijo (a máscara de hóquei não permitia ao temor dar um beijo de verdade). Por um momento, ela apenas ficou olhando para o temor, piscando os olhos de forma arregalada. Cara… Ela não conseguia se acostumar com o efeito daquele item. Porém, esse momento durou pouco tempo, afinal, uma batalha estava acontecendo! Ela olhou em volta. Diego enfrentava Samara, Mia encarava o Freddy Krueger, Marissa tinha acabado de acertar uma flecha na parte de trás do joelho do Michael Jackson… Opa, Michael Myers, e Ava enfrentava o Chucky. De todos, Ivanna acreditou que Ava poderia mais usar de uma assistência… Fora que seria interessante lutar lado a lado com sua irmã. - Tome todos os ataques que vierem para Ava até que eu te de outra ordem, a proteja… E poderemos ficar juntos no final. - Ela disse, forçando um sorriso no rosto para Jason ficar empolgado em fazer o que ela queria, mesmo que os efeitos do Fake Amor já fossem fortes o bastante por si sós. Ela observou o grandalhão do facão indo se tornar o guarda-costas particular de Ava, então se sentiu mais tranquila para atacar Chucky. Ivanna mirou o arco nele e lançou três flechas, contudo, acertou apenas uma. Aquele pigmeu era rápido! A flecha que ela acertou foi bem na testa do boneco, fazendo-o parecer um unicórnio assassino. - Sabe… Eu nunca gostei muito de bonecos. Legos eram bem mais legais. - Ivanna disse para Ava, chegando ao lado dela. É claro que uma filha de Atena gosta de legos.
A filha de Atena só saiu de seu estupor de pensamentos quando percebeu uma luz de fim de tarde entrando no elevador. Agora Ivanna conseguia perceber que o transporte claramente estava subindo lentamente, alcançando a superfície do Monte Licabeto, onde Hefesto disse que eles iriam parar naquela viagem diferente. A garota também percebeu que tinha perdido a noção de tempo. Naquela viagem de elevador se passaram horas? Se passou um dia? Mais de um dia? Ela não tinha como saber e se sentiu perdida, só sabia que era fim de tarde por causa da luz que incidia, mas era o final de qual tarde? Ela certamente poderia matutar sobre isso, mas numa missão as coisas tomam a sua atenção rápido e te fazem esquecer do que antes poderia ser um problema. No meio daquela luz que incidia dentro do elevador, existiam várias faixas escuras que, quanto mais o elevador subia, mais Ivanna percebia o que eram. Quando o elevador terminou de subir e abriu as portas gradeadas com um daqueles barulhinhos casuais de elevador chegando no andar correto, ela viu que as faixas escuras pertenciam a cinco monstros nada bonitos. Eles pareciam as fobias, mas tinham perdido completamente os pelos, o que deixava-os ainda mais feios. Seus corpos também pareciam mais distorcidos, como se fossem errados, olhar para eles dava uma aversão na hora. Ivanna obrigou-se a encarar os monstros para não demonstrar medo, mas olha, se ela pudesse nunca ter visto eles, ela teria escolhido essa opção. Porém, não eram só as fobias tosadas que estavam por ali, uma voz os deu boas-vindas. Do meio dos monstros, surgiu a figura dona da voz. Parecia um jovem adulto que tinha se alistado no exército com o cabelo raspado rente a cabeça e calça camuflada. Só destoava do porte militar a camiseta de banda de rock e a jaqueta de couro. Aquele era Deimos e, ao lado dele, estavam duas crianças que não pareciam ser crianças. Assim, convenhamos, que tipo de criança fica acompanhando um cara que anda por aí com monstros a tiracolo? Por favor, aquelas crianças não eram crianças ou estavam sendo muito bem manipuladas. Talvez fossem semideusas, filhas de Deimos? Era uma teoria.
Deimos quis ter um papo especial com cada um dos campistas ou, pelo menos, com aqueles que não eram filhos de Atena. Ele mencionou que Mia seria interessante e que Diego fazia o tipo de Fobos (sério?), mas o que ele falou para Marissa foi o que mais despertou sentimentos em Ivanna. Ela quase não conseguiu reprimir um riso de escárnio quando o deus falou que precisavam de alguém determinado a causa contra os Olimpianos como se Marissa fosse participar disso. Nossa, aqueles deuses realmente não conheciam Marissa. O sorriso de escárnio reprimido de Ivanna ficou parecendo um engasgo. Ela endireitou-se para não perder a compostura. Depois, ficou com raiva ao ver Deimos falando que Marissa tinha que se provar para ele, igual tinha se provado para Fobos. Ivanna não sabia quais eram esses tais testes e porque eles precisavam tanto de Marissa, mas ficou extremamente irritada por aqueles deuses quererem logo a sua amiga. Ivanna não deixaria que eles pegassem Marissa, mas não deixaria mesmo. Bando de idiotas! Ela iria flechar a cara deles todinha! Deixando a raiva ser sua guia naquele momento, com determinação ela observou os temores (as tais fobias tosadas) se transformem. A visão era muito incômoda, uma mistura de agonia e aflição ao ver aqueles corpos já deformados se deformarem ainda mais e o barulho de ossos e vísceras trocando de lugar, mas a raiva que Ivanna sentia ajudou o medo e o terror a ficarem em segundo plano. Ela estava com mais raiva do que temor de Fobos ou Deimos. Enquanto Deimos se afastava, levando as crianças consigo (que não se importaram nem um pouco com aquele bando de monstros sofrendo uma metamorfose ambulante aterrorizante), Ivanna não pôde deixar de notar o curioso fato de que Deimos tinha bom gosto para filmes. O que? Você acha que só porque uma pessoa é semideusa que ela tem que ser alheia ao mundo mortal? Pois Ivanna conhecia cada um deles, Freddy Krueger e A Hora do Pesadelo, Samara e os 7 dias… Quer dizer, e O Chamado (mas Ringu é muito melhor!), Chucky, o famoso Brinquedo Assassino, Jason do Sexta Feira 13 e Michael Myers, de Halloween (imagine que a música tema começou a tocar no fundo agora). Ela certamente conseguiria admirar as belas réplicas que os temores estavam fazendo de grandes vilões do cinema… Se esses vilões não passassem a atacá-los.
O que escolheu Ivanna como sua adversária foi o Jason… Justamente o que parecia mais parrudo dentre os cinco. Que ótimo. Ele bradou o seu facão na direção de Ivanna, que tentou desviar, mas calculou mal a distância da arma e acabou levando um corte na região do braço ao qual instintivamente acabou colocando na frente do corpo. Nunca tinha lutado antes contra uma pessoa que usava um facão, mas é errando que se aprende, então na segunda investida que veio de Jason, logo depois da primeira, Ivanna calculou a distância correta e conseguiu esquivar-se. O corte em seu braço ardia, mas Ivanna obrigou-se a não ligar para a dor. Ela analisou rapidamente o campo de batalha. Cinco contra cinco. Seria melhor se fossem seis contra quatro, pelo menos por um tempo, daria uma vantagem crucial para o andamento do restante do combate… Pelo menos era isso o que ela teorizava. Sendo assim, Ivanna puxou uma flecha cor de rosa de sua aljava. - Minha vez. - Ela disse, disparando a flecha do Fake Amor na direção do Jason, acertando-o bem no peito. Após receber o projétil, que se dispersou no ar como se fosse feita de pó, Jason baixou o seu facão e, pasme, ajoelhou-se aos pés de Ivanna, pegou a mão dela e fingiu dar um beijo (a máscara de hóquei não permitia ao temor dar um beijo de verdade). Por um momento, ela apenas ficou olhando para o temor, piscando os olhos de forma arregalada. Cara… Ela não conseguia se acostumar com o efeito daquele item. Porém, esse momento durou pouco tempo, afinal, uma batalha estava acontecendo! Ela olhou em volta. Diego enfrentava Samara, Mia encarava o Freddy Krueger, Marissa tinha acabado de acertar uma flecha na parte de trás do joelho do Michael Jackson… Opa, Michael Myers, e Ava enfrentava o Chucky. De todos, Ivanna acreditou que Ava poderia mais usar de uma assistência… Fora que seria interessante lutar lado a lado com sua irmã. - Tome todos os ataques que vierem para Ava até que eu te de outra ordem, a proteja… E poderemos ficar juntos no final. - Ela disse, forçando um sorriso no rosto para Jason ficar empolgado em fazer o que ela queria, mesmo que os efeitos do Fake Amor já fossem fortes o bastante por si sós. Ela observou o grandalhão do facão indo se tornar o guarda-costas particular de Ava, então se sentiu mais tranquila para atacar Chucky. Ivanna mirou o arco nele e lançou três flechas, contudo, acertou apenas uma. Aquele pigmeu era rápido! A flecha que ela acertou foi bem na testa do boneco, fazendo-o parecer um unicórnio assassino. - Sabe… Eu nunca gostei muito de bonecos. Legos eram bem mais legais. - Ivanna disse para Ava, chegando ao lado dela. É claro que uma filha de Atena gosta de legos.
17:59 - Dia X
Monte Licabeto
S09P08
120
> Rolagens ativas de defesa: Jason=5+1+6=12 vs Ivanna=2+5+3=10 / Jason=1+3+6=10 vs Ivanna=5+4+3=12. > Rolagens ativas de combate: Ivanna=4+6+4=14 vs Chucky=3+2+4=9. > Uso do item “Fake Amor”.
_________________
my voice has grown so somber
these words don't seem like mine
but the iron won't subside
no matter what I try
these words don't seem like mine
but the iron won't subside
no matter what I try
Ivanna Klaasje
Mensagens : 269
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Atena
Classe: Campista II
Nível: 7
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
bloody brotherhood: trials
Tudo ia bem até o elevador abrir as portas. A viagem foi uma das mais tranquilas de toda a minha vida. Nem parecia que o elevador estava viajando a milhares de milhas por hora, cruzando até mesmo o subterrâneo do Atlântico para chegar às terras antigas dos deuses. Faltou apenas uma trilha sonora para a viagem.
Eu agradecia por estar sentindo apenas a velocidade e não as direções e movimentos que o transporte fazia. Era horrível beber qualquer coisa dentro de um veículo que balança demais (acredite, eu aprendi isso da pior maneira). Durante os minutos daquele trajeto, a garrafa de rum foi e voltou da minha boca diversas vezes. Junto a ela, os olhos das minhas parceiras de missão acompanhavam todo movimento, mas não eu soube dizer se estavam me julgando. Cheguei até mesmo a oferecer um gole a elas, afinal, tinha levado uma garrafa grande.
— Eu não tenho só rum, sabem? — disse, quebrando um pouco do silêncio modorrento que estava no elevador. — Tenho um vinho aqui também que cai superbem com um queijinho suiço, e é um ótimo acompanhamento para um prato de frutos do mar. — Olhei para Marissa, ponderando se ela comia frutos do mar ou se isso era considerado um tipo de “canibalismo” para o pessoal de Poseidon. De toda forma, apresentei a garrafa que eu ganhara do meu pai, e que trazia sempre comigo pendurada no cinto. A garrafa indestrutível tinha um rótulo onde se lia a palavra “Olimpiana”. Dentro, estava cheia de vinho, como se nunca tivesse sido aberta, embora eu já tivesse tomado diversas taças desde que a ganhara.
Quando, finalmente, houve uma mudança na velocidade do elevador, pude senti-lo subir. Estava ansioso para conhecer a Grécia: berço de toda uma civilização e, assim como várias outras coisas, do teatro também. Eu via o pôr-do-sol surgir na nossa frente, digno de uma obra de arte. Mas aí as coisas ficaram um pouco feias.
— Acho que estamos um pouco lascados — falei, olhando para a quantidade de olhos, e pernas, e asas, e carrancas malditas que nos encaravam. Um arrepio me subiu pela espinha, e tive aquela palpitação particular, quando uma voz falou com a gente, dando as boas-vindas. Olhei, apreensivo, para a multidão de monstros, buscando saber onde estava o dono da voz — e estranhamente torcendo para ser Fobos.
Não era ele, mas meus olhos se encantaram da mesma maneira. Deimos era uma versão punk do estilo clássico de Fobos. Com os dois, eu talvez pudesse viver um romance que representasse o melhor dos dois mundos. Os dois me deixavam com pernas de gelatina e quase me derreti com o sorriso que ele me deu.
— Ora, devo dizer que estou lisonjeado! — Dei um passo irreverente e um sorriso conquistador, enquanto movimentava as mãos e a garrafa de rum aleatoriamente. — Mas sou completamente versátil, posso ser de vários tipos. Diego e Fobos… Deimos e Diego… D&D… soa interessante, não acha? — Ele parecia o tipo dos caras que iriam ferrar com o meu psicológico, e eu estava adorando. Mas não gostei muito do olhar que ele fez para Mia… eu teria competição.
Sinceramente, eu só tinha olhos para o deus de uma forma que acabei negligenciando os acontecimentos que foram desencadeando ao meu redor. Somente quando Deimos desapareceu, levando o seu batalhão de monstros que despertei. Mas aí já era tarde.
Quando assustei, Freddy Krueger vinha para cima de mim. Sua risada foi como a ponta de uma agulha gelada perfurando meus tímpanos. O brilho das suas lâminas só deu oportunidade para que eu levantasse o braço diante do rosto para protegê-lo. A dor de dois golpes daquelas navalhas, me fez cambalear. A luta que dava início agora, ficou como um borrão de cores à minha volta.
Vi Mia se ferir com a própria espada ao ficar diante da criatura que tomara a forma da Samara. A adrenalina do momento me fez raciocinar rapidamente para mudar aquela situação. Eu talvez não tivesse chance contra o Freddy, mas os truques mentais da Samara não funcionariam comigo. Então, corri na direção de Mia, brandindo a minha lança.
Entrei na sua frente e fiquei diante da Samara. Girei a lança, tentando acertá-la, mas para uma garota que morava num poço ela até que era bem ágil. Continuei atacando, sem dar tempo para que ela pudesse se armar das suas artimanhas mentais. Uma hora, eu sabia, ela iria fraquejar e eu daria o golpe certeiro para mandá-la de volta ao fundo do poço, de onde ela nunca deveria ter saído.
Interação com Ivanna, Ava, Mia e Marissa.
Eu agradecia por estar sentindo apenas a velocidade e não as direções e movimentos que o transporte fazia. Era horrível beber qualquer coisa dentro de um veículo que balança demais (acredite, eu aprendi isso da pior maneira). Durante os minutos daquele trajeto, a garrafa de rum foi e voltou da minha boca diversas vezes. Junto a ela, os olhos das minhas parceiras de missão acompanhavam todo movimento, mas não eu soube dizer se estavam me julgando. Cheguei até mesmo a oferecer um gole a elas, afinal, tinha levado uma garrafa grande.
— Eu não tenho só rum, sabem? — disse, quebrando um pouco do silêncio modorrento que estava no elevador. — Tenho um vinho aqui também que cai superbem com um queijinho suiço, e é um ótimo acompanhamento para um prato de frutos do mar. — Olhei para Marissa, ponderando se ela comia frutos do mar ou se isso era considerado um tipo de “canibalismo” para o pessoal de Poseidon. De toda forma, apresentei a garrafa que eu ganhara do meu pai, e que trazia sempre comigo pendurada no cinto. A garrafa indestrutível tinha um rótulo onde se lia a palavra “Olimpiana”. Dentro, estava cheia de vinho, como se nunca tivesse sido aberta, embora eu já tivesse tomado diversas taças desde que a ganhara.
Quando, finalmente, houve uma mudança na velocidade do elevador, pude senti-lo subir. Estava ansioso para conhecer a Grécia: berço de toda uma civilização e, assim como várias outras coisas, do teatro também. Eu via o pôr-do-sol surgir na nossa frente, digno de uma obra de arte. Mas aí as coisas ficaram um pouco feias.
