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Rio Hudson

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Rio Hudson

Mensagem por Oráculo de Delfos Dom Out 09, 2022 12:03 am

Rio Hudson
⁘ Nova York ⁘
O rio Hudson é um rio com extensão de 315 milhas (510 km) e que flui de norte a sul, principalmente através do leste de Nova York. O rio nasce nas montanhas Adirondack do estado de Nova York, flui para o sul através do Vale do Hudson até a Upper New York Bay entre New York City e Jersey City. Ele finalmente deságua no Oceano Atlântico no porto de Nova York. O rio serve como uma fronteira política entre os estados de Nova Jersey e Nova York em sua extremidade sul. Mais ao norte, ele marca as fronteiras locais entre vários condados de Nova York.
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Re: Rio Hudson

Mensagem por Donatello McMillan Qua Mar 01, 2023 8:08 pm

Atrás da Cura Universal


[1°DIA]
Quando meu pai me falava que minha vida não ia ser nada fácil, que as coisas só iam ficar ainda mais complicadas, eu não tinha ideia do quanto ele tava falando sério. Quer dizer, não é que eu não acreditasse nele, mas conforme os anos se passaram eu entendi melhor a seriedade do assunto e as consequências de ser o filho de uma deusa. Não importa o quanto você tentar fugir dos perigos mortais da vida, eles sempre te alcançam de alguma forma. Se tratando de um semideus, essas coisas sempre acabam sendo bem maiores e mortais. No meu caso essa coisa veio na forma de uma carruagem dourada puxada por dragões enquanto eu caminhava pela floresta. Quando aquela carruagem parou diante de mim qualquer esperança que eu tivesse de evitar sair em missão foi pelos ares.

A mulher que montava o veículo era Deméter, que empunhava uma espada também dourada. Ela me cumprimentou com uma voz imponente enquanto  de sua carruagem. Permaneci estático acompanhando a deusa apenas com o olhar, me perguntando que tipo de tarefa ela me pediria. A deusa se aproximou de um dos dragões que parecia um pouco inquieto e o acariciou. Ver Deméter conversar com a criatura com voz fofa com certeza foi uma das cenas mais inesperadas que eu tinha presenciado até o momento. Por mais que fosse algo um pouco… constrangedora vista do meu ponto de vista, permaneci em silêncio e guardei qualquer comentário ou reação pra mim mesmo, até porque eu tinha o mínimo de senso e não queria correr o risco deixá-la brava. Eu tinha temor pela minha vida.

Mas voltando ao que importa de verdade, aparentemente o dragão estava doente e a cura era algo extremamente difícil de achar. Isso era um baita problema pra a pobre criatura que sofreria por mais tempo. Olhando a criatura, ela realmente parecia um pouco inquieta. O tom de voz da deusa mostrava sua grande preocupação com o dragão. Mesmo que eu não expressasse, ver a preocupação da deusa em cuidar do dragão me tocou de certa forma e mesmo que quisesse evitar uma missão no momento, estava inclinado a ajudar. Indo direto ao ponto, a deusa explicou como queria que eu a ajudasse. Ela queria que eu fosse atrás de Panacea, filha de Asclépio e deusa do remédio universal. Segundo Deméter, a própria deusa era o remédio, bastava beber o sangue da divindade e pronto. Mas aparentemente Panacea não é muito aberta a ceder seu próprio sangue a qualquer um, o que dificultaria e muito o trabalho. Deméter me entregou um frasco, garantindo que se conseguisse a cura para Trigo seria muito bem recompensado. Então a mesma saiu voando em sua carruagem, me deixando sozinho novamente.

Sair em busca de uma deusa para confrontá-la era uma das últimas coisas que eu gostaria de fazer, se tratando de uma divindade sabe-se lá o que ela seria capaz de fazer comigo. Mas não era como se eu tivesse disposto a me negar a ajudar Deméter e correr algum risco de ela guardar rancor de mim, eu sabia que dizer um não na cara dela seria como cometer um pecado imperdoável, ou seja, eu não tinha escolha. Mesmo que tivesse essa opção, não sei se seria capaz de me recusar a ajudar o Trigo e deixá-lo sofrer por sei lá quanto tempo. Mas primeiro eu precisava achá-la.


[2°DIA: manhã]
Procurar Panacea se mostrou uma tarefa realmente bem difícil, porque eu não tinha ideia de onde ela estava ou de por onde começar a procurar. Arrisquei perguntar para meus meio-irmãos se algum deles sabia alguma informação que pudesse me ajudar. A maioria deles não sabia nada, mas foi uma das filhas de Apolo que me deu uma luz no fim do túnel. A garota falou sobre o caso de um garoto que recebeu uma cura milagrosa para sua doença nas proximidades do rio Hudson e que eu podia checar. Com a informação de onde mais ou menos eu poderia encontrar a mulher em mãos, era hora de me preparar pra sair. Pensei em levar a lança Mimi Aímatos comigo, mas talvez sair andando por aí com uma lança daquelas chamasse muita atenção. Então decidi levar apenas minhas adagas e minha pequena faca. Coloquei minhas Koptikí Gtothiá em meus pulsos com a autorização da diretora Hestia, tive uma carona da van do acampamento até as proximidades do rio Hudson.


