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Parthenon

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Parthenon

Mensagem por Oráculo de Delfos Dom Out 09, 2022 3:19 am

Parthenon
⁘ atenas ⁘
Foi um templo dedicado à deusa grega Atena, construído no século V a.C. na Acrópole de Atenas, na Grécia Antiga, por iniciativa de Péricles, governante da cidade, projetado pelos arquitetos Calícrates e Ictinos e decorado em sua maior parte pela oficina do escultor Fídias, que também executou a estátua criselefantina (feita de marfim e ouro) da deusa patrona da cidade, Atena Partenos, presente no interior do templo naquela época.

O Partenon é o mais conhecido dos edifícios remanescentes da Grécia Antiga e foi ornado com o melhor da arquitetura grega. Suas esculturas decorativas são consideradas um dos pontos altos da arte grega. O Partenon é um símbolo duradouro da Grécia e da democracia, e é visto como um dos maiores monumentos culturais da história da humanidade. O nome Partenon deriva da estátua de Atena Partenos.
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Re: Parthenon

Mensagem por Vía Mitchell Dom Set 24, 2023 10:13 pm

Fúria
dos deuses

Senti minhas bochechas queimarem gradativamente quando ouvi Carter brincar com as palavras. Conquista? Um elogio meu era como uma conquista? Ele estava… flertando? apertei o cabo da minha espada fortemente entre meus dedos, lutando para não me virar para ele que ainda praticava na arena, caso contrário acabaria revelando o quão sem jeito acabei ficando com aquilo… mas, aparentemente, seu "elogio" não seria a única coisa me preencheria meus pensamentos.

Antes que eu abandonasse completamente a área de combates, treinos num geral, o céu azul não mais chama minha atenção por sua beleza, e sim a presença de uma águia, que rondava o campo. Acompanhando cautelosamente seu voo rasante, seu ruído fora a última coisa que escutei, quando ela desapareceu completamente e ao longe, pude perceber a presença de Zeus. O pai de Carter. Com minha atenção plenamente posta sobre ele, vejo seus olhos intercalarem atenções tanto comigo quanto com Carter, fazendo com que os gêmeos que lutavam com ele saíssem disparados da arena, concedendo lugar a mim mais uma vez. Com o rosto não mais rubro, encaro Murdock com uma expressão absolutamente séria, como quem perguntasse se ele sabia de alguma coisa. Seus ombros se puxaram para cima e aquilo foi o suficiente para entender que a presença de seu pai era tão curiosa para ele quanto para mim. 

Zeus não disse nada, a princípio, e também não deixava nenhuma expressão específica no rosto, mas eu acabei ficando tensa em cada milímetro do meu corpo quando ele chamou pelo meu nome, e por sorte, não se referiu a mim como Olívia. Talvez soubesse das minhas escolhas quanto a minha preferência… mas, vale lembrar que ele ainda era meu avô. Com a cabeça pouco curvada, percebi o quão estranho ele me procurar. Primeiro Hera, agora ele… pensei aflita, imaginando qual era a necessidade e se Carter era mesmo necessário ali, pois de primeira, foi a mim a quem ele chamou. Ainda assim, deixou claro que estava sendo convocada para uma missão. Erguendo o queixo, demonstrei total disponibilidade e concordei, aguardando instruções, mas naquele momento, tudo o que ele disse foi que a sabedoria de minha mãe corria perigo. Estava sendo ameaçada… 

Imediatamente fechei o semblante, sem entender o que acontecia. Nos últimos dias, minha memória parecia mais falha do que o normal e, minhas habilidades com armas também pareciam decididamente ruim. Isso poderia estar sendo passado para seus filhos? Zeus agora olhava para Murdock, que parecia tão surpreso quanto eu. Ainda assim, Zeus não parecia tão preocupado e eu me perguntei se ele saberia de alguma coisa. Isso fez com que eu me acalmasse internamente, permitindo que meus pulmões respirassem bem de novo. Minha mãe era forte, facilmente derrotada ela não seria… mas, cabia a nós dois intervir nisso tudo. - Força misteriosa? - questionei baixinho, quando ele continuou, dizendo que a origem da ameaça era uma entidade antiga e malévola, que antes estava selada pelas forças da própria Atena, para proteger seu conhecimento divino. Ainda assim, a entidade estava liberta, seja por uma interferência divina ou desconhecida. Não é de hoje que deuses gostam de se prejudicar, pensei, mas a atenção de Zeus estava voltada para seu filho, e agora ele discursava sobre provarmos nossa grandeza, exigindo uma investigação de nossa parte.