— Acho que estamos um pouco lascados — falei, olhando para a quantidade de olhos, e pernas, e asas, e carrancas malditas que nos encaravam. Um arrepio me subiu pela espinha, e tive aquela palpitação particular, quando uma voz falou com a gente, dando as boas-vindas. Olhei, apreensivo, para a multidão de monstros, buscando saber onde estava o dono da voz — e estranhamente torcendo para ser Fobos.
Não era ele, mas meus olhos se encantaram da mesma maneira. Deimos era uma versão punk do estilo clássico de Fobos. Com os dois, eu talvez pudesse viver um romance que representasse o melhor dos dois mundos. Os dois me deixavam com pernas de gelatina e quase me derreti com o sorriso que ele me deu.
— Ora, devo dizer que estou lisonjeado! — Dei um passo irreverente e um sorriso conquistador, enquanto movimentava as mãos e a garrafa de rum aleatoriamente. — Mas sou completamente versátil, posso ser de vários tipos. Diego e Fobos… Deimos e Diego… D&D… soa interessante, não acha? — Ele parecia o tipo dos caras que iriam ferrar com o meu psicológico, e eu estava adorando. Mas não gostei muito do olhar que ele fez para Mia… eu teria competição.
Sinceramente, eu só tinha olhos para o deus de uma forma que acabei negligenciando os acontecimentos que foram desencadeando ao meu redor. Somente quando Deimos desapareceu, levando o seu batalhão de monstros que despertei. Mas aí já era tarde.
Quando assustei, Freddy Krueger vinha para cima de mim. Sua risada foi como a ponta de uma agulha gelada perfurando meus tímpanos. O brilho das suas lâminas só deu oportunidade para que eu levantasse o braço diante do rosto para protegê-lo. A dor de dois golpes daquelas navalhas, me fez cambalear. A luta que dava início agora, ficou como um borrão de cores à minha volta.
Vi Mia se ferir com a própria espada ao ficar diante da criatura que tomara a forma da Samara. A adrenalina do momento me fez raciocinar rapidamente para mudar aquela situação. Eu talvez não tivesse chance contra o Freddy, mas os truques mentais da Samara não funcionariam comigo. Então, corri na direção de Mia, brandindo a minha lança.
Entrei na sua frente e fiquei diante da Samara. Girei a lança, tentando acertá-la, mas para uma garota que morava num poço ela até que era bem ágil. Continuei atacando, sem dar tempo para que ela pudesse se armar das suas artimanhas mentais. Uma hora, eu sabia, ela iria fraquejar e eu daria o golpe certeiro para mandá-la de volta ao fundo do poço, de onde ela nunca deveria ter saído.
Interação com Ivanna, Ava, Mia e Marissa.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Diego S. Herrera
Mensagens : 81
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Dionísio
Classe: Campista I
Nível: 3
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
irmandade sangrenta
parte oito: monte licabeto
“É só respirar fundo, respirar fundo…”, Ava estava ansiosa. Ansiosa pelo o que a aguardava, seus ferimentos não estavam exatamente curados em sua totalidade e sabia — em algum lugar no fundo de sua alma que era apenas o começo. Definitivamente, não queria ser o elo fraco da equipe. Precisava ajudá-los da forma que pudesse quando a hora certa chegasse. Nem que precisasse se sacrificar. Faria isso.
A semideusa se sentiu deslocada a maior parte da vida, as coisas só realmente começaram a fazer sentido quando chegou ao acampamento Meio-Sangue, mesmo que ainda tivesse dificuldades em entender seu lugar em meio aquilo tudo. Mas, ali ao realizar uma missão, sentia pela primeira vez a plenitude do ar em seus pulmões. Pela primeira vez.
Olhou para cima, enquanto o elevador avançava sem nem imaginar para onde iam e contou os segundos, ajudando a controlar sua respiração e ansiedade. O pen drive, uma poderosa dada pelo próprio Hefesto, parecia queimar em seus dedos, então, ela guardou em um bolso lateral e fechou-o, mantendo-o seguro e próximo de sua destra.
O metal frio de suas armas pareceu queimar sua pele e ela tocou um punho de cada vez, ajeitando a arma em si mesma, então, sua atenção foi tomada por Mia. A semideusa era um acontecimento da natureza, realmente — e Ava gostava dela por isso. Sua sinceridade e força eram admiráveis, mas, ela se surpreendeu ainda mais quando empurrou para si mesma uma garrafa pequena. — O que é… — Ela começou, mas Mia foi mais rápida. Ela estava dando o néctar que trouxe de suporte para si mesma e isso tocou Ava. Olhou para os demais antes de aceitar, tremendo receber olhares de reprovação, mas não, não foi isso. — Como posso lhe retribuir? — A semideusa falou de forma enrolada, enquanto pegava a dose de néctar entre os dedos.
Levou aos lábios com insegurança e bebeu-o, por mais encabulada que estivesse em aceitar, a sinceridade nos olhos de Mia e saber que aquilo era o mais racional agora, visto que era a que estava mais machucada, era o melhor a fazer. Não podia ser um peso morto e arriscar ser morta — não se não pudesse ajudar sua equipe antes. Sorriu para Mia em agradecimento e sentiu uma corrente estranha passar por seu corpo, enquanto sentia-se ser restaurada — esse era o poder do néctar.
Sentiu suas mãos suando quando raios luminosos começaram a invadir as frestas do seu meio de locomoção e percebeu que por fim subiam. Suspirou. “Estou em Atenas… Em casa.”, ela pensou e por uma fração de segundos pensou em sua mãe novamente.
Contudo, seu estupor acabou quando as portas do elevador se abriram e vários pares de pernas surgiram parados, esperando-os. — E lá vamos nós! — Grunhiu, soprando as palavras em um folego apenas.
Monstros estavam esperando-os, parecidos com as Fobias, o mesmo sorriso cruel — a diferença é que pareciam ainda mais mortais e ali, diante dos olhos dos semideuses, estava Deimos, o deus do terror. E ele sabia exatamente quem eram.
Obviamente, sua atenção não estava exatamente voltada para Ava e Ivanna, filhas de Atenas e Ava achou isso, no mínimo engraçado, então quando o deus torceu o rosto, ela lhe ofereceu um sorriso cínico. Sentia uma energia diferente, olhou por um segundo em volta, prestando atenção ao local que estava — seria mais inteligente dessa vez, já que provavelmente estaria de alguma forma em desvantagem. “É o Monte Licabeto…”, Ava sorriu encarando mais uma vez o deus e seus monstros, conhecia aquele lugar como a palma de sua mão.
Os pelos de sua nuca arrepiaram quando as criaturas começaram a se transformar, os sons de ossos quebrando era arrepiante, mas o que mais a assustava era o olhar das crianças que estavam em volta do deus. “Vazio. Não há nada naqueles olhos…”, ela pensou.
Sua boca se abriu em um pequeno “o” quando a transformação cessou e em sua frente estavam os maiores nomes dos filmes de terror da cinematografia: Freddy Krueger, Samara, Chucky, Jason Voorhees e Michael Myers. “É sério isso?”, pensou em surpresa.
Porém, o que realmente a preocupou foi quando Deimos desapareceu, ele disse que Fobos os esperava. Os dois deuses menores estavam sempre à frente, quando parecia que Ava e seus companheiros de missão chegavam perto de algo, criavam algum empecilho — como trazer à vida os maiores monstros do terror. Quantas pessoas já não gritaram e se desesperaram diante deles? Como seria se os vissem agora com os olhos injetados de ódio, enquanto atacavam?:
O sol se fora e agora a escuridão se derramava ao Monte e isso deixava tudo muito mais dramático, ainda mais quando sem um único som, os monstros atacaram. Chucky apesar da baixa estatura era rápido e foi diretamente nas pernas de Ava.
A semideusa estava se sentindo melhor, graças a ajuda de Mia com o néctar, mas isso não garantia tudo. Precisava se esforçar. A faca do Boneco do Mal foi em direção ao tendão lateral de seu joelho e ela abaixou-se, tentando bloquear o ataque letal com seu punho, mas isso não evitou um corte na lateral de seu braço. Chucky continuava atacando, o sorrisinho cruel em seus lábios e o cheiro fétido que vinham dele embrulhou o estômago da semideusa, que desviou de mais dois ataques, mas não sem baixas, visto que ele era realmente rápido.
Estava abaixada e a luta era praticamente no chão, enquanto tentava bloqueá-lo, mas em seu último ataque que fez um corte na coxa da semideusa, Ava conseguiu segurar o braço plástico do monstro, prendendo-o junto a ela e desferiu um golpe direto no rosto do boneco que cambaleou para longe.
As lâminas de sua arma reluziam à luz da lua e mesmo que seus ferimentos latejassem, ela sentia-se bem. Tentou acertar mais dois golpes, usando a força da gravidade para impulsionar, mas o maldito monstro era rápido. — Se quer saber, acho a saga d’O Boneco Assassino um grande delírio coletivo dos anos 90. — Ava deu um risinho de escárnio. — Mas, não é nada pessoal!
Sentia o sangue escorrer de seus ferimentos e isso não era nada bom mesmo. Precisava pensar em algo. O Monte Licabeto era realmente alto, feito de calcário, havia enormes pedras e construções rochosas; onde estavam havia apenas uma capela cristã, um restaurante e um teatro, as ruas eram acidentadas e as muretas de pedra. Ava deu um sorriso e correu, lançando o corpo sobre uma mureta baixa que estava à sua esquerda. Chucky saltou atrás dela em seu encalço, porém a semideusa segurou a mureta para não cair no terreno irregular que se estendia abaixo.
O boneco se desequilibrou e Ava usou isso para atacar, impulsionou o corpo e cravou a lâmina no pescoço do monstro, depois em seu peito e sua perna, por fim deixando-o cair pela estrada. O esforço a deixou ofegante e ela tocou o braço, tentando estancar o sangramento — seus olhos estavam presos em seu oponente à sua frente.
Seu corpo retesou quando olhou para cima e a figura imponente de Jason surgiu em sua direção. “Mais um, não…”, ela pensou já levantando o punho, mas ele simplesmente passou por ela e se postou a sua frente. “Mas, que porra…”, Ava levantou-se, seus pés prontos para se movimentarem a qualquer sinal, mas, então viu Ivanna e, então, ela entendeu. Jason fora atingido por suas flechas especiais, isso a fez relaxar por alguns instantes. A meia irmã atacou Chucky e Ava o viu ser atingido. — Também preferia legos. — Clichê, não é? — Obrigada pela ajuda! — Ela agradeceu a meia irmã dando um sorriso leve. Recebia ajuda de todos os lados, mas mesmo assim, ainda não deu as costas a Jason e nem a Chucky que permanecia no chão. A luta se desenrolava logo ali e a semideusa não podia relaxar de forma alguma.
A semideusa se sentiu deslocada a maior parte da vida, as coisas só realmente começaram a fazer sentido quando chegou ao acampamento Meio-Sangue, mesmo que ainda tivesse dificuldades em entender seu lugar em meio aquilo tudo. Mas, ali ao realizar uma missão, sentia pela primeira vez a plenitude do ar em seus pulmões. Pela primeira vez.
Olhou para cima, enquanto o elevador avançava sem nem imaginar para onde iam e contou os segundos, ajudando a controlar sua respiração e ansiedade. O pen drive, uma poderosa dada pelo próprio Hefesto, parecia queimar em seus dedos, então, ela guardou em um bolso lateral e fechou-o, mantendo-o seguro e próximo de sua destra.
O metal frio de suas armas pareceu queimar sua pele e ela tocou um punho de cada vez, ajeitando a arma em si mesma, então, sua atenção foi tomada por Mia. A semideusa era um acontecimento da natureza, realmente — e Ava gostava dela por isso. Sua sinceridade e força eram admiráveis, mas, ela se surpreendeu ainda mais quando empurrou para si mesma uma garrafa pequena. — O que é… — Ela começou, mas Mia foi mais rápida. Ela estava dando o néctar que trouxe de suporte para si mesma e isso tocou Ava. Olhou para os demais antes de aceitar, tremendo receber olhares de reprovação, mas não, não foi isso. — Como posso lhe retribuir? — A semideusa falou de forma enrolada, enquanto pegava a dose de néctar entre os dedos.
Levou aos lábios com insegurança e bebeu-o, por mais encabulada que estivesse em aceitar, a sinceridade nos olhos de Mia e saber que aquilo era o mais racional agora, visto que era a que estava mais machucada, era o melhor a fazer. Não podia ser um peso morto e arriscar ser morta — não se não pudesse ajudar sua equipe antes. Sorriu para Mia em agradecimento e sentiu uma corrente estranha passar por seu corpo, enquanto sentia-se ser restaurada — esse era o poder do néctar.
Sentiu suas mãos suando quando raios luminosos começaram a invadir as frestas do seu meio de locomoção e percebeu que por fim subiam. Suspirou. “Estou em Atenas… Em casa.”, ela pensou e por uma fração de segundos pensou em sua mãe novamente.
Contudo, seu estupor acabou quando as portas do elevador se abriram e vários pares de pernas surgiram parados, esperando-os. — E lá vamos nós! — Grunhiu, soprando as palavras em um folego apenas.
Monstros estavam esperando-os, parecidos com as Fobias, o mesmo sorriso cruel — a diferença é que pareciam ainda mais mortais e ali, diante dos olhos dos semideuses, estava Deimos, o deus do terror. E ele sabia exatamente quem eram.
Obviamente, sua atenção não estava exatamente voltada para Ava e Ivanna, filhas de Atenas e Ava achou isso, no mínimo engraçado, então quando o deus torceu o rosto, ela lhe ofereceu um sorriso cínico. Sentia uma energia diferente, olhou por um segundo em volta, prestando atenção ao local que estava — seria mais inteligente dessa vez, já que provavelmente estaria de alguma forma em desvantagem. “É o Monte Licabeto…”, Ava sorriu encarando mais uma vez o deus e seus monstros, conhecia aquele lugar como a palma de sua mão.
Os pelos de sua nuca arrepiaram quando as criaturas começaram a se transformar, os sons de ossos quebrando era arrepiante, mas o que mais a assustava era o olhar das crianças que estavam em volta do deus. “Vazio. Não há nada naqueles olhos…”, ela pensou.
Sua boca se abriu em um pequeno “o” quando a transformação cessou e em sua frente estavam os maiores nomes dos filmes de terror da cinematografia: Freddy Krueger, Samara, Chucky, Jason Voorhees e Michael Myers. “É sério isso?”, pensou em surpresa.
Porém, o que realmente a preocupou foi quando Deimos desapareceu, ele disse que Fobos os esperava. Os dois deuses menores estavam sempre à frente, quando parecia que Ava e seus companheiros de missão chegavam perto de algo, criavam algum empecilho — como trazer à vida os maiores monstros do terror. Quantas pessoas já não gritaram e se desesperaram diante deles? Como seria se os vissem agora com os olhos injetados de ódio, enquanto atacavam?:
O sol se fora e agora a escuridão se derramava ao Monte e isso deixava tudo muito mais dramático, ainda mais quando sem um único som, os monstros atacaram. Chucky apesar da baixa estatura era rápido e foi diretamente nas pernas de Ava.
A semideusa estava se sentindo melhor, graças a ajuda de Mia com o néctar, mas isso não garantia tudo. Precisava se esforçar. A faca do Boneco do Mal foi em direção ao tendão lateral de seu joelho e ela abaixou-se, tentando bloquear o ataque letal com seu punho, mas isso não evitou um corte na lateral de seu braço. Chucky continuava atacando, o sorrisinho cruel em seus lábios e o cheiro fétido que vinham dele embrulhou o estômago da semideusa, que desviou de mais dois ataques, mas não sem baixas, visto que ele era realmente rápido.