[2° DIA: tarde]
A informação que consegui foi de ótima ajuda, por mais que existisse a possibilidade de não encontrar Panacea já era um um começo. Caminhei próximo ao rio por um bom tempo, buscando qualquer sinal dela em alguma parte do extenso rio, até que finalmente avistei um pouco distante, uma mulher que batia com a descrição física que ganhei junto da informação do local. Ela estava sentada em um dos bancos, possuía longos cabelos escuros, roupas azuladas e em um de seus pulsos um belo bracelete dourado. Me aproximei sutilmente e percebi três homens que sorrateiramente me observavam enquanto eu chegava perto. Ela não estava sozinha. Aquilo me fez pensar que talvez precisaria usar da violência. Um dos guarda costa fez menção de se levantar, mas com um simples olhar da deusa ele recuou, permitindo que eu me sentasse.

Me sentei ao lado dela ainda hesitante. Panacea parecia extremamente tranquila enquanto lia o livro em sua mão, isso era um pouco incômodo de uma maneira que não sei explicar. – Hm, um filho de Atena - ela disse olhando meus braceletes. - Veio atrás do meu sangue, não é? Quem te mandou? - me perguntou sem nem olhar para mim. Sabia que minhas respostas poderiam dificultar ainda mais minha tarefa - Deméter - engoli em seco. - Não vou dar, vai embora. - me respondeu de maneira seca e direta. Estava prestes a questioná-la, mas ela voltou a falar - Ela vai usar em um daqueles dragões, não é? Aquelas criaturas não valem o meu sangue. - E já sabia que não seria fácil. Fiquei em silêncio por alguns segundos - Como sabe que não valem? O que te faz achar que a vida de um daqueles dragões não vale nada? - Mesmo vendo as criaturas apenas uma vez, não fazia sentido pra mim simplesmente tirar completamente o valor de suas vidas. O que definia o valor de uma vida pra ela, afinal de contas? Em poucos segundos simplesmente deixei de lado o receio de antes - Não vou embora sem o sangue. - engoli em seco novamente. Não queria lutar, mas não voltaria de mãos abanando. - Ok, se é assim que quer. Vamos ver qual o valor delas pra você. -  

Os três guarda costas se levantaram quase ao mesmo tempo, me cercando. Sacando minha faca, eu dei um golpe certeiro na perna do que estava mais próximo, cravando ela em sua coxa e fazendo ele se curvar de dor. Senti o segundo se aproximar rapidamente e segurar meu braço direito com força. Tentei me livrar, mas não antes de receber um murro na cara. Antes que eu pudesse me levantar, o terceiro me agarrou pelas costas, me mantendo imobilizado. Senti o meu sangue escorrendo na minha boca. Novamente me sentia inútil, mas dessa vez eu me recusaria a aceitar isso. Não sairia dali sem aquele maldito sangue. Cravei meus dentes com força no braço do segurança que me imobilizou e aproveitando a brecha, lhe dei uma cabeçada e o fazendo dar alguns passos para trás. Aproveitei a chance para ativar um de meus braceletes e fazer dois cortes fundos em seu abdômen no homem que segura meu braço. Antes que eu percebesse, o primeiro homem que feri tirou a faca de sua perna e avançou para cima de mim. Não tive tempo de me esquivar e senti a lâmina entrar em meu ombro direito e me derrubar no chão. Soltei um grito com a dor da arma afundando em mim. Enfiei minha adaga em sua barriga,fazendo-o cair para o lado. Com a mão oposta, tirei a faca do ombro. O guarda costa mais distante tentou se aproximar correndo, mas caiu de joelhos quando arremessei a faca, atingindo seu peito.

O último que restou de pé me pegou pela gola me dando um mais um murro, me fazendo cambalear, dando brecha para me dar mais um. Dando uma investida contra ele, o feri na região da costela. Panacea ainda olhava a situação de uma forma diferente agora, não sabia o que era. Com minha segunda adaga já preparada, me aproximei dele para finalizá-lo, mas antes ela se levantou. - Chega! - sua voz agora era imponente. Sua tranquilidade parecia ter sido abalada de alguma maneira - Ainda não mudei minha visão, mas me recuso que aquela criatura selvagem saia causando mortes por aí indiretamente por causa do que quer que ela tenha. Muito menos que me de algum tipo de problema além do quero lidar. - não esperava que ela mudasse de visão de uma hora para outra, mas conseguir o que eu queria já era o suficiente naquele momento - Tem algo onde eu possa por? - era perceptível em sua voz o seu desgosto. Entreguei o frasco a Panacea, que cortando sua mão, encheu o recipiente. Peguei minhas armas e agora sem intervenções pude seguir o caminho de volta.


[2°DIA: noite]
Já no acampamento, eu passei um tempo na enfermaria tratando meus ferimentos até que meu ombro parasse doer e eu conseguisse andar direito. Segurava o frasco com sangue em minha mão. Teria que lidar com mais coisas desse tipo, era inevitável. Então que pelo menos conseguisse ajudar alguém de alguma forma. Voltei até onde eu havia encontrado com Deméter e lá estava ela. Me aproximei de Trigo e repousei minha mão sobre sua cabeça. - Aqui. - entreguei o frasco a deusa que pareceu grata pela ajuda.
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