Num mesmo ruído em que a águia de antes emitia, olhamos para cima e, num instante em que retornamos nossa atenção para Zeus, que dissera num ultimato que voltaria para saber do que descobriremos a noite, ele já tinha sumido. Agora éramos só eu e Carter, e a grande tarefa de proteger minha mãe. 

Parece que não deixaremos de nos ver tão cedo. - digo para ele com a sobrancelha direita arqueada, encarando-o de relance. - Iremos à biblioteca. Não consigo pensar em nada que possa ser tão óbvio assim sobre essa entidade antiga… objeções? - esperei até que ele dissesse algo, e quando tudo estava notoriamente explícito que Carter estava de acordo, comecei a caminhar em direção a Casa Grande, com ele ao meu lado. -Quero que saiba de uma coisa, Carter. - digo enquanto caminhávamos, e eu sentia a atenção dele sobre mim. - Não acho que será fácil pra mim. Essa missão. - e então o encaro, sorrindo fracamente. - A sabedoria de minha mãe está em jogo, e consequentemente a minha também. Se qualquer coisa acontecer... - respirei fundo - Interfira. - ordenei, preocupada. Assim passamos pela varanda da casa, nos dirigindo até o meu local preferido do Acampamento.

Por sorte, éramos apenas nós dois ali dentro.

Assim que adentramos na biblioteca, caminhei diretamente até uma sessão em específico, aquelas que geralmente contavam histórias sobre criaturas poderosas, que até mesmo interferiram nos poderes divinos dos grandiosos deuses. Carter me observava, provavelmente esperando que eu retornasse com as respostas. - Isso deve dar… - digo carregando uma pequena pilha de três livros em mãos, estes que ele tomou de mim, pondo sob uma mesa empoeirada dali. - Obrigada… - digo sincera, sem jeito. - É… que horas são? - encaro o meu relógio de bronze celestial e arregalo as pálpebras, resmungando. - Temos que ir. Descobrimos nosso destino no caminho. - digo para ele, afinal, não tínhamos tanto tempo assim. - Já está com tudo o que precisa aí? - questionei, enquanto ele dizia que sim. Eu levaria comigo uma dose de néctar pequena, em meu bolso da jaqueta amarrada na cintura e no mais, minha espada. - Vamos. - e assim, eu peguei um dos livros enquanto ele levava os outros dois, caminhando até o navio do Acampamento.

O tormenta de Squila era uma embarcação movida a magia. Por hora, não precisaríamos nos preocupar em quem sabia manusear um navio daquele tamanho ou não. Caminhando pelo convés do navio, me sento em um barril vazio, abrindo o primeiro livro pego anteriormente. Nele, inúmeras informações de ameaças ao Olimpo, mas nenhuma delas condiz com o que procurávamos. - Me dê o outro, por favor. - Peço para Carter, que me entrega o segundo livro. Este já possuía informações importantes, que diziam a respeito de Erínias, as famosas fúrias, personificações da vingança. Porém, havia uma em questão que me deixou com uma coceira atrás da orelha, me levando a morder a ponta da unha do dedão direito. - Há muito tempo, existiu uma Erínia que se corrompeu de seu propósito de vida. Em vez de punir mortais, essa erínia começou a punir os deuses, saindo até mesmo do controle de Nêmesis, que tinha esse serviço. - expliquei para ele, que se acomodava ao meu lado, ouvindo o que eu tinha para contar. - Essa Erínia foi chamada de Abadom. Significa destruição… - sussurro, olhando para os olhos azuis esverdeados de Carter. - Meu palpite é que essa erínia foi libertada por algum deus, buscando vingança da minha mãe. Por que não, afinal? Atena já causou muita briga com os outros… por exemplo… Poseidon. - um estalar ecoou em minha mente. - Poseidon ficou furioso quando o povo da cidade de Atenas a preferiu para governar. Ele pode muito bem ter libertado ela, punindo minha mãe para retirar sua sabedoria. - refletia sobre o assunto. - É claro! - e, então, num súbito, o tempo começou a se fechar, deixando o céu acinzentado e as águas do riacho tempestuosas. - Acho que descobrimos demais.