Estava abaixada e a luta era praticamente no chão, enquanto tentava bloqueá-lo, mas em seu último ataque que fez um corte na coxa da semideusa, Ava conseguiu segurar o braço plástico do monstro, prendendo-o junto a ela e desferiu um golpe direto no rosto do boneco que cambaleou para longe.
As lâminas de sua arma reluziam à luz da lua e mesmo que seus ferimentos latejassem, ela sentia-se bem. Tentou acertar mais dois golpes, usando a força da gravidade para impulsionar, mas o maldito monstro era rápido. — Se quer saber, acho a saga d’O Boneco Assassino um grande delírio coletivo dos anos 90. — Ava deu um risinho de escárnio. — Mas, não é nada pessoal!
Sentia o sangue escorrer de seus ferimentos e isso não era nada bom mesmo. Precisava pensar em algo. O Monte Licabeto era realmente alto, feito de calcário, havia enormes pedras e construções rochosas; onde estavam havia apenas uma capela cristã, um restaurante e um teatro, as ruas eram acidentadas e as muretas de pedra. Ava deu um sorriso e correu, lançando o corpo sobre uma mureta baixa que estava à sua esquerda. Chucky saltou atrás dela em seu encalço, porém a semideusa segurou a mureta para não cair no terreno irregular que se estendia abaixo.
O boneco se desequilibrou e Ava usou isso para atacar, impulsionou o corpo e cravou a lâmina no pescoço do monstro, depois em seu peito e sua perna, por fim deixando-o cair pela estrada. O esforço a deixou ofegante e ela tocou o braço, tentando estancar o sangramento — seus olhos estavam presos em seu oponente à sua frente.
Seu corpo retesou quando olhou para cima e a figura imponente de Jason surgiu em sua direção. “Mais um, não…”, ela pensou já levantando o punho, mas ele simplesmente passou por ela e se postou a sua frente. “Mas, que porra…”, Ava levantou-se, seus pés prontos para se movimentarem a qualquer sinal, mas, então viu Ivanna e, então, ela entendeu. Jason fora atingido por suas flechas especiais, isso a fez relaxar por alguns instantes. A meia irmã atacou Chucky e Ava o viu ser atingido. — Também preferia legos. — Clichê, não é? — Obrigada pela ajuda! — Ela agradeceu a meia irmã dando um sorriso leve. Recebia ajuda de todos os lados, mas mesmo assim, ainda não deu as costas a Jason e nem a Chucky que permanecia no chão. A luta se desenrolava logo ali e a semideusa não podia relaxar de forma alguma.
#ruivinhodemarte #deimoscringe
chucky x ava
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Ava O. Vaughn
Mensagens : 42
Perfil de Herói
Filiação: Atena
Classe:
Nível: 2
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
A Irmandade Sangrenta
Diferente do que eu imaginei que seria, o percurso não me incomodava. Era veloz, quanto a isso não existiam dúvidas, mas ainda assim não era incômodo. Meus olhos uma vez ou outra fixaram-se nos meus companheiros, tentando buscar entender o que eles mesmos pudessem estar sentindo, pensando também em cada característica marcante de cada um deles e como elas não tinham nada a ver comigo. Ava e Ivanna eram filhas de Atena, sábia e estratégica. Eu era impulsiva demais para agir com tamanha racionalidade. Diego era teatral e eu não tinha lábia ou gingado suficiente para agir dessa forma, até mesmo quando eu pensava nas diferenças dele e de seu meio-irmão, Cole… Eles ainda eram parecidos em algumas coisas em questão de personalidade, por mais diferentes que fossem. Marissa era uma filha de Poseidon, e bom… Eu não conhecia outros filhos daquele deus, mas a forma natural com a qual ela agia com respeito ao mar, já me dava alguns indicativos de que eu, definitivamente, não tinha nada a ver com isso. Passar tanto tempo com outros quatro semideuses que conheciam sua linhagem me deixava um pouco cabisbaixa, mas não o suficiente para me deixar de guarda baixa ou de ser influenciada por deuses tão terríveis como Fobos era e como eu tinha certeza que Deimos também seria. Toda a história contada por Hefesto me deixou determinada a ajudar a acabar com aquela palhaçada, afinal… A devastação emocional e física que eles já causaram foi suficiente, e não queria ver acontecendo outra.
Enquanto tudo aquilo invadia minha mente, percebi como Ava havia sido a mais prejudicada dentre nós. Eu até podia ter recebido o primeiro golpe de Fobos e Marissa podia ter sido influenciada a atirar flechas de maneira descontrolada, mas Ava foi cruelmente ferida. Por mais que Marissa e eu tentássemos ajudá-la com curativos e primeiros socorros, não havia sido suficiente e eu me sentia um tanto quanto incomodada com isso, como se eu ainda pudesse fazer alguma coisa e não tivesse feito. Mas o quê? Suspirei, repassando toda nossa trajetória desde que fomos convocados até o momento atual. Estávamos prestes a lidar com mais coisas, ainda não sabia o que viria pela frente, mas seria desafiador. Foi nesse momento que meus olhos passaram por Diego e por seu rum, ele comentava alguma coisa sobre ter trazido vinho também e isso me fez dar um sorriso fraco, como se tivesse acabado de ficar claro o que eu deveria fazer. Eu também tinha algo preso a mim. Em silêncio, puxei a garrafa pequena de néctar dos deuses e a segurei com uma das mãos. — Ava. — Empurrei então para ela a garrafinha, na esperança de que a garota pegasse. — É uma garrafinha com uma dose de néctar dos deuses. Pra funcionar, você precisa beber todo o conteúdo. — Comecei a explicar, mas ela fazia uma expressão surpresa. — Você é quem mais precisa, e eu quero que você aceite. — Meu olhar para ela deixava explícito o quão verdadeiras eram aquelas palavras, e mesmo sem olhar para os outros três, eu sabia que eles pensavam da mesma forma.
Quando fui questionada em como ela poderia retribuir e balancei a cabeça em negativa. — Só fique viva! — Respondi de maneira tranquila e com um sorriso no rosto, agora finalmente vendo-a pegar a garrafinha e, após uma pequena hesitação, beber a dose de néctar dos deuses. Aquilo por si só já me tranquilizou um pouco, embora não de maneira total, e mesmo assim o tempo começou a passar mais rápido - ao menos na minha cabeça - e quando dei por mim, já estávamos conseguindo ver os raios de sol diante dos nossos olhos. Precisei deixá-los semicerrados durante aquele primeiro momento. Era fim de tarde em Atenas. Sim, percorremos um caminho extremamente longo e bizarramente rápido até o local, mas a noção do tempo também não me parecia tão natural. Talvez fosse por ter ficado tanto tempo debaixo da terra. De toda forma, conforme subíamos, além do fim de tarde, pernas negras e extremamente esquisitas passavam pelos meus olhos, depois o tronco e um corpo completamente bizarro. Não, eu não era capaz de descrever qualquer coisa sobre aquilo, mas minha cara já demonstrava tamanha esquisitice ao mesmo tempo que meu estômago se embrulhou.
Pareciam muito com as Fobias… Mas estavam depenadas e seus corpos estavam tortos, como se após terem sido quebrados, fossem colados daquela forma. Parecem aqueles gatos feios sem pelo… Foi a única analogia que consegui naquele momento, mas então uma voz encorpada surgiu pelos meus ouvidos, me fazendo fechar os olhos e respirar fundo. Claramente eu tentava controlar a minha raiva. Havia algo estranho ali, isso era óbvio, mas se o dono daquela voz fosse Fobos, eu precisaria mesmo me controlar para não cortar a garganta dele.
Virei meu corpo na direção daquele infeliz, e então percebi que não se tratava de Fobos, embora fossem muito parecidos, com exceção do corte de cabelo militarizado e os músculos mais aparentes. Deimos. Pensei, mantendo minha postura séria, analisando aquele deus menor como se ele fosse apenas mais um inimigo no caminho. Haviam duas crianças com ele, tão calmas que chegavam a causar calafrios. Elas com certeza seriam problemas maiores… Ninguém em sã consciência é calmo daquele jeito, ainda mais perto do deus do terror. Ainda assim, mantive minha postura e tentava não demonstrar meu escárnio pelas palavras de Deimos, que dizia estarmos atrasados. A forma como ele falava de Marissa me deixava ao mesmo tempo furiosa, apreensiva. Não a conhecia muito bem, mas a proposta que ela tinha recebido de Fobos mexeu comigo de um jeito negativo, e isso fez com que eu automaticamente olhasse para Ivanna. Ela sabia o que eu pensava a respeito de tudo aquilo. Depois ele resolveu fazer gracinha com Diego, que respondeu à altura antes de Deimos comentar algo sobre mim. O quê seria interessante? Fechei a cara, embora a fizesse questão de olhar dentro dos olhos de Deimos, para que ele soubesse que eu não tinha medo dele, do irmão dele ou de qualquer um desses cachorrinhos de batalha que jogavam para nos atrasar. Quando ele voltou a falar com Marissa, porém, apertei os punhos em autocontrole.
E então os tais Temores, como ele chamava aquelas criaturas que muito pareciam com as Fobias, começaram a fazer uns “crac, crac”, mudando de forma, tendo o couro rasgando, suas formas sendo ainda mais deformadas como se estivessem em uma espécie de metamorfose. Meus olhos foram atraídos para toda aquela transformação que, de repente, se mostrou concluída. Suas aparência agora eram como dos vilões de filmes de terror mundialmente conhecidos pelos mortais. Nem mesmo todo aquele show de horrores atrapalhou a calmaria das crianças ao lado do deus menor e então eu resolvi assumir para mim mesma que tratavam-se de duas mini-psicopatas. Suspirei, passando os olhos uma última vez por Deimos, medindo-o de cima abaixo antes dele começar a se afastar, levando as duas crianças consigo e também algumas outras criaturas.
O sol finalmente se pôs, nos deixando diante de um verdadeiro cenário de filme de terror. Um crossover de cinco filmes de terror se passando na Grécia. Minha ideia inicial era ver a posição de todos aqueles malditos temores, mas de início só consegui ouvir o maldito barulho daquela serra elétrica de Jason. Será que ele realmente estava com a serra ou o fato de eu ter visto sua máscara me fez lembrar do som que aquela arma fazia? A mente pode realmente nos pregar peças, porque eu jurava que a trilha sonora de Halloween misturada ao som icônico de Hora do Pesadelo estava tocando. Talvez Calliope estivesse ajudando Deimos com a ambientação? Quer dizer, tudo aquilo estava assombradamente poético, e ela era a musa da poesia enquanto ele era o deus do terror. Certo, aquele não era o momento para deixar a mente viajar. Eu precisava estar completamente focada, e quando me virei, dei de cara com a fedorenta do poço olhando pra mim. Ou pelo menos eu achava que ela estava olhando, já que tinha 3 camadas de cabelo com limo naquela cara feia. — Tá esperando o quê, garota? Dar os sete dias? — Fiz uma expressão debochada. Samara estava parada diante de mim, sem mexer um músculo sequer.
O problema de brincar com uma garota problemática que vive no fundo do poço, é que você não faz a menor ideia do que pode acontecer a seguir. Quando dei por mim, minhas mãos puxavam minha espada da bainha, tremendo, e num movimento rápido e muito doloroso, realizei um corte em minha própria cintura com ela. Eu sentia a dor aguda do corte misturada a sensação do sangue escorrendo, mas meus olhos continuavam presos aos de Samara. Por quê eu fiz isso? Essa... Essa...— Desgraçada! — Bradei, extremamente incomodada com o que havia acabado de acontecer. É por isso que ela tinha ficado parada, estava buscando contato visual ou sabe-se lá o quê para controlar a minha mente. Foi aí que Diego simplesmente brotou na minha frente, segurando sua lança e pronto para lidar com ela. Arregalei os olhos, surpresa com aquela atitude e ao mesmo tempo extremamente agradecida. Havíamos passado por momentos semelhantes no navio ao lado das Fobias, embora nenhuma delas tivesse controlado a nossa mente. Olhei ao redor, percebendo que cada um estava com um dos Temores, menos Freddy. Ele estava sozinho, mas vindo em nossa direção. Provavelmente era o Temor de Diego.
Apesar da dor devido ao recente golpe contra mim mesma, manuseei minha espada de uma forma a girar meu corpo para a direção contrária de onde Diego e Samara estavam. Eu lidaria com aquele maldito da cara deformada. — Um. Dois. A Mia vem te pegar. — Comecei a cantarolar, com um olhar cheio de determinação. — Três. Quatro. É melhor trancar a porta. — Eu avançava na direção da criatura, com um sorriso largo, pronta para atacá-lo, mas fazendo um determinado suspense. — Cinco. Seis. Agarre seu crucifixo. — Deixei um longo suspiro escapar, fazendo um barulho proposital com aquilo. Meus movimentos com os pés eram contados também. Calculando as passadas e a velociade em que avançava. — Sete. Oito. Fique acordado até tarde. — E então atingi uma distância ótima, estávamos bem mais perto e eu pude ver o momento em que Krueger também pensava em atacar, mas antes que isso pudesse acontecer, eu apenas continuei, fazendo um movimento circular com meu corpo ao mesmo tempo em que bradava: — Nove. Dez. Não durma nunca mais! — Ao terminar o movimento, minha lâmina o atingiu em cheio, cortando seu pescoço. Dei alguns passos para trás em seguida, encarando-o com os olhos ainda mais cheios e determinados enquanto puxava e soltava o ar. — Hoje o seu pesadelo sou eu.
Enquanto tudo aquilo invadia minha mente, percebi como Ava havia sido a mais prejudicada dentre nós. Eu até podia ter recebido o primeiro golpe de Fobos e Marissa podia ter sido influenciada a atirar flechas de maneira descontrolada, mas Ava foi cruelmente ferida. Por mais que Marissa e eu tentássemos ajudá-la com curativos e primeiros socorros, não havia sido suficiente e eu me sentia um tanto quanto incomodada com isso, como se eu ainda pudesse fazer alguma coisa e não tivesse feito. Mas o quê? Suspirei, repassando toda nossa trajetória desde que fomos convocados até o momento atual. Estávamos prestes a lidar com mais coisas, ainda não sabia o que viria pela frente, mas seria desafiador. Foi nesse momento que meus olhos passaram por Diego e por seu rum, ele comentava alguma coisa sobre ter trazido vinho também e isso me fez dar um sorriso fraco, como se tivesse acabado de ficar claro o que eu deveria fazer. Eu também tinha algo preso a mim. Em silêncio, puxei a garrafa pequena de néctar dos deuses e a segurei com uma das mãos. — Ava. — Empurrei então para ela a garrafinha, na esperança de que a garota pegasse. — É uma garrafinha com uma dose de néctar dos deuses. Pra funcionar, você precisa beber todo o conteúdo. — Comecei a explicar, mas ela fazia uma expressão surpresa. — Você é quem mais precisa, e eu quero que você aceite. — Meu olhar para ela deixava explícito o quão verdadeiras eram aquelas palavras, e mesmo sem olhar para os outros três, eu sabia que eles pensavam da mesma forma.
Quando fui questionada em como ela poderia retribuir e balancei a cabeça em negativa. — Só fique viva! — Respondi de maneira tranquila e com um sorriso no rosto, agora finalmente vendo-a pegar a garrafinha e, após uma pequena hesitação, beber a dose de néctar dos deuses. Aquilo por si só já me tranquilizou um pouco, embora não de maneira total, e mesmo assim o tempo começou a passar mais rápido - ao menos na minha cabeça - e quando dei por mim, já estávamos conseguindo ver os raios de sol diante dos nossos olhos. Precisei deixá-los semicerrados durante aquele primeiro momento. Era fim de tarde em Atenas. Sim, percorremos um caminho extremamente longo e bizarramente rápido até o local, mas a noção do tempo também não me parecia tão natural. Talvez fosse por ter ficado tanto tempo debaixo da terra. De toda forma, conforme subíamos, além do fim de tarde, pernas negras e extremamente esquisitas passavam pelos meus olhos, depois o tronco e um corpo completamente bizarro. Não, eu não era capaz de descrever qualquer coisa sobre aquilo, mas minha cara já demonstrava tamanha esquisitice ao mesmo tempo que meu estômago se embrulhou.
Pareciam muito com as Fobias… Mas estavam depenadas e seus corpos estavam tortos, como se após terem sido quebrados, fossem colados daquela forma. Parecem aqueles gatos feios sem pelo… Foi a única analogia que consegui naquele momento, mas então uma voz encorpada surgiu pelos meus ouvidos, me fazendo fechar os olhos e respirar fundo. Claramente eu tentava controlar a minha raiva. Havia algo estranho ali, isso era óbvio, mas se o dono daquela voz fosse Fobos, eu precisaria mesmo me controlar para não cortar a garganta dele.
Virei meu corpo na direção daquele infeliz, e então percebi que não se tratava de Fobos, embora fossem muito parecidos, com exceção do corte de cabelo militarizado e os músculos mais aparentes. Deimos. Pensei, mantendo minha postura séria, analisando aquele deus menor como se ele fosse apenas mais um inimigo no caminho. Haviam duas crianças com ele, tão calmas que chegavam a causar calafrios. Elas com certeza seriam problemas maiores… Ninguém em sã consciência é calmo daquele jeito, ainda mais perto do deus do terror. Ainda assim, mantive minha postura e tentava não demonstrar meu escárnio pelas palavras de Deimos, que dizia estarmos atrasados. A forma como ele falava de Marissa me deixava ao mesmo tempo furiosa, apreensiva. Não a conhecia muito bem, mas a proposta que ela tinha recebido de Fobos mexeu comigo de um jeito negativo, e isso fez com que eu automaticamente olhasse para Ivanna. Ela sabia o que eu pensava a respeito de tudo aquilo. Depois ele resolveu fazer gracinha com Diego, que respondeu à altura antes de Deimos comentar algo sobre mim. O quê seria interessante? Fechei a cara, embora a fizesse questão de olhar dentro dos olhos de Deimos, para que ele soubesse que eu não tinha medo dele, do irmão dele ou de qualquer um desses cachorrinhos de batalha que jogavam para nos atrasar. Quando ele voltou a falar com Marissa, porém, apertei os punhos em autocontrole.
E então os tais Temores, como ele chamava aquelas criaturas que muito pareciam com as Fobias, começaram a fazer uns “crac, crac”, mudando de forma, tendo o couro rasgando, suas formas sendo ainda mais deformadas como se estivessem em uma espécie de metamorfose. Meus olhos foram atraídos para toda aquela transformação que, de repente, se mostrou concluída. Suas aparência agora eram como dos vilões de filmes de terror mundialmente conhecidos pelos mortais. Nem mesmo todo aquele show de horrores atrapalhou a calmaria das crianças ao lado do deus menor e então eu resolvi assumir para mim mesma que tratavam-se de duas mini-psicopatas. Suspirei, passando os olhos uma última vez por Deimos, medindo-o de cima abaixo antes dele começar a se afastar, levando as duas crianças consigo e também algumas outras criaturas.
O sol finalmente se pôs, nos deixando diante de um verdadeiro cenário de filme de terror. Um crossover de cinco filmes de terror se passando na Grécia. Minha ideia inicial era ver a posição de todos aqueles malditos temores, mas de início só consegui ouvir o maldito barulho daquela serra elétrica de Jason. Será que ele realmente estava com a serra ou o fato de eu ter visto sua máscara me fez lembrar do som que aquela arma fazia? A mente pode realmente nos pregar peças, porque eu jurava que a trilha sonora de Halloween misturada ao som icônico de Hora do Pesadelo estava tocando. Talvez Calliope estivesse ajudando Deimos com a ambientação? Quer dizer, tudo aquilo estava assombradamente poético, e ela era a musa da poesia enquanto ele era o deus do terror. Certo, aquele não era o momento para deixar a mente viajar. Eu precisava estar completamente focada, e quando me virei, dei de cara com a fedorenta do poço olhando pra mim. Ou pelo menos eu achava que ela estava olhando, já que tinha 3 camadas de cabelo com limo naquela cara feia. — Tá esperando o quê, garota? Dar os sete dias? — Fiz uma expressão debochada. Samara estava parada diante de mim, sem mexer um músculo sequer.
O problema de brincar com uma garota problemática que vive no fundo do poço, é que você não faz a menor ideia do que pode acontecer a seguir. Quando dei por mim, minhas mãos puxavam minha espada da bainha, tremendo, e num movimento rápido e muito doloroso, realizei um corte em minha própria cintura com ela. Eu sentia a dor aguda do corte misturada a sensação do sangue escorrendo, mas meus olhos continuavam presos aos de Samara. Por quê eu fiz isso? Essa... Essa...— Desgraçada! — Bradei, extremamente incomodada com o que havia acabado de acontecer. É por isso que ela tinha ficado parada, estava buscando contato visual ou sabe-se lá o quê para controlar a minha mente. Foi aí que Diego simplesmente brotou na minha frente, segurando sua lança e pronto para lidar com ela. Arregalei os olhos, surpresa com aquela atitude e ao mesmo tempo extremamente agradecida. Havíamos passado por momentos semelhantes no navio ao lado das Fobias, embora nenhuma delas tivesse controlado a nossa mente. Olhei ao redor, percebendo que cada um estava com um dos Temores, menos Freddy. Ele estava sozinho, mas vindo em nossa direção. Provavelmente era o Temor de Diego.
Apesar da dor devido ao recente golpe contra mim mesma, manuseei minha espada de uma forma a girar meu corpo para a direção contrária de onde Diego e Samara estavam. Eu lidaria com aquele maldito da cara deformada. — Um. Dois. A Mia vem te pegar. — Comecei a cantarolar, com um olhar cheio de determinação. — Três. Quatro. É melhor trancar a porta. — Eu avançava na direção da criatura, com um sorriso largo, pronta para atacá-lo, mas fazendo um determinado suspense. — Cinco. Seis. Agarre seu crucifixo. — Deixei um longo suspiro escapar, fazendo um barulho proposital com aquilo. Meus movimentos com os pés eram contados também. Calculando as passadas e a velociade em que avançava. — Sete. Oito. Fique acordado até tarde. — E então atingi uma distância ótima, estávamos bem mais perto e eu pude ver o momento em que Krueger também pensava em atacar, mas antes que isso pudesse acontecer, eu apenas continuei, fazendo um movimento circular com meu corpo ao mesmo tempo em que bradava: — Nove. Dez. Não durma nunca mais! — Ao terminar o movimento, minha lâmina o atingiu em cheio, cortando seu pescoço. Dei alguns passos para trás em seguida, encarando-o com os olhos ainda mais cheios e determinados enquanto puxava e soltava o ar. — Hoje o seu pesadelo sou eu.
badger
Mia Lynn Sparkle
Mensagens : 192
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Zeus
Classe: Campista II
Nível: 6
Glória: Conhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Irmandade Sangrenta
Sangue vermelho e negro começava a jorrar em atena. Fazia eons que aquele monte não era lavado com tanto sangue. Eu sequer lembrava a última vez, mas com certeza havia acontecido. Os heróis tinham abandonado o modo recluso de luta no Tormenta de Squila. Adotavam agora uma tática mais ofensiva - com mais escárnio e debique. Em palavras atuais: fecho em cima de fecho, deboche em cima de deboche. Enquanto alguns partiam para cima de seus adversários com sede de sangue - sem se importarem com seus ferimentos -, outros se escondiam, mas não por covardia; por estratégia. Os Temores estavam tendo que pensar bem no que fariam em seguida, e pensar não era bem o forte deles. Talvez Samara fosse a mais inteligente entre os integrantes do grupo de vilões.
Depois de se defender de dois ataques de Diego, ela sabia que ele estava tentando distraí-la. Filhos de Dionísio não tinham sua mente facilmente controlada. Ele não podia estar achando que os Temores eram criaturas nascidas ontem.. Ela tenta dar um soco em Diego para conseguir tempo de usar seus poderes contra Ava.
Ali perto, Mia ri da cara de Freddy, mesmo estando mais debilitada do que ele. Freddy deveria saber que criaturas encurraladas tendem a ser mais perigosas, e Mia demonstrava bem aquilo. Ela ia para cima sem medo. Mas Freddy tinha outras motivações. Quando ouviu a menina cantando a música de seu filme sem autorização, disse que ela aguardasse o contato dos advogados da Warner Brothers. Tentou um golpe contra Mia, mas seu verdadeiro alvo estava mais adiante. Correu até Diego e tentou atacá-lo duas vezes. Talvez visse nele um elo fraco no que dizia respeito às batalhas. Mas o que ele precisava mesmo, é que o herói não interrompesse Samara.
Por entre as árvores que circundavam o monte, Marissa se escondia nas sombras. Temores eram seres criados a partir da parte mais assustadora das trevas - eles saberiam lidar bem com as sombras. Mas Marissa não parecia mais ser uma menina frágil e com medo; parecia saber o que estava fazendo. E, aparentemente, fazia bem. Já que Michael agora precisava procurá-la antes de tentar acertar um golpe na filha de Poseidon. Em filmes de terror, vilões como Michael surgiam quando menos se esperava - causando o jumpscare que os amantes do gênero tanto amavam nos filmes. Marissa também precisava ficar esperta.
Para um vilão que matava os amantes, Jason havia se tornado uma decepção. Bastou apenas uma flechada do Fake Amor de Ivanna para ele ficar, literalmente, caído aos pés delas. Após receber o comando de tomar os golpes que fossem dirigidos a Ava, ele se pôs de costas para a menina - montando guarda na frente dela. Com um tamanho daqueles, seria difícil para qualquer um chegar perto demais de Ava. Mas será que ele conseguiria defender ela dela mesma?
Chucky era o demônio que sabia que não teria chances contra Jason. Fez cara feia para Ivanna ao ouvir a piadinha sobre as filhas de Atena preferirem Legos, chamou as duas de vadiazinhas e partiu para cima de Ivanna em fúria.
Depois de se defender de dois ataques de Diego, ela sabia que ele estava tentando distraí-la. Filhos de Dionísio não tinham sua mente facilmente controlada. Ele não podia estar achando que os Temores eram criaturas nascidas ontem.. Ela tenta dar um soco em Diego para conseguir tempo de usar seus poderes contra Ava.
Ali perto, Mia ri da cara de Freddy, mesmo estando mais debilitada do que ele. Freddy deveria saber que criaturas encurraladas tendem a ser mais perigosas, e Mia demonstrava bem aquilo. Ela ia para cima sem medo. Mas Freddy tinha outras motivações. Quando ouviu a menina cantando a música de seu filme sem autorização, disse que ela aguardasse o contato dos advogados da Warner Brothers. Tentou um golpe contra Mia, mas seu verdadeiro alvo estava mais adiante. Correu até Diego e tentou atacá-lo duas vezes. Talvez visse nele um elo fraco no que dizia respeito às batalhas. Mas o que ele precisava mesmo, é que o herói não interrompesse Samara.
Por entre as árvores que circundavam o monte, Marissa se escondia nas sombras. Temores eram seres criados a partir da parte mais assustadora das trevas - eles saberiam lidar bem com as sombras. Mas Marissa não parecia mais ser uma menina frágil e com medo; parecia saber o que estava fazendo. E, aparentemente, fazia bem. Já que Michael agora precisava procurá-la antes de tentar acertar um golpe na filha de Poseidon. Em filmes de terror, vilões como Michael surgiam quando menos se esperava - causando o jumpscare que os amantes do gênero tanto amavam nos filmes. Marissa também precisava ficar esperta.
Para um vilão que matava os amantes, Jason havia se tornado uma decepção. Bastou apenas uma flechada do Fake Amor de Ivanna para ele ficar, literalmente, caído aos pés delas. Após receber o comando de tomar os golpes que fossem dirigidos a Ava, ele se pôs de costas para a menina - montando guarda na frente dela. Com um tamanho daqueles, seria difícil para qualquer um chegar perto demais de Ava. Mas será que ele conseguiria defender ela dela mesma?
Chucky era o demônio que sabia que não teria chances contra Jason. Fez cara feia para Ivanna ao ouvir a piadinha sobre as filhas de Atena preferirem Legos, chamou as duas de vadiazinhas e partiu para cima de Ivanna em fúria.
_________________
Aquela que enrola o fio, tecendo a vida
Láquesis
Mensagens : 164
Perfil de Herói
Filiação: Zeus
Classe: Espectro
Nível: *
Glória: Imortalizado(a)
Re: Monte Licabeto
A Irmandade Sangrenta
Tudo o que aconteceu após minha investida contra Freddy Krueger aconteceu muito rápido e ao mesmo tempo de uma forma que eu, talvez, nunca me esquecesse. Ao meu redor, cada um dos meus companheiros naquela missão estavam enfrentando seus próprios temores, e por mais que eu não fosse capaz de enxergar todos de uma vez, eu tinha uma boa noção de espaço, pelo menos Ava e Ivanna eu era capaz de enxergar, e estavam trabalhando como duas irmãs, filhas de Atena. Já Diego estava muito próximo a mim, tomando Samara para lutar enquanto eu me ocupava de Krueger. Marissa, por outro lado, era a única de nós que eu não conseguia ver. Meu corpo inteiro vibrava diante daquela situação, era como se eu pudesse sentir ondas elétricas em meu corpo, tamanha a minha adrenalina. Por mais que minha visão periférica fosse boa, meu foco estava em Freddy, e a risada abafada e ao mesmo tempo debochada com o comentário do temor sobre eu aguardar os advogados da Warner Brothers. Então ele era um ser pensante… Que sabia exatamente o que era e do quê estava caracterizado. Tomei uma nota mental daquilo, e quando ele investiu contra mim, tentei desviar, mas senti sua luva com navalhas alcançando a altura do meu ombro. E... Bom, o que esperar de uma pessoa que foi atingida com uma faca pelo próprio deus do medo, atacou a si própria com uma espada e ainda teve o ombro atingido por uma luva com navalhas de um vilão dos anos oitenta? Não, eu não estava nada feliz.
Talvez fosse possível notar pelas minhas expressões o quão verdadeiramente irritada eu estava. Alguns fios do meu cabelo, embora eu não pudesse ver, se tornaram estáticos ao mesmo tempo em que meus olhos agora estavam vidrados em meu alvo, que passou por mim após o ataque e começou a ir em direção a Diego. No momento em que ele seguiu até Diego, me atentei para prestar atenção no que acontecia. Ele investia contra Diego enquanto Samara continuava praticamente parada após tentar lutar contra o garoto, olhando para alguém em específico. Movi meus olhos pelo espaço rapidamente, e então entendi o que acontecia. Ao mesmo tempo, Freddy esticou sua mão direita com a garra e atacou o filho de Dionísio. À essa altura eu já tinha guardado minha espada na bainha e puxei a chave de fenda que havia pego dentre os itens que Hefesto nos pediu para escolher, e me apressei, ao mesmo tempo em que gritava para Ivanna: — IVANNA, A SAMARA! ELA ESTÁ MEXENDO COM A MENTE DA AVA! — Não consegui ir além disso, porque precisei agir rápido. Joguei meu corpo para a frente do corpo de Diego, tal qual ele fez comigo quando a Samara mexia com a minha mente, mas dessa vez recebendo o golpe de Freddy em seu lugar, que atingiu a área do meu colo, abaixo do meu pescoço.