Levanto-me, caminhando até a proa do navio; Carter atrás de mim, também preocupado. - Sinto que precisamos ir até Atenas. Nossa próxima parada é a Grécia. - dito isso, caminho até o leme, mas este já se movia sozinho. Parecia escutar nossa conversa… sabíamos que não seria tão rápido até que chegássemos em Atenas, mas, pelo navio ser mágico, não demoraria dias e dias como uma embarcação comum. [...] 

A noite finalmente havia chegado e, eu e Carter nos encontrávamos no interior do navio, onde havia camas para nos acomodarmos durante nosso trajeto. Eu estava deitada em uma delas, e mesmo com o balanço constante da embarcação, lia mais a respeito da Erínia, Abadom, cujo poderia estar pondo a sabedoria de minha mãe em risco. Dores de cabeça constantes vagavam pela minha cabeça, e eu senti os olhos de Murdock sobre mim. - Estou bem. - aviso ele, deixando a leitura de lado. Aquela fraqueza seria passageira, logo iríamos resolver as coisas. Num impulso, me sento na cama, ele não parecia satisfeito com a minha palavra. - Não acredita em mim? - indaguei, sorrindo. - Você pode até não me conhecer, mas garanto que minha palavra vale muito mais. - E então me levanto, caminhando até a uma mesa onde havia um jarro de água, mas enquanto caminho, sinto um solavanco no navio, fazendo com que eu me segurasse na cadeira onde Carter estava sentado, mas acabei caindo sobre seu colo. Imediatamente coloco minhas mãos em seus ombros e o observo, sentindo meu rosto queimar. - Desculpa, eu… - de repente, era como se eu estivesse trancada em um pequeno baú, sem nenhuma ventilação. Minha respiração parecia ter sumido, e era como se eu não soubesse como fazer. - Carter… - murmurei seu nome, quando ele começou a se aproximar gradativamente de mim. Meus dedos apertavam cada vez mais seus ombros, e eu senti que ele me segurava pela cintura. Então, conforme ele avançava, eu me afastava um pouco, ardendo como brasa, assim como a tonalidade do meu cabelo.

Eu acho melhor… descansarmos. - digo quase que gaguejando, levantando-me rapidamente. De costas para ele, respiro fundo e deixo que meu rosto retornasse a cor habitual de sempre. - Né? - e então caminho até a lâmpada, apagando-a para que pudéssemos dormir finalmente. Deuses tinham a mania de nos procurar por meio de sonhos, então, talvez Zeus fizesse isso conosco. Assim me deito na cama, e Carter faz o mesmo, se acomodando em uma que ficava atrás de mim, eram basicamente duas camas encostadas, e nossas cabeças estavam na mesma direção. - Boa noite… - desejo a ele, observando o teto do navio. Aos poucos dormíamos, e logo logo, Zeus viria a nosso encontro…

E de repente, era como se estivéssemos no Olimpo, ou o que eu imaginava dele. Grandes construções gregas, todas brancas, silenciosas. Ao meu lado estava Carter, tão confuso quanto eu, e quando tentei falar, não consegui... 