Enquanto isso, segurei a chave de fenda com ambas as mãos e assim que ela se transformou em uma espada, golpeei Freddy mais uma vez, dessa vez em seu tronco. Eu até que sabia empunhar bem uma espada... O que era engraçado, porque de início eu tinha gosto por usar arco e flecha, foi a arma que escolhi para mim quando cheguei ao acampamento, mas as coisas mudaram em pouco tempo e a espada me escolheu. Isso mesmo, foi a espada que me escolheu e não o contrário. Isso agora se mostrava interessante, pois não conseguia me ver nessa luta empunhando qualquer outra arma que não essa. — Eu disse que seria seu pesadelo hoje, mas parece que não serei só eu. — Rosnei para o maldito temor. Eu estava inflada, pronta para atacá-lo com toda a força. Talvez fosse a adrenalina, meu cérebro estava mandando ondas elétricas para todo o meu corpo e eu podia jurar que sentia isso até nas pontas dos meus dedos. Nunca havia estado em uma batalha real, não tinha o mesmo sangue frio e gosto por violência que os filhos de Ares, tampouco era tão estrategista como os filhos de Atena, mas eu sentia que meu corpo era predisposto para lutar daquela forma. Sentia que apesar das nossas diferenças e de eu ter meus problemas particulares com alguns, meus companheiros confiavam em mim e se sentiam, de alguma forma, seguros com as minhas ações.
Claro que tudo não passava de uma simples dedução da minha cabeça, eu podia estar absolutamente errada, mas era bom se sentir parte de alguma coisa. Há muito tempo queria me sentir parte de algo, saber minhas origens, e por isso vivi me comparando com meus companheiros de acampamento... Mas agora, mesmo ali, em uma missão contra dois deuses gêmeos que apesar de serem gatos torravam a pouca paciência que eu tinha, eu finalmente começava a entender um pouco mais sobre mim, mesmo sem saber quem eu era ou quem eu poderia ser. E isso me encheu de confiança. — Ficar acordado não vai salvar você! — Naquele momento, estiquei minha espada mais uma vez, e ao invés de mirá-la em seu tronco, direcionei para sua mão direita, movimentando minha espada com velocidade na intenção de decepar sua mão vestida com a luva com navalhas. Aliás, aquela era uma arma interessante para se usar. Eu adoraria tê-la em minha posse. Diego também avançou, investindo sua lança contra o maldito Krueger. — Bons sonhos, filho da puta. — Não me aguentei em dizer, fazendo uma irônica alusão ao seu próprio filme.
Talvez fosse possível notar pelas minhas expressões o quão verdadeiramente irritada eu estava. Alguns fios do meu cabelo, embora eu não pudesse ver, se tornaram estáticos ao mesmo tempo em que meus olhos agora estavam vidrados em meu alvo, que passou por mim após o ataque e começou a ir em direção a Diego. No momento em que ele seguiu até Diego, me atentei para prestar atenção no que acontecia. Ele investia contra Diego enquanto Samara continuava praticamente parada após tentar lutar contra o garoto, olhando para alguém em específico. Movi meus olhos pelo espaço rapidamente, e então entendi o que acontecia. Ao mesmo tempo, Freddy esticou sua mão direita com a garra e atacou o filho de Dionísio. À essa altura eu já tinha guardado minha espada na bainha e puxei a chave de fenda que havia pego dentre os itens que Hefesto nos pediu para escolher, e me apressei, ao mesmo tempo em que gritava para Ivanna: — IVANNA, A SAMARA! ELA ESTÁ MEXENDO COM A MENTE DA AVA! — Não consegui ir além disso, porque precisei agir rápido. Joguei meu corpo para a frente do corpo de Diego, tal qual ele fez comigo quando a Samara mexia com a minha mente, mas dessa vez recebendo o golpe de Freddy em seu lugar, que atingiu a área do meu colo, abaixo do meu pescoço.
Enquanto isso, segurei a chave de fenda com ambas as mãos e assim que ela se transformou em uma espada, golpeei Freddy mais uma vez, dessa vez em seu tronco. Eu até que sabia empunhar bem uma espada... O que era engraçado, porque de início eu tinha gosto por usar arco e flecha, foi a arma que escolhi para mim quando cheguei ao acampamento, mas as coisas mudaram em pouco tempo e a espada me escolheu. Isso mesmo, foi a espada que me escolheu e não o contrário. Isso agora se mostrava interessante, pois não conseguia me ver nessa luta empunhando qualquer outra arma que não essa. — Eu disse que seria seu pesadelo hoje, mas parece que não serei só eu. — Rosnei para o maldito temor. Eu estava inflada, pronta para atacá-lo com toda a força. Talvez fosse a adrenalina, meu cérebro estava mandando ondas elétricas para todo o meu corpo e eu podia jurar que sentia isso até nas pontas dos meus dedos. Nunca havia estado em uma batalha real, não tinha o mesmo sangue frio e gosto por violência que os filhos de Ares, tampouco era tão estrategista como os filhos de Atena, mas eu sentia que meu corpo era predisposto para lutar daquela forma. Sentia que apesar das nossas diferenças e de eu ter meus problemas particulares com alguns, meus companheiros confiavam em mim e se sentiam, de alguma forma, seguros com as minhas ações.
Claro que tudo não passava de uma simples dedução da minha cabeça, eu podia estar absolutamente errada, mas era bom se sentir parte de alguma coisa. Há muito tempo queria me sentir parte de algo, saber minhas origens, e por isso vivi me comparando com meus companheiros de acampamento... Mas agora, mesmo ali, em uma missão contra dois deuses gêmeos que apesar de serem gatos torravam a pouca paciência que eu tinha, eu finalmente começava a entender um pouco mais sobre mim, mesmo sem saber quem eu era ou quem eu poderia ser. E isso me encheu de confiança. — Ficar acordado não vai salvar você! — Naquele momento, estiquei minha espada mais uma vez, e ao invés de mirá-la em seu tronco, direcionei para sua mão direita, movimentando minha espada com velocidade na intenção de decepar sua mão vestida com a luva com navalhas. Aliás, aquela era uma arma interessante para se usar. Eu adoraria tê-la em minha posse. Diego também avançou, investindo sua lança contra o maldito Krueger. — Bons sonhos, filho da puta. — Não me aguentei em dizer, fazendo uma irônica alusão ao seu próprio filme.
badger
Mia Lynn Sparkle
Mensagens : 192
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Zeus
Classe: Campista II
Nível: 6
Glória: Conhecido(a)
Re: Monte Licabeto
bloody brotherhood: trials
— Cai dentro, coisa feia! Eu quero ver se você sabe lutar! — aticei a Samara, abrindo um sorriso de escárnio. Em seguida, desviei com facilidade de um soco que ela tentou me dar. — É só isso? — Continuei tentando atacá-la, mas sem sucesso também. Contudo, as provocações seguiam: — Eu vou dar porrada nela, Cindy!
Mas, enquanto eu parecia fazer um bom trabalho, distraindo a Samara, cometi um grave erro de não ficar atento ao que acontecia ao redor. Mia, até então, tinha me dado ótima cobertura, mas nem ela foi capaz de segurar o monstrengo do Freddy por muito tempo. Quando menos esperei, senti suas lâminas me cortarem novamente na lateral do corpo.
— Argh! — reclamei, cambaleando para o lado. A dor explodiu no meu lado esquerdo. Meu corpo parecia em chamas. Os novos cortes causados por Freddy latejavam e, em cada pulsar de dor, faziam aumentar o meu ódio pelo monstro.
Com alguma dificuldade, tentei me recuperar antes do seu segundo ataque, mas vi Mia interceptá-lo e, com isso, receber o golpe que era destinado a mim. Aquela garota era maluca… igual eu! Apertei o punho ao redor da minha lança, vendo Mia desferir dois golpes duros contra Freddy.
Então, no momento mais vulnerável da criatura, ataquei. Desferi um golpe com a lança, perfurando-o bem no centro do abdômen. Com o impacto, derrubei Freddy de costas no chão. Ele já estava derrotado, mas eu não me contentei só com isso. Avancei para cima, pisando sobre o seu peito. E, assim, desci com tudo a minha lança, empalando-o no pescoço. Era o golpe final para o Freddy.
Depois daquele ato tão satisfatório, houve uma queda brusca na adrenalina do meu corpo. A dor de todos os meus ferimentos juntos bateu feito um tijolo na cabeça. Cambaleei, precisando me apoiar num pedregulho próximo e, em seguida, me retraí para um canto escuro, onde pude respirar e assimilar aquelas sensações.
Tomei um gole farto de rum, como se fosse um elixir de cura; respirei fundo por um minuto inteiro. Ouvia os sons da batalha ocorrendo bem ali do lado. E, quando dei por mim, já estava pronto para voltar e ajudar as minhas companheiras — mas não de um modo convencional.
Samara era o monstro mais próximo de mim. Logo, fui me esgueirando pelas sombras até estar em uma posição que eu poderia considerar como o seu “ponto-cego”. Dali, eu só precisava esperar pela melhor oportunidade para golpeá-la com tudo que eu tinha.
Interação com Mia, Ivanna, Ava e Marissa.
Mas, enquanto eu parecia fazer um bom trabalho, distraindo a Samara, cometi um grave erro de não ficar atento ao que acontecia ao redor. Mia, até então, tinha me dado ótima cobertura, mas nem ela foi capaz de segurar o monstrengo do Freddy por muito tempo. Quando menos esperei, senti suas lâminas me cortarem novamente na lateral do corpo.
— Argh! — reclamei, cambaleando para o lado. A dor explodiu no meu lado esquerdo. Meu corpo parecia em chamas. Os novos cortes causados por Freddy latejavam e, em cada pulsar de dor, faziam aumentar o meu ódio pelo monstro.
Com alguma dificuldade, tentei me recuperar antes do seu segundo ataque, mas vi Mia interceptá-lo e, com isso, receber o golpe que era destinado a mim. Aquela garota era maluca… igual eu! Apertei o punho ao redor da minha lança, vendo Mia desferir dois golpes duros contra Freddy.
Então, no momento mais vulnerável da criatura, ataquei. Desferi um golpe com a lança, perfurando-o bem no centro do abdômen. Com o impacto, derrubei Freddy de costas no chão. Ele já estava derrotado, mas eu não me contentei só com isso. Avancei para cima, pisando sobre o seu peito. E, assim, desci com tudo a minha lança, empalando-o no pescoço. Era o golpe final para o Freddy.
Depois daquele ato tão satisfatório, houve uma queda brusca na adrenalina do meu corpo. A dor de todos os meus ferimentos juntos bateu feito um tijolo na cabeça. Cambaleei, precisando me apoiar num pedregulho próximo e, em seguida, me retraí para um canto escuro, onde pude respirar e assimilar aquelas sensações.
Tomei um gole farto de rum, como se fosse um elixir de cura; respirei fundo por um minuto inteiro. Ouvia os sons da batalha ocorrendo bem ali do lado. E, quando dei por mim, já estava pronto para voltar e ajudar as minhas companheiras — mas não de um modo convencional.
Samara era o monstro mais próximo de mim. Logo, fui me esgueirando pelas sombras até estar em uma posição que eu poderia considerar como o seu “ponto-cego”. Dali, eu só precisava esperar pela melhor oportunidade para golpeá-la com tudo que eu tinha.
Interação com Mia, Ivanna, Ava e Marissa.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Diego S. Herrera
Mensagens : 81
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Dionísio
Classe: Campista I
Nível: 3
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Tudo bem, Ivanna tinha conseguido irritar o Chucky com toda aquela história de unicórnio e legos. O boneco tirou a flecha prateada de sua testa com raiva e chamou as duas filhas de Atena de “vadiazinhas”. Ele partiu com tudo para cima de Ivanna, a faca levantada sobre a cabeça e as perninhas numa corrida. Ivanna sabia que Chucky era rápido, ele já tinha conseguido se esquivar de outras flechas dela antes, foi por isso que ela decidiu ativar a corujinha de metal, Algoz, que tinha sido presente de Hefesto para a missão. - Confio em você para me ajudar com minhas defesas e me dizer o melhor caminho a seguir nessa missão. - Ela disse, permitindo então que a coruja metálica voasse. Segundos depois, Ivanna percebeu que a sua escolha foi muito acertada, porque Chucky tinha chegado e tentou um golpe com a faca no flanco da garota. Se não fosse pela coruja ter piado ali perto, ela teria sido atingida, mas graças ao aviso conseguiu esquivar-se para o lado. Logo depois, Chucky tentou esfaqueá-la novamente, só que na perna dessa vez, então ela deu um giro para o lado e não permitiu que o golpe a acertasse. Emendando uma sequência, Chucky, logo depois da segunda facada, tentou se jogar em cima da garota. A coruja piou com urgência maior, mostrando que a intenção do boneco não era apenas um golpe com faca dessa vez, então Ivanna jogou-se no chão num rolamento, fazendo o pulo de Chucky ser apenas uma tentativa de agarrar o vento. Ivanna aproveitou esse momento, já que Chucky ficou de costas para ela, e lançou uma flecha na nuca do temor, conseguindo acertar. Chucky gritou e caiu de joelhos. Ficou tonteado, talvez? Bom, isso era mais uma oportunidade para lançar outra flecha! Porém, enquanto mirava, Ivanna cancelou o disparo, pois a poucos metros dali Mia gritava para ela que a Samara estava mexendo com a mente de Ava. Rapidamente, Ivanna olhou para Samara, que estava com os olhos fixos em um lugar. Seguindo o olhar dela, Ivanna viu Ava erguendo uma de suas adagas contra ela mesma. Ela iria se ferir!
Ivanna correu. Será que já tinha corrido tão rápido assim em sua vida? Ela não sabia dizer, mas correu rápido o bastante para colocar-se entre Ava e sua adaga. O resultado? Ivanna recebeu o golpe que Ava direcionou para si mesma. A adaga perfurou seu ombro esquerdo e ela mordeu o lábio fortemente para não soltar um grito alto. Ivanna precisava de alguns segundos para se recuperar. Uma pena que segundos são preciosos demais numa batalha, porque Chucky tinha se recuperado da flecha da nuca e estava vindo na direção das filhas de Atena, mais uma vez com o seu bordão do momento: “suas vadiazinhas!”. - O Chucky! - Ivanna avisou Ava enquanto segurava o seu ombro com uma das mãos. Para sua surpresa, Ava partiu para cima de Chucky e desferiu uma série de golpes no temor até ele cair no chão. Depois daquilo, com certeza não iria demorar muito para aquele temor em forma de boneco virar pó dourado. Aqueles segundos foram cruciais, pois a adrenalina percorreu as veias de Ivanna e permitiu que o golpe no ombro se tornasse mais suportável. Foi quando ela lançou um olhar para Samara. - Você mexeu… - A garota falou puxando uma flecha cor de rosa e branca de sua aljava, colocando-a no arco e então puxando a corda, ignorando a dor no ombro. Sua mira estava bem naquele olho virado da Samara entre os seus cabelos negros cedosos. - Com a irmã errada! - Ivanna disparou a flecha e acertou bem na mira. Samara não ficou com um buraco no lugar do olho igual Chucky ficou com um buraco na testa e na nuca, afinal, a flecha do Fake Amor não causa dano, no entanto, Samara caminhou até Ivanna e ficou a observando como se a garota fosse uma espécie de ídolo ao qual ela amava. Agora, Jason e Samara estavam sob influência do Fake Amor. Aquelas flechas tinham um grande poder, mas Ivanna sabia que, em breve, o efeito sobre Jason iria terminar. Bom, ainda poderia usá-lo uma última vez.
- Jason. - Ivanna chamou, Jason veio até ela. - Ataque o Michael Myers com tudo o que você puder. - Após dar a ordem, Ivanna mesmo empunhou o seu arco contra Michael, tentando acertá-lo ao disparar duas flechas contra o temor, mas ele conseguiu esquivar-se das duas com uma boa facilidade. Cara, ele conseguia ser mais rápido que o Chucky! Ivanna, então, virou-se para Samara. - Use o seu poder de… Fazer gente atacar a si mesmo no Michael. - Ela disse ao temor com aparência de garota do poço. - E me diga quem são aquelas crianças que estavam ao lado do Deimos antes dessa batalha começar. Eu realmente iria apreciar muito seus gestos por mim. - É claro que Ivanna não perderia a chance de conseguir um pouco de informações, já que estava tendo a oportunidade, porém, tentar lançar um olhar de flerte para Samara era ainda mais estranho do que foi com Jason. Naquele momento, ela também aproveitou para dar uma olhada no campo de batalha. Mia e Diego pareciam ter lidado com Freddy Krueger, Marissa tinha sumido e Michael parecia olhar em volta, como se soubesse que ela estava por perto, mas ainda não conseguia achá-la. Ivanna deduziu que Marissa deveria ter se escondido, o que era uma ótima estratégia. Filhos de Atena aprovam.
Ivanna correu. Será que já tinha corrido tão rápido assim em sua vida? Ela não sabia dizer, mas correu rápido o bastante para colocar-se entre Ava e sua adaga. O resultado? Ivanna recebeu o golpe que Ava direcionou para si mesma. A adaga perfurou seu ombro esquerdo e ela mordeu o lábio fortemente para não soltar um grito alto. Ivanna precisava de alguns segundos para se recuperar. Uma pena que segundos são preciosos demais numa batalha, porque Chucky tinha se recuperado da flecha da nuca e estava vindo na direção das filhas de Atena, mais uma vez com o seu bordão do momento: “suas vadiazinhas!”. - O Chucky! - Ivanna avisou Ava enquanto segurava o seu ombro com uma das mãos. Para sua surpresa, Ava partiu para cima de Chucky e desferiu uma série de golpes no temor até ele cair no chão. Depois daquilo, com certeza não iria demorar muito para aquele temor em forma de boneco virar pó dourado. Aqueles segundos foram cruciais, pois a adrenalina percorreu as veias de Ivanna e permitiu que o golpe no ombro se tornasse mais suportável. Foi quando ela lançou um olhar para Samara. - Você mexeu… - A garota falou puxando uma flecha cor de rosa e branca de sua aljava, colocando-a no arco e então puxando a corda, ignorando a dor no ombro. Sua mira estava bem naquele olho virado da Samara entre os seus cabelos negros cedosos. - Com a irmã errada! - Ivanna disparou a flecha e acertou bem na mira. Samara não ficou com um buraco no lugar do olho igual Chucky ficou com um buraco na testa e na nuca, afinal, a flecha do Fake Amor não causa dano, no entanto, Samara caminhou até Ivanna e ficou a observando como se a garota fosse uma espécie de ídolo ao qual ela amava. Agora, Jason e Samara estavam sob influência do Fake Amor. Aquelas flechas tinham um grande poder, mas Ivanna sabia que, em breve, o efeito sobre Jason iria terminar. Bom, ainda poderia usá-lo uma última vez.
- Jason. - Ivanna chamou, Jason veio até ela. - Ataque o Michael Myers com tudo o que você puder. - Após dar a ordem, Ivanna mesmo empunhou o seu arco contra Michael, tentando acertá-lo ao disparar duas flechas contra o temor, mas ele conseguiu esquivar-se das duas com uma boa facilidade. Cara, ele conseguia ser mais rápido que o Chucky! Ivanna, então, virou-se para Samara. - Use o seu poder de… Fazer gente atacar a si mesmo no Michael. - Ela disse ao temor com aparência de garota do poço. - E me diga quem são aquelas crianças que estavam ao lado do Deimos antes dessa batalha começar. Eu realmente iria apreciar muito seus gestos por mim. - É claro que Ivanna não perderia a chance de conseguir um pouco de informações, já que estava tendo a oportunidade, porém, tentar lançar um olhar de flerte para Samara era ainda mais estranho do que foi com Jason. Naquele momento, ela também aproveitou para dar uma olhada no campo de batalha. Mia e Diego pareciam ter lidado com Freddy Krueger, Marissa tinha sumido e Michael parecia olhar em volta, como se soubesse que ela estava por perto, mas ainda não conseguia achá-la. Ivanna deduziu que Marissa deveria ter se escondido, o que era uma ótima estratégia. Filhos de Atena aprovam.
18:08 - Dia X
Monte Licabeto
S09P09
124
> Rolagens ativas de defesa: Chucky=3+5+4=12 vs Ivanna=5+4+3+4=16 / Chucky=6+5+4=15 vs Ivanna=6/6=crítico / Chucky=5+2+4=11 vs Ivanna=1+4+3+4=12. > Rolagens ativas de combate: Ivanna=1+2+4=7 vs Chucky=2+1+4-3=4. > Uso do item “Algoz”. > Uso do item “Fake Amor”.
_________________
my voice has grown so somber
these words don't seem like mine
but the iron won't subside
no matter what I try
these words don't seem like mine
but the iron won't subside
no matter what I try
Ivanna Klaasje
Mensagens : 269
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Atena
Classe: Campista II
Nível: 7
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Irmandade Sangrenta - 09 - Escondida
Certa vez, quando mais nova, eu me lembro que desobedeci meu tio. Eu fui para além do rio, me afastando do barracão que tínhamos como casa no brejo. Não foi intencional, ou mesmo consciente. Eu estava explorando… Descobrindo coisas novas sobre a natureza no brejo, sobre as árvores, os animais, os insetos. Eu seguia uma borboleta de asas amarelas e pretas quando me distraí, e ao perceber, eu já tinha atravessado o rio. Não era minha primeira vez lá. Já tinha andado pela região com meu tio, mas era a primeira vez em que eu estava sozinha. E o perigo não era me perder. Dificilmente eu me perderia, mesmo um pouco afastada de casa. Conhecia bem os arredores do brejo e se encontrasse um lugar que não conhecia, eu saberia chegar até o rio, e o rio me levaria de volta para casa. O grande perigo eram os ursos. Frequentemente eles iam para a margem, em busca de peixes para comer. Lá a mata era mais fechada que perto do barracão, e bem menos lamacenta. Por isso meu tio não nos deixava atravessar o rio. Foi a primeira vez que vi um urso pardo com meus próprios olhos, sem somente ouvi-lo ou ouvir falar dele. Eu o ouvi primeiro. Suas passadas eram pesadas, amassavam as folhas secas no chão fazendo barulho, e meu peito ficou apertado. Imediatamente eu me escondi. Escondida entre as árvores, atenta à movimentação dele, e torcendo para que não sentisse meu cheiro, eu o assisti enquanto ia até o rio, tentava conseguir um alimento, e aguardei até que ele se fosse para fazer o caminho de volta para casa. Foi assustador. Tão assustador quanto estava sendo me esconder do homem de máscara pálida.
As passadas dele eram mais altas que as do urso. Talvez por ser mais pesado, ou talvez porque andasse sem qualquer cuidado por onde pisava, amassando pinhas por onde passava e, apesar do escuro, me dando uma noção muito clara de onde estava. Eu, por outro lado, tomava extremo cuidado ao menor passo, para não pisar em qualquer pequeno galho seco, folha ou pinhas que pudessem denunciar minha localização. Tal prática já me era quase natural. No passado, aquela foi a primeira vez em que precisei me esconder de um urso, mas não foi a última. Minha respiração era controlada, baixa, longa. Eu estava em um território familiar enquanto estivesse conectada com a natureza em meio às árvores. Pensei em atacá-lo. Eu tinha vantagem, afinal, eu o via, mas ele não conseguia me ver, não conseguia me encontrar. Pensei em mirar nele com meu arco, mas o escuro poderia me atrapalhar na precisão da mira, e as árvores também. Como eu poderia atacá-lo de forma mais efetiva usando a natureza a meu favor? E então lembrei-me de que, em outro encontro com um urso, precisei escalar uma das árvores, pois julguei ser mais seguro, e nela encontrei um galho frágil, quebrado, prestes a cair. Bastava um simples impacto e ele cairia. Lembro-me que pensei em usá-lo caso o urso me visse e viesse para perto da árvore. Caso ele tentasse subir. Era um galho pesado, certamente o machucaria e o assustaria fazendo-o fugir. Será que existia algo parecido onde eu estava? Um galho quase solto nas árvores, qualquer coisa que eu pudesse usar, no ambiente, para atacar o homem da máscara pálida? Poderia atraí-lo facilmente com as pinhas, jogando-as em pontos estratégicos para fazê-lo chegar até onde eu precisava através do barulho, pensando ser eu. O homem de máscara pálida não parecia muito inteligente. Bastava que eu percebesse algo no ambiente para me auxiliar. E foi o que tentei fazer, ainda me mantendo atenta à movimentação dele e mantendo-me o mais silenciosa possível.
Enquanto o fazia, reparei em duas flechas que passaram cortando o ar pela região, tentando acertá-lo, mas sem sucesso. Ivanna e os outros deviam estar tentando matá-lo, já que eu, que deveria fazê-lo, estava escondida, como de costume. Mas o homem de máscara pálida, apesar de todo seu tamanho, era muito ágil. Mesmo com sua movimentação um pouco mais lenta, graças a flecha que consegui acertar em seu joelho, ele ainda fugia das flechas com certa facilidade. Ou talvez fosse só uma questão de circunstância. E então eu ouvi a voz de Ivanna. Ela acabava de ordenar que dois dos outros temores tentassem atacar o… Michael? Foi como ela chamou o homem da máscara pálida? Ele de fato tinha o mesmo nome do cantor? Eu não tive tempo para me atentar a isso. Resolvi que subiria em uma das árvores. Se mais dois Temores seriam atraídos para a região, tentar continuar escondida no solo seria muito mais trabalhoso. Nenhum deles me via naquele momento. Eu podia subir até um dos galhos mais baixos, a cerca de dois metros de altura, e ficar entre as folhas, pinheiros são árvores que ajudam neste aspecto. Dali, então, eu continuaria com minha estratégia anterior, e tentaria até arriscar algumas flechas outra vez. Meu foco ainda seria o homem da máscara pálida. Meu ombro ainda ardia pelo golpe feito por sua faca, e eu o faria pagar.
As passadas dele eram mais altas que as do urso. Talvez por ser mais pesado, ou talvez porque andasse sem qualquer cuidado por onde pisava, amassando pinhas por onde passava e, apesar do escuro, me dando uma noção muito clara de onde estava. Eu, por outro lado, tomava extremo cuidado ao menor passo, para não pisar em qualquer pequeno galho seco, folha ou pinhas que pudessem denunciar minha localização. Tal prática já me era quase natural. No passado, aquela foi a primeira vez em que precisei me esconder de um urso, mas não foi a última. Minha respiração era controlada, baixa, longa. Eu estava em um território familiar enquanto estivesse conectada com a natureza em meio às árvores. Pensei em atacá-lo. Eu tinha vantagem, afinal, eu o via, mas ele não conseguia me ver, não conseguia me encontrar. Pensei em mirar nele com meu arco, mas o escuro poderia me atrapalhar na precisão da mira, e as árvores também. Como eu poderia atacá-lo de forma mais efetiva usando a natureza a meu favor? E então lembrei-me de que, em outro encontro com um urso, precisei escalar uma das árvores, pois julguei ser mais seguro, e nela encontrei um galho frágil, quebrado, prestes a cair. Bastava um simples impacto e ele cairia. Lembro-me que pensei em usá-lo caso o urso me visse e viesse para perto da árvore. Caso ele tentasse subir. Era um galho pesado, certamente o machucaria e o assustaria fazendo-o fugir. Será que existia algo parecido onde eu estava? Um galho quase solto nas árvores, qualquer coisa que eu pudesse usar, no ambiente, para atacar o homem da máscara pálida? Poderia atraí-lo facilmente com as pinhas, jogando-as em pontos estratégicos para fazê-lo chegar até onde eu precisava através do barulho, pensando ser eu. O homem de máscara pálida não parecia muito inteligente. Bastava que eu percebesse algo no ambiente para me auxiliar. E foi o que tentei fazer, ainda me mantendo atenta à movimentação dele e mantendo-me o mais silenciosa possível.
Enquanto o fazia, reparei em duas flechas que passaram cortando o ar pela região, tentando acertá-lo, mas sem sucesso. Ivanna e os outros deviam estar tentando matá-lo, já que eu, que deveria fazê-lo, estava escondida, como de costume. Mas o homem de máscara pálida, apesar de todo seu tamanho, era muito ágil. Mesmo com sua movimentação um pouco mais lenta, graças a flecha que consegui acertar em seu joelho, ele ainda fugia das flechas com certa facilidade. Ou talvez fosse só uma questão de circunstância. E então eu ouvi a voz de Ivanna. Ela acabava de ordenar que dois dos outros temores tentassem atacar o… Michael? Foi como ela chamou o homem da máscara pálida? Ele de fato tinha o mesmo nome do cantor? Eu não tive tempo para me atentar a isso. Resolvi que subiria em uma das árvores. Se mais dois Temores seriam atraídos para a região, tentar continuar escondida no solo seria muito mais trabalhoso. Nenhum deles me via naquele momento. Eu podia subir até um dos galhos mais baixos, a cerca de dois metros de altura, e ficar entre as folhas, pinheiros são árvores que ajudam neste aspecto. Dali, então, eu continuaria com minha estratégia anterior, e tentaria até arriscar algumas flechas outra vez. Meu foco ainda seria o homem da máscara pálida. Meu ombro ainda ardia pelo golpe feito por sua faca, e eu o faria pagar.
_________________
The Sea Doesn't Like
To Be Restrained
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Marissa Seymour
Mensagens : 122
Idade : 15
Perfil de Herói
Filiação: Poseidon
Classe: Campista II
Nível: 6
Glória: Conhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Ava precisava se esforçar. Era necessário, empunhou seus braceletes e as lâminas reluzentes, enquanto em um último ataque, após Chucky levantar-se, desferiu com força um soco com o punho direito, girou o corpo e desferiu mais dois golpes, torcendo para que fossem bem sucedidos. Esperando. Sua mente estava agitada, enquanto seus pensamentos começaram a ser tomados - era isso que ela sentia. Que estavam tomando sua mente de si mesma, de repente encarou a lâmina reluzente de seu pulso e sem querer começou a levar em direção de sua coxa. Algo estava tremendamente errado, mas ela não podia controlar, não queria. "Alguém está... Aqui...", Pensava, seu braço agia sem seu consentimento, olhou para Ivanna, os olhos injetados por dúvida, mas precisava, devia fazer aquilo. Alguém a controlava, podia ser um dos temores. Olhou Ivanna mais uma vez.
Ava O. Vaughn
Mensagens : 42
Perfil de Herói
Filiação: Atena
Classe:
Nível: 2
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Irmandade Sangrenta
Graças aos nossos heróis, dois Temores foram reduzidos a pó. Mia e Diego se juntaram para desmembrar Freddy de forma tão cruel quanto os pesadelos que o personagem do filme pode criar. Já Ava e Ivanna conseguiram lidar com Chucky sem grandes problemas. Talvez elas tivessem razão em preferir Legos. Pisar em um poderia causar mais danos do que o boneco assassino seria capaz.