Mais adiante, um homem caminhava em nossa direção, e assim que se aproximou totalmente, pude ver que era o pai de Murdock. - Vocês descobriram? - ele questionou, seriamente. Dessa vez, senti como se minha boca se desprendesse, era uma sensação parecida como estar com os lábios colados. - Sim... - respiro fundo, pronta para contar a ele. - Alguém libertou uma poderosa Erínia do exílio forçado. Suspeitamos que seja Poseidon... sei que ele ficou muito bravo quando o povo de Atenas preferiu minha mãe a ele, e por vingança ele libertou Abadom, uma fúria que corrompeu-se do seu caminho. - nisso, Carter continuou, contando que nem mesmo Nêmesis foi capaz de força-la a parar, e apenas Atena conseguiu mantê-la presa até atualmente, mas acabou sendo solta por influências exteriores. - Eu só não entendo... porque depois de tanto tempo? - afinal, Poseidon voltaria atrás desse assunto a troco de que? Gerar discórdia? - Seria possível se... Eris estivesse envolvida nisso tudo? - eu sabia que Eris já havia quase causado uma guerra olimpiana pondo minha mãe e Ares um contra o outro após o rapto de Nyctimene, então... teria ela persuadido Poseidon a libertar Abadom, para que punisse Atena? Encarei Zeus com uma expressão de seriedade, a medida que eu sentia fortes dores de cabeça. Por uns instantes, vacilei, me ajoelhando enquanto Carter tentava me segurar, mesmo que através do sonho. - Atena está correndo grande perigo. Vão! O tempo está acabando. - e assim, todo o ambiente em que estávamos foi sumindo, até que eu finalmente abrisse os olhos em súbito, sentando-me na cama com o peito inquieto. Girando o tronco, encaro Murdock, que também me olhava já acordado. - Chegamos. - digo, quando percebo que o navio não mais se movia.

Com minha espada pronta para qualquer ataque, subo as escadas que nos levam ao convés do navio, podendo encarar o cenário exterior. Embora ali estivesse com pouca claridade, calafrios percorriam minha espinha, a medida que eu saia para fora do navio, ancorado próximo a um rochedo. Meus dedos tremiam e pouco a pouco, eu escutava grunhidos que pareciam ecoar apenas na minha cabeça. - Aranhas... - sussurro baixinho, ouvindo os grunhidos ficarem mais fortes. - Carter, estão torturando minha mãe com aranhas! - não era novidade alguma que tínhamos aracnofobia, por conta de Aracne e toda a história que envolvia Atena em relação a ela... mas tortura? Isso era demais. O conhecimento de minha mãe estava sendo ameaçado, consequentemente, ela estaria mais fraca para lidar com isso. Levantando a cabeça, encaro a pequena trilha que nos levaria até a cidade de Atenas, e ali mesmo, observo três grandes criaturas rastejantes correndo em nossas direções, com seus tentáculos e pernas. - A... aranhas... - de repente era como se meu corpo fosse feito de papel, frágil, nada resistente. Meus dedos tremiam e eu não conseguia me mover, a medida que as aranhas se aproximavam mais e mais. 

Com os olhos fechados, pressionado as pálpebras fortemente no intuito de que tudo aquilo não se passasse de um pesadelo bobo. Minha mão apertava tão forte o cabo da espada que pude jurar ter cortado, mas nada me fazia abrir os olhos novamente.

Então, Carter tocou o meu ombro, e depois meu rosto, e pediu para que eu olhasse para ele. Apenas por alguns instantes. Lentamente, abro meus olhos para observá-lo e encontro seu semblante preocupado, mas ainda assim determinado. - Não consigo… - eu balbuciava, sabia que aquilo era pior do que qualquer coisa para mim, e eu nem mesmo tinha escolha, pois era algo que nasceu comigo. Ainda assim, Murdock não estava a fim de me deixar ali, parada sem que eu pudesse agir. Gentilmente ele me pediu para que confiasse nele: eu fecharia os olhos, e eu me moveria por seu comando. Ele seria a minha visão durante o confronto. - Não… não sei se… - eu não sabia se eu era boa o bastante para aquilo, mas deduzi que nada, no mundo todo, era algo impossível para Olívia Mitchell. - Tudo bem. - era mais sobre aceitar aquilo sabendo que eu estava fazendo por um motivo maior. Salvar a minha mãe, e todos os meus irmãos. 