Marissa aproveitou estar escondida para pensar em uma estratégia. Subiu em uma árvore para olhar melhor seus arredores, mantendo a guarda, enquanto procurava por algo que a ajudasse a derrotar Michael Myers. O vilão, no entanto, mesmo debilitado conseguiu desviar das flechas lançadas por Ivanna a distância. Não me surpreendia ele estar uma franquia com tantos filmes; o cara simplesmente não morria.
Samara demonstrava ser mais perigosa do que aparentava - para um ser que não possuía muitas habilidades em combates físicos. Prova disso foi como Diego desviou de um ataque dela sem problemas. Ou como foi atingida pelo Fake Amor de Ivanna sem chances de conseguir esquivar. Assim como Jason, Samara estava sob o controle de Ivanna. Ivanna deu a Samara e Jason as funções de investirem contra Michael. Era o momento de saber se Myers era imbatível até contra seus iguais. Ivanna também pediu que Samara revelasse quem eram as crianças com Deimos. E após tentar uma investida contra Michael, Samara a respondeu em uma voz rouca e sombria: — Fobos informou Deimos sobre sua habilidade de arrancar segredos das Fobias. Então Deimos não nos conta mais muitas coisas. Não sei seus nomes. Só o que sei é que são semideuses. Deimos nos deu a ordem de raptar eles na ilha de Circe. A feiticeira estava mantendo eles em segurança. —. Tendo a sua resposta, Ivanna agora precisava pensar bem no que iria fazer. Seu controle sob Jason estava para chegar ao fim. E tendo ele e Michael perto demais de Marissa, a filha de Poseidon estaria em alto risco.
Marissa aproveitou estar escondida para pensar em uma estratégia. Subiu em uma árvore para olhar melhor seus arredores, mantendo a guarda, enquanto procurava por algo que a ajudasse a derrotar Michael Myers. O vilão, no entanto, mesmo debilitado conseguiu desviar das flechas lançadas por Ivanna a distância. Não me surpreendia ele estar uma franquia com tantos filmes; o cara simplesmente não morria.
Samara demonstrava ser mais perigosa do que aparentava - para um ser que não possuía muitas habilidades em combates físicos. Prova disso foi como Diego desviou de um ataque dela sem problemas. Ou como foi atingida pelo Fake Amor de Ivanna sem chances de conseguir esquivar. Assim como Jason, Samara estava sob o controle de Ivanna. Ivanna deu a Samara e Jason as funções de investirem contra Michael. Era o momento de saber se Myers era imbatível até contra seus iguais. Ivanna também pediu que Samara revelasse quem eram as crianças com Deimos. E após tentar uma investida contra Michael, Samara a respondeu em uma voz rouca e sombria: — Fobos informou Deimos sobre sua habilidade de arrancar segredos das Fobias. Então Deimos não nos conta mais muitas coisas. Não sei seus nomes. Só o que sei é que são semideuses. Deimos nos deu a ordem de raptar eles na ilha de Circe. A feiticeira estava mantendo eles em segurança. —. Tendo a sua resposta, Ivanna agora precisava pensar bem no que iria fazer. Seu controle sob Jason estava para chegar ao fim. E tendo ele e Michael perto demais de Marissa, a filha de Poseidon estaria em alto risco.
_________________
Aquela que enrola o fio, tecendo a vida
Láquesis
Mensagens : 164
Perfil de Herói
Filiação: Zeus
Classe: Espectro
Nível: *
Glória: Imortalizado(a)
Re: Monte Licabeto
- Tsk. - Ivanna sibilou um pouco irritada. O mesmo truque não iria funcionar duas vezes, ela deveria ter previsto isso. Infelizmente, Samara não soube lhe dizer muito sobre quem eram as crianças junto de Deimos, só sabia que elas eram semideuses e que tinham sido pegas na ilha de Circe, onde antes estavam sendo mantidas “em segurança”. Fora isso, nada mais. Fobos contou para Deimos sobre as flechas mágicas de Ivanna, então o deus do terror se certificou de não dar muitas informações aos seus temores. É, nessa vida não se pode vencer todas. Após ouvir isso, Ivanna voltou a prestar atenção na luta. Chucky tinha sido morto por Ava, o Freddy Krueger foi de uma dessa para uma melhor… Espera, aquilo era uma luva cheia de lâminas sendo segurada por Mia? Ivanna não quis perguntar nem ficar observando muito. Restavam Jason, Samara e Michael. Michael era o único que ainda estava sob controle do seu próprio corpo, mas não seria por muito tempo, Ivanna tinha ciência que em breve Jason estaria com sua consciência plena e muito furiosa com ela. Ao menos, ele tinha conseguido acertar Michael com seus ataques, então o uso da flecha não tinha sido em vão. Samara, por outro lado, não foi capaz de fazer Michael se atacar. Depois de saber que Deimos não andava contando muito de seus planos para os tremores, a filha de Atena também não quis mais insistir nisso. Seu objetivo, então, tornou-se matar Jason antes que ele recuperasse o controle de si mesmo. Ela iria ter que ser rápida, então logo empunhou seu arco e puxou a corda para fazer uma nova flecha prateada surgir, mas não disparou, isso porque Ava chamou tanto a ela quanto a Mia e Diego. Ivanna parou de tensionar a corda e prestou atenção em sua irmã.
Ava era, realmente, uma enciclopédia! Ela já tinha falado sobre Cila e agora dava uma aula sobre os temores. Eles eram criaturas das trevas, criadas a partir de matéria escura do reino de Nyx. Sendo assim, podia-se dizer que seus pontos fracos eram chamas e luzes divinas. Também era possível tornar os tremores inertes com um ato de paz… Mas, sinceramente, paz não é uma opção… Não com Mia no time (mas não conte que Ivanna pensa isso dela). Um estalo percorreu a mente de Ivanna com tantas informações novas… Ela tinha chamas divinas! Pelo menos, achava que tinha, pois o seu arco, forjado diretamente por um deus, podia causar explosões vindas de uma flecha cuja ponta possui uma chama azulada. - Ava, permaneça sempre estudando! - Ivanna disse para ela, então sacudiu o seu arco. As imagens entalhadas em sua superfície se tornaram lobos, ursos e coiotes. - Jason, vá para lá e fique parado, não importa o que aconteça. - E assim Jason fez, indo para onde Ivanna apontou. Não era um lugar especial, era apenas um lugar a uma distância segura dos quatro e da área onde Marissa deveria estar escondida. A garota, então, mirou o arco na direção de Jason e puxou a corda, uma flecha prateada de ponta azulada surgiu na arma. Ivanna disparou o tiro que acertou em cheio o temor, afinal, ele nem sequer tentou se defender, graças a ordem dela. Em meio a chamas azuladas que aparecem ao seu corpo junto da explosão, o temor começou a entrar em combustão. Não foi uma visão bonita.
Ivanna, então, virou-se para Michael. Agora, ele era o mais perigoso ali presente. Ela reparou que o temor estava com uma nova flecha cravada em seu corpo, deve ter sido obra de Marissa. Ivanna preparou o arco e deixou a flecha a postos, mirando em Michael. Tentaria duas vezes, mas não queria errar na primeira, flechas explosivas são mais perigosas. Com paciência, ela esperou até encontrar uma mira boa, pois sabia por experiência própria que aquele termo não era um alvo fácil. Os segundos se passaram como se fosse câmera lenta, então, ela atirou. A flecha zuniu e acertou Michael que, como Jason, começou a ser tomado por chamas azuis. Outra cena nada bonita. Restava, agora, Samara, que estava cercada por Mia, Diego e Ava. - Esperem! - Ivanna pediu, se aproximando da temor. - Me dê cinco chumaços do seu cabelo. - Samara, então, arrancou cinco tufos de seu cabelo preto liso. Ivanna já tinha ouvido falar sobre espólios de guerra, embora nunca tenha conquistado um. Não sabia se aqueles fios iriam desaparecer no momento em que a temor fosse morta, mas valia a pena tentar. - Obrigada. Não faça nada contra ninguém e fique paradinha. - Ela disse, então liberou caminho para os outros três darem cabo da temor. Se sua ideia com os chumaços de cabelo desse certo, ela daria um para cada. Todos mereciam. Aproveitando os segundos livres, Ivanna deu uma olhadinha em Algoz, estava sempre atenta a corujinha de metal caso ela quisesse avisar algo ou dar um caminho a seguir.
Ava era, realmente, uma enciclopédia! Ela já tinha falado sobre Cila e agora dava uma aula sobre os temores. Eles eram criaturas das trevas, criadas a partir de matéria escura do reino de Nyx. Sendo assim, podia-se dizer que seus pontos fracos eram chamas e luzes divinas. Também era possível tornar os tremores inertes com um ato de paz… Mas, sinceramente, paz não é uma opção… Não com Mia no time (mas não conte que Ivanna pensa isso dela). Um estalo percorreu a mente de Ivanna com tantas informações novas… Ela tinha chamas divinas! Pelo menos, achava que tinha, pois o seu arco, forjado diretamente por um deus, podia causar explosões vindas de uma flecha cuja ponta possui uma chama azulada. - Ava, permaneça sempre estudando! - Ivanna disse para ela, então sacudiu o seu arco. As imagens entalhadas em sua superfície se tornaram lobos, ursos e coiotes. - Jason, vá para lá e fique parado, não importa o que aconteça. - E assim Jason fez, indo para onde Ivanna apontou. Não era um lugar especial, era apenas um lugar a uma distância segura dos quatro e da área onde Marissa deveria estar escondida. A garota, então, mirou o arco na direção de Jason e puxou a corda, uma flecha prateada de ponta azulada surgiu na arma. Ivanna disparou o tiro que acertou em cheio o temor, afinal, ele nem sequer tentou se defender, graças a ordem dela. Em meio a chamas azuladas que aparecem ao seu corpo junto da explosão, o temor começou a entrar em combustão. Não foi uma visão bonita.
Ivanna, então, virou-se para Michael. Agora, ele era o mais perigoso ali presente. Ela reparou que o temor estava com uma nova flecha cravada em seu corpo, deve ter sido obra de Marissa. Ivanna preparou o arco e deixou a flecha a postos, mirando em Michael. Tentaria duas vezes, mas não queria errar na primeira, flechas explosivas são mais perigosas. Com paciência, ela esperou até encontrar uma mira boa, pois sabia por experiência própria que aquele termo não era um alvo fácil. Os segundos se passaram como se fosse câmera lenta, então, ela atirou. A flecha zuniu e acertou Michael que, como Jason, começou a ser tomado por chamas azuis. Outra cena nada bonita. Restava, agora, Samara, que estava cercada por Mia, Diego e Ava. - Esperem! - Ivanna pediu, se aproximando da temor. - Me dê cinco chumaços do seu cabelo. - Samara, então, arrancou cinco tufos de seu cabelo preto liso. Ivanna já tinha ouvido falar sobre espólios de guerra, embora nunca tenha conquistado um. Não sabia se aqueles fios iriam desaparecer no momento em que a temor fosse morta, mas valia a pena tentar. - Obrigada. Não faça nada contra ninguém e fique paradinha. - Ela disse, então liberou caminho para os outros três darem cabo da temor. Se sua ideia com os chumaços de cabelo desse certo, ela daria um para cada. Todos mereciam. Aproveitando os segundos livres, Ivanna deu uma olhadinha em Algoz, estava sempre atenta a corujinha de metal caso ela quisesse avisar algo ou dar um caminho a seguir.
18:14 - Dia X
Monte Licabeto
S09P10
139
> Rolagens ativas de combate: Jason=4+1+6=11 vs Michael=1+4+6=11 / Jason=1+3+6=10 vs Michael=1+2+6=9 / Ivanna=2+6+4=12 vs Michael=1+4+6=11.
_________________
my voice has grown so somber
these words don't seem like mine
but the iron won't subside
no matter what I try
these words don't seem like mine
but the iron won't subside
no matter what I try
Ivanna Klaasje
Mensagens : 269
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Atena
Classe: Campista II
Nível: 7
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
irmandade sangrenta
parte dez: atoz de paz e calmaria
A
mente de Ava se tornou estranhamente vazia, havia apenas silêncio, mas algo a impedia de avançar. Sentia-se estranha, tomada por alguém, então reconheceu no fundo de sua mente a imagem de Samara, um dos temores de Deimos. Tentou tomar o controle de si mesma e quando seus olhos focaram na imagem de Ivanna a sua frente, sangue escorrendo de onde sua própria adaga feria fundo a meia-irmã, num rompante Ava arquejou e forçou a si mesma a parar o ataque.
Então, como se algo explodisse dentro de sua mente, ela foi capaz de ver. Tão claro como se estivesse lendo um livro, as informações tomando seus lugares como peças de um quebra-cabeça. A semideusa adorava esse ínfimo momento, quando conseguia entender, mesmo que pouco, os mistérios que se estendiam à sua frente.
Os temores eram seres feitos da mais profunda escuridão do reino de Nyx, metamorfos se transformaram naquilo que causasse mais terror — bem como Deimos, o próprio terror encarnado.
“É, claro… Eu só precisava juntar as peças.”, Ava pensou lembrando-se dos milhares de textos que já pode ler sobre o deus. Com um suspiro, sentiu seus pensamentos começarem a se organizar novamente. “Atos de paz e calmaria… O oposto ao terror. Fobos sem o medo, não pode nos controlar. Deimos sem o terror…”, a última informação rodava por sua mente.
Quando levantou os olhos estava sozinha, Ivanna já se encontrava levantando mais uma vez seu arco, a batalha continuava, mesmo que houvesse uma breve pausa. — Pessoal! Tenho algo a lhes falar! — Sua voz saiu mais aguda do que esperava.
Ela recolheu suas adagas e suspirou quando três dos seus companheiros se aproximaram, olhou sob os ombros deles, mas não viu Marissa e isso a deixou um pouco preocupada. — Eu vi… Ou, lembrei de algo… É difícil explicar. Os temores de Deimos são feitos da mais profunda escuridão do reino de Nyx. Tem o poder de se transformar naquilo que mais cause terror ou desconforto. Deimos é o terror encarnado, por isso eles são mais fortes e ágeis fisicamente. São criaturas das trevas, então, chamas divinas podem matá-los e luzes divinas podem mantê-los afastados. Mas, algo… Ainda não está completa a informação, mas… Atos de paz e calmaria podem deixá-los confusos e inertes, eles foram criados para agir somente em batalhas.
Quando terminou de falar notou o quão estava com a boca seca. Deu de ombros e um sorriso de lado ao ouvir a irmã, mas ainda estava atenta aos temores que agora pareciam se reunir, bem como eles próprios. Algo a incomodava grandemente, algo estava passando a seus olhos — desde o início da missão se deixou levar pelos seus sentimentos, medo e confusão aliados, mas agora precisava ser mais racional.
Respirou fundo e juntando as informações, olhou, mas sem prestar muita atenção às ações de seus companheiros. Apenas quando Ivanna deu uma ordem a alguém e saiu do caminho dela, Mia e Diego que Ava percebeu que esperavam que alguém atacasse. A semideusa olhou para as mãos, os braceletes tingidos pelo sangue de sua irmã que notou tardiamente se pôs entre ela e sua própria adaga, após ter sua mente tomada por Samara.
Levantou o olhar encarando Samara, então, decidiu o que faria, apostando confiar em seu instinto. Deu dois passos para trás, levantando as mãos e mantendo as adagas não expostas. Não iria atacar, não agora. Mesmo que pudesse e, quisesse, mas não. Respirou fundo e permaneceu no lugar, esperando de seus companheiros e pensando o que aquilo resultaria — o ataque ou o não ataque, duas faces de uma mesma moeda. Claro que agora após toda a batalha e ela mesmo tendo derrotado Chucky com ajuda de Ivanna era fácil, visto que os temores estavam quase neutralizados, mas uma escolha, ainda é uma escolha e esperava que isso contasse.