Fecho os olhos. Aos poucos, sinto Carter se afastar de mim, dizendo que ele cuidaria de tudo. - Confio em você, capitão. - sorrio, querendo saber qual foi sua expressão quando o chamei daquela forma. Os grunhidos dos aracnídeos ficavam mais intensos com suas aproximações, e mesmo com os olhos fechados, era como se os meus ouvidos estivessem ligados no duzentos e vinte. "Direita" Carter disse, e eu ouvi seu escudo cortar alguma coisa, enquanto a criatura urrava de dor. Num reflexo, me esquivei para o lado esquerdo e ataquei pela direita, sentindo minha espada cravar em um corpo. "Mais uma vez!" Carter continuava me instruindo, mas não deixava sua luta de lado. Novamente, repeti o ato e finalmente senti alguma coisa cair colando no chão; era uma grande cabeça de aranha. Senti vontade de espiar, mas Murdock me lembrou: não, não olhe! Como se aquilo fosse custar minha vida, segui com os olhos vendados pela curiosidade, e continuei meus ataques. Dessa vez, senti alguma coisa se aproximar atrás de mim, e tentei golpeá-la, mas minhas mãos foram seguradas, e eu abri os olhos quando vi Carter me imobilizar pelos pulsos. - Você quase me matou de susto… - murmurei, relaxando o corpo. "Eu teria que fazer bem melhor que isso pra te assustar, viúva negra" fora o que ele disse para mim, arrancando rubores das minhas bochechas. - Até parece, Steve Rogers. - empurrei um pouquinho seu ombro, observando a aranha morta por mim, e as outras duas por Carter. - Formamos uma boa dupla. - digo encarando seus olhos, mas pigarreio quando percebo que ele mantém contato visual comigo.

Pisando sobre a cabeça decepada da aranha, mantenho minha espada de fora, não queria ser pega de surpresa… mas durante minha revisão de área, ouço relinchos de cavalos. Rapidamente vou ao encontro de Carter, ficando próxima a ele, e com as costas encostadas nas suas, observamos uma biga feita de fumaça nos cercar, deixando apenas rostos mascarados expostos. Eu sabia exatamente quem eram! - Deimos… Fobos! - eles riam, se divertindo da situação. - Foram vocês… as aranhas! - os acuso, furiosa. Fobos interrompe o andar da biga, pondo-se a se pronunciar. - Apenas viemos cumprir nossa parte do acordo com Abadom, pegando a filha de Atena… e teríamos conseguido - Deimos tratou de terminar - Se não fossem por vocês, meio-sangues estúpidos e enxeridos! - e assim a biga retornou a andar; eles subiram aos céus, desaparecendo como fumaça.

Pelo visto fizeram um acordo com a erínia. Talvez eles estivessem responsáveis pelas aranhas… - e então, sinto outra pontada na cabeça, como anteriormente. - Minha mãe… - ela corria perigo, as aranhas ainda estavam a ameaçá-la, e agora sem sua sabedoria completamente a disposição, ela corria riscos. - Vamos! - Corremos, em direção as ruas de Atenas, observando a cidade completamente vazia. Talvez tivesse sido evacuada, pois não havia sinal algum de vida que não fossem eu, Carter, Atena e… a erínia. Elas estavam próximas ao Parthenon, minha mãe completamente amarrada e um tipo de rede celestial, enquanto várias aranhas desferiram ataques a ela. Inclusive, a fúria parecia sugar sua sabedoria, mas parou assim que nos viu. - Eu cuido da fúria! Você protege minha mãe das aranhas! - digo para ele, que concorda e corre em direção a Atena. Nisso, empunho novamente minha espada e me dirijo a fúria, que estava no topo do Parthenon. Quando ela me vê, imediatamente uiva e saca seu chicote, provavelmente usado para punir os mortais, embora ela os usasse em deuses. - Ssssssua ssssemideusa maldita! - ela avança em minha direção, abrindo suas asas e garras.

A princípio, quando a erinia investiu seu primeiro ataque em mim com seu chicote, apenas me esquivei, deslizando meu corpo por debaixo dela, freando somente quando cravei minha espada no chão terroso. Ergui meu queixo, encarei voraz aquela carranca horrenda da criatura e a observei mergulhar novamente em minha direção, dessa vez usando seu chicote. Em vez de desviar do seu ataque, permito que ela envolvesse um dos meus tornozelos com o chicote, e quando ela me puxou para cima, impulsionei meu tronco com a mão e girei no ar ainda presa ao chicote dela, usando aquela proximidade para cravar minha lâmina em seu braço, aquele mesmo que ela usava para me manter presa no chicote. Cai, rolando pelo chão, mas me ajoelhei rapidamente e observei a criatura sangrar, um tipo de sangue parecido com pó, preto. Inevitavelmente, ela começou a se regenerar. Eu sabia que ela só morreria com um golpe fatal, diferente de outras criaturas que morriam com golpes mais fortes, independente de onde fosse. - Carter! Cuidado! - Enquanto eu enfrentava a fúria, Murdock foi ferido pelas aranhas, que praticamente gastaram completamente sua camiseta, deixando seu tronco amostra. Dali, pude ver uma marca de queimadura, que pareciam estranhamente com asas... correndo até ele, vejo seu escudo caído ao chão e rapidamente o pego, pondo-o a nossa frente quando uma das aranhas tenta golpea-lo pela guarda baixa. - Você tá bem? - antes que eu pudesse ouvir uma resposta dele, sinto a fúria agarrar meu cabelo com suas garras, me obrigando a soltar o escudo dele, sendo puxada e arrastada pelo chão. - Ajude minha mãe! - pedi exasperada, tomando posse de minha espada mais uma vez; cravei-a no ombro da criatura, que me arremessou longe, fazendo com que eu caísse contra um rochedo. Por sorte, minha cabeça não foi acertada, mas sim meu tórax. Talvez eu estivesse com uma costela quebrada...

Mesmo assim, com tamanha dor, me ergui. Ao longe, pude ver que Carter havia se livrado das aranhas e agora Atena conseguira se libertar da rede celestial, mas ainda estava debilitada. - Rogers! - chamo sua atenção, fazendo com que ele olhasse para mim. Com sinais, indiquei com as mãos que iriamos surpreende-la ao mesmo tempo, fazendo com que ela não tivesse como fugir. - AGORA! - e então nós dois avançamos. Carter rodopia seu corpo e eu utilizo a espada como uma lança; ao mesmo tempo, seu escudo atravessa o pescoço da fúria e minha espada ultrapassa seu coração, fazendo com que juntos, matássemos a criatura. - Rrrrraaaaaa! - Quando nossas armas repartiram seu corpo ao meio, pó foi a única coisa que restou... porém, daquele pó, Atena impediu que ele se perdesse entre os ventos do Parthenon, temendo que a erínia se reerguesse no submundo.

Com a respiração ofegante, sinto meu corpo desabafar aos poucos. Eu estaria estirada no chão, se não fosse por Murdock me segurando, levantando-me em seus braços. Mesmo com os olhos fechados, pude ouvir a voz da minha mãe: Muito bem, Olívia... vocês provaram sua grandeza... se vocês não tivessem descoberto sobre Eris, Poseidon teria problemas... Assim como Ares teve quando ela nos enganou... Eu vou encontrá-la! e aos poucos, deixei que o cansaço me consumisse. Mais tarde Carter retornaria para o navio, onde me levaria para casa em segurança, e após, me encarregaria a ficar na enfermaria sobre os cuidados dos filhos de Apolo. Por hora, a situação estava controlada, e Atena poderia ter o controle do paradeiro da fúria novamente.

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