#atenamefree
interação com ivanna, mia, diego e marissa
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Ava O. Vaughn
Mensagens : 42
Perfil de Herói
Filiação: Atena
Classe:
Nível: 2
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
Irmandade Sangrenta - 10 - Ainda escondida
Antes que toda a movimentação se aproximasse e os demais Temores viessem para perto, resolvi que atiraria de uma vez no homem da máscara pálida, ou... Michael, se este era seu nome. Respirando fundo acompanhei com atenção seus movimentos, e no instante em que tive uma brecha, um campo de visão limpo para poder mirar com precisão e atirar, eu o fiz, mirando, mais uma vez, na região das principais articulações das pernas. A estratégia ainda era deixá-lo cada vez mais lento, afinal, o que mais eu poderia fazer? Sentindo meu ombro arder, da mesma forma ardia raiva dentro de mim, que não é um sentimento com o qual eu esteja habituada, mas que acabou se fazendo muito presente depois dos encontros com o deus do medo e o do terror. Atirei e consegui acertar. E fui capaz de encontrar algo que certamente me ajudaria a enfrentá-lo, mas então, meus olhos encontraram os outros. Dois dos tais Temores eu não consegui ver, o que significava, provavelmente, que já tinham sido mortos. Mia tinha algo nas mãos, talvez o que tivesse conseguido arrancar do ser horrendo antes de matá-lo, Ava conversava com Ivanna. De onde estava eu não conseguia ouvir, mas parecia ser algo muito importante.
Poucos minutos depois, eu estava paralisada, de olhos arregalados com a rapidez com que tudo ocorreu. O homem de máscara pálida envolto em chamas azuis, a mulher dos cabelos pretos e compridos cercada por Ava, Mia e Diego. Parecia estar sendo... Controlada por Ivanna. Fechei os olhos com força e permaneci onde estava. Eles já tinham tudo sob controle, não havia nada em que eu pudesse ajudar, para variar. Escondida, fugindo do combate direto enquanto eles com bravura enfrentaram toda a situação de frente. A selvagenzinha que veio do brejo acuada e arisca, ótima em se esconder, ótima em fugir, precisando que os demais a livrem do perigo do qual não conseguiu se livrar sozinha. Talvez eles tivessem razão... O deus do medo e o do terror. Não havia nada de mais em mim. O elo fraco. Aquela que deixa o medo dominá-la e dá a eles poder, aquela suscetível a manipulações. Quem eu queria enganar? Tudo sempre se repete. Os outros certamente eram motivo de orgulho para seus pais divinos e o tinham demonstrado. Mas o que Poseidon tinha para se orgulhar de mim? Talvez eu pertencesse ao brejo e somente a ele. Era para onde eu deveria voltar.
Poucos minutos depois, eu estava paralisada, de olhos arregalados com a rapidez com que tudo ocorreu. O homem de máscara pálida envolto em chamas azuis, a mulher dos cabelos pretos e compridos cercada por Ava, Mia e Diego. Parecia estar sendo... Controlada por Ivanna. Fechei os olhos com força e permaneci onde estava. Eles já tinham tudo sob controle, não havia nada em que eu pudesse ajudar, para variar. Escondida, fugindo do combate direto enquanto eles com bravura enfrentaram toda a situação de frente. A selvagenzinha que veio do brejo acuada e arisca, ótima em se esconder, ótima em fugir, precisando que os demais a livrem do perigo do qual não conseguiu se livrar sozinha. Talvez eles tivessem razão... O deus do medo e o do terror. Não havia nada de mais em mim. O elo fraco. Aquela que deixa o medo dominá-la e dá a eles poder, aquela suscetível a manipulações. Quem eu queria enganar? Tudo sempre se repete. Os outros certamente eram motivo de orgulho para seus pais divinos e o tinham demonstrado. Mas o que Poseidon tinha para se orgulhar de mim? Talvez eu pertencesse ao brejo e somente a ele. Era para onde eu deveria voltar.
_________________
The Sea Doesn't Like
To Be Restrained
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Marissa Seymour
Mensagens : 122
Idade : 15
Perfil de Herói
Filiação: Poseidon
Classe: Campista II
Nível: 6
Glória: Conhecido(a)
Re: Monte Licabeto
bloody brotherhood: the hero knows what to do
Discretamente, circulei o perímetro na retaguarda de Samara. O monstro tinha parado mais uma vez, eu podia supor que seus olhos estavam fixos em algum outro ponto — provavelmente, uma nova vítima.
Senti meu rosto esquentar. Aquela aberração já tinha ferido duas das minhas companheiras de equipe. Seus truques eram tão sórdidos quanto a trama do seu próprio filme. Eu não iria deixar que ela machucasse mais ninguém da minha tropa.
Desembainhei Temerosa e corri na direção da Samara, golpeando-a de surpresa no flanco esquerdo. O monstro curvou, emitindo um grunhido de dor. Suas vestes brancas foram manchadas de dourado, do icor que escorria do corte. No movimento contínuo, girei o corpo e a espada, atingindo a criatura novamente. O novo talho se abriu no ombro direito dela, nas proximidades com o pescoço. Com isso, Samara caiu, agonizando de dor. Seu “sangue” dourado escorria pelo chão do monte.
— Cindy, essa garota tá sujando o meu tapete! — falei com um sorrisinho debochado. Nada como algumas referências para ilustrar um momento de glória.
Mas, de repente, ouvi a voz de Ava chamando atenção para todo o nosso grupo. Um forte arrepio me subiu pela espinha. Eu já temia o pior. Abandonei a criatura e corri na direção da filha de Atena, assim como Ivanna e Mia também. Não vi Marissa por perto; só então notei que tinha negligenciado muitos dos acontecimentos ao meu redor.
Com a testa franzida, escutei tudo que Ava tinha a dizer. Minha expressão não melhorou depois disso. Estava tudo muito confuso…
— Então… não temos que atacá-los? — questionei, piscando em extrema confusão. Não me admira que a batalha estivesse infinitamente mais difícil, se estávamos mesmo fazendo algo errado.
Ainda não tinha entendido muito bem o que precisava ser feito; mas, se tinha aprendido algo durante esta missão, foi que nunca deve-se duvidar do conhecimento de Ava. Sendo assim, fiz exatamente como ela. Embainhei Temerosa e ergui as mãos em sinal de rendição. Se forçasse um pouco mais, poderia até pedir desculpas à branquelinha do poço.
Interação com Ava, Mia, Ivanna e Marissa.
Senti meu rosto esquentar. Aquela aberração já tinha ferido duas das minhas companheiras de equipe. Seus truques eram tão sórdidos quanto a trama do seu próprio filme. Eu não iria deixar que ela machucasse mais ninguém da minha tropa.
Desembainhei Temerosa e corri na direção da Samara, golpeando-a de surpresa no flanco esquerdo. O monstro curvou, emitindo um grunhido de dor. Suas vestes brancas foram manchadas de dourado, do icor que escorria do corte. No movimento contínuo, girei o corpo e a espada, atingindo a criatura novamente. O novo talho se abriu no ombro direito dela, nas proximidades com o pescoço. Com isso, Samara caiu, agonizando de dor. Seu “sangue” dourado escorria pelo chão do monte.
— Cindy, essa garota tá sujando o meu tapete! — falei com um sorrisinho debochado. Nada como algumas referências para ilustrar um momento de glória.
Mas, de repente, ouvi a voz de Ava chamando atenção para todo o nosso grupo. Um forte arrepio me subiu pela espinha. Eu já temia o pior. Abandonei a criatura e corri na direção da filha de Atena, assim como Ivanna e Mia também. Não vi Marissa por perto; só então notei que tinha negligenciado muitos dos acontecimentos ao meu redor.
Com a testa franzida, escutei tudo que Ava tinha a dizer. Minha expressão não melhorou depois disso. Estava tudo muito confuso…
— Então… não temos que atacá-los? — questionei, piscando em extrema confusão. Não me admira que a batalha estivesse infinitamente mais difícil, se estávamos mesmo fazendo algo errado.
Ainda não tinha entendido muito bem o que precisava ser feito; mas, se tinha aprendido algo durante esta missão, foi que nunca deve-se duvidar do conhecimento de Ava. Sendo assim, fiz exatamente como ela. Embainhei Temerosa e ergui as mãos em sinal de rendição. Se forçasse um pouco mais, poderia até pedir desculpas à branquelinha do poço.
Interação com Ava, Mia, Ivanna e Marissa.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Diego S. Herrera
Mensagens : 81
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Dionísio
Classe: Campista I
Nível: 3
Glória: Desconhecido(a)
Re: Monte Licabeto
A Irmandade Sangrenta
Diego merecia finalizar com aquele maldito pesadelo, havia sido atingido por ele vezes suficientes para ser ele o merecedor de destroçá-lo, mas ainda assim tinha algo que eu queria muito e que, de um jeito ou de outro, dei meu jeito de conseguir. Me abaixei e arranquei daquela mão grotesca e decepada uma certa luva cheia de navalhas. Tomei cuidado, é claro, não queria me ferir ainda mais. Passei os olhos sobre a luva, realmente impressionada com o que ela podia fazer e então a guardei comigo, no lugar onde antes guardava o frasco com o néctar que antes de toda aquela batalha, eu havia dado para Ava. Um sorriso de canto se formou enquanto eu via a situação atual. Nós tínhamos apanhado, é verdade, mas também demos uma surra. Com o pesadelo e a Baby Alive assassina, mortos, nossa preocupação precisou ser voltada aos outros temores e então olhei para Diego, que dentre nós era o mais próximo e Samara. Suas mãos seguravam a espada que conseguiu ainda no navio, enquanto enfrentamos as fobias, e então acertou um golpe em Samara. — Interessante... — Meus pensamentos voavam diante daquilo e, enquanto eu assistia de camarote aquela moribunda do poço ser atacada, a voz de Ava me trouxe para o momento atual, fazendo com que eu me virasse totalmente para onde ela estava. — Aconteceu alguma coisa? — Questionei, preocupada.
No entanto, ela aparentemente havia se lembrado de informações a respeito dos temores, sobretudo usando seu criador, Deimos como base para compreendermos a fraqueza dessas criaturas. Chamas e luzes divinas, atos de paz e calmaria. Eram essas as armas contra eles. Por um momento, o silêncio ficou presente entre nós quatro, com Marissa ainda sumida por entre a escuridão. A lembrança de Deimos e Fobos querendo usá-la de alguma forma, a maneira como aqueles deuses menores ficavam nos desafiando e agindo como se fôssemos inferiores, me deixava imensuravelmente irritada, eu conseguia sentir meu corpo ferver... Não como se estivesse pegando fogo, mas como se uma carga de energia o tomasse. Ninguém usaria meus companheiros daquela forma, não enquanto eu estivesse viva. — Então eu acho bom alguém aqui ter algo com luz ou chama divina, porque a paz não é negociável, muito menos a calmaria. — Claro que essa era a minha opinião sobre as coisas, eu não via como, depois de tudo, conseguiríamos simplesmente abaixar nossas armas e nos manter calmos. Bom, Diego e Ava pareciam ter aderido a esse mantra, porque o garoto guardou sua espada e Ava se manteve ali, parada. Ivanna e eu nos olhamos por um breve, mas considerável momento, e entendi que mesmo como a líder daquela missão, ela não me impediria.
Ivanna fez o que tinha que fazer. Michael e Jason viraram churrasco ao serem acertados com suas flechas. Então... Ela tinha chamas divinas? Arqueei a sobrancelha, curiosa demais sobre aquilo ao mesmo tempo em que a cena, em si, era feia demais de ser assistida. Acabei virando o rosto e aguardei, querendo saber o que seria feito com Samara mas, para a minha surpresa, tudo o que Ivanna fez foi pedir para ela cinco chumaços do cabelo dela e depois que os pegou, pediu para que ela continuasse parada, sem fazer nada contra ninguém. — Eu não tenho a mesma paciência que você para esperar sete dias... Prefiro ir direto ao ponto. — Falei para a sebosa. Era esquisito falar com ela diretamente, mas a ferida na lateral do meu corpo feita com a minha própria espada latejava, e eu não me esqueceria daquilo tão fácil. Assim, fui me aproximando de Samara lentamente, até que movimentei a Apokryptográfos uma vez, fazendo um corte na lateral de seu corpo, exatamente onde eu tinha sido atingida momentos atrás. Depois, fiz um novo ataque, agora horizontal e com força, cortando sua barriga e vendo o sangue escorrer. — Até a próxima, sebosa. — Bradei, erguendo a Apokryptográfos para cima e, num ataque de cima para baixo, perfurei minha lâmina em seu peito, ouvindo o grunhido que ela fazia enquanto sangue jorrava de sua boca.
No entanto, ela aparentemente havia se lembrado de informações a respeito dos temores, sobretudo usando seu criador, Deimos como base para compreendermos a fraqueza dessas criaturas. Chamas e luzes divinas, atos de paz e calmaria. Eram essas as armas contra eles. Por um momento, o silêncio ficou presente entre nós quatro, com Marissa ainda sumida por entre a escuridão. A lembrança de Deimos e Fobos querendo usá-la de alguma forma, a maneira como aqueles deuses menores ficavam nos desafiando e agindo como se fôssemos inferiores, me deixava imensuravelmente irritada, eu conseguia sentir meu corpo ferver... Não como se estivesse pegando fogo, mas como se uma carga de energia o tomasse. Ninguém usaria meus companheiros daquela forma, não enquanto eu estivesse viva. — Então eu acho bom alguém aqui ter algo com luz ou chama divina, porque a paz não é negociável, muito menos a calmaria. — Claro que essa era a minha opinião sobre as coisas, eu não via como, depois de tudo, conseguiríamos simplesmente abaixar nossas armas e nos manter calmos. Bom, Diego e Ava pareciam ter aderido a esse mantra, porque o garoto guardou sua espada e Ava se manteve ali, parada. Ivanna e eu nos olhamos por um breve, mas considerável momento, e entendi que mesmo como a líder daquela missão, ela não me impediria.
Ivanna fez o que tinha que fazer. Michael e Jason viraram churrasco ao serem acertados com suas flechas. Então... Ela tinha chamas divinas? Arqueei a sobrancelha, curiosa demais sobre aquilo ao mesmo tempo em que a cena, em si, era feia demais de ser assistida. Acabei virando o rosto e aguardei, querendo saber o que seria feito com Samara mas, para a minha surpresa, tudo o que Ivanna fez foi pedir para ela cinco chumaços do cabelo dela e depois que os pegou, pediu para que ela continuasse parada, sem fazer nada contra ninguém. — Eu não tenho a mesma paciência que você para esperar sete dias... Prefiro ir direto ao ponto. — Falei para a sebosa. Era esquisito falar com ela diretamente, mas a ferida na lateral do meu corpo feita com a minha própria espada latejava, e eu não me esqueceria daquilo tão fácil. Assim, fui me aproximando de Samara lentamente, até que movimentei a Apokryptográfos uma vez, fazendo um corte na lateral de seu corpo, exatamente onde eu tinha sido atingida momentos atrás. Depois, fiz um novo ataque, agora horizontal e com força, cortando sua barriga e vendo o sangue escorrer. — Até a próxima, sebosa. — Bradei, erguendo a Apokryptográfos para cima e, num ataque de cima para baixo, perfurei minha lâmina em seu peito, ouvindo o grunhido que ela fazia enquanto sangue jorrava de sua boca.
badger
Mia Lynn Sparkle
Mensagens : 192
Idade : 17
Perfil de Herói
Filiação: Zeus
Classe: Campista II
Nível: 6
Glória: Conhecido(a)
Oráculo de Delfos :: Mundo Mortal :: Grécia :: Atenas
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos