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Alcatraz

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Alcatraz

Mensagem por Oráculo de Delfos Dom Out 09, 2022 3:05 am

Alcatraz
⁘ são francisco ⁘
É uma ilha localizada no meio da Baía de São Francisco. Inicialmente foi utilizada como base militar, e somente mais tarde foi convertida em uma prisão de segurança máxima. Atualmente, é um ponto turístico operado pelo National Park Service junto com a Área de Recreação Golden Gate.

Fica a 15 minutos de balsa do Pier 33 no Embarcadero; a viagem de balsa é operada pela Alcatraz Cruises. O bilhete de ida-e-volta inclui um tour com áudio sobre as celas. Na ilha, é possível fazer um passeio grátis com um dos voluntários ou guias do Parque Nacional ou então pegar um folheto na plataforma da balsa para fazer um tour autoguiado.

É possível pode ficar na Rocha até a última balsa que sai às 16h25. No verão também há a possibilidade de passeios noturnos. É um ponto turístico bastante conhecido.
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Re: Alcatraz

Mensagem por Maysilee Underwood Seg maio 29, 2023 10:29 pm

Delivery: Alcatraz
Acampamento Meio-Sangue - Long Island, NY - Estados Unidos]
Ali dentro da forja do acampamento, meus olhos encaravam Hefesto. Ele não me parecia como os outros deuses, embora eu não tivesse certeza em qual detalhe, exatamente. Mesmo assim, mantive meus braços cruzados enquanto escutava atentamente o que o deus da forja tinha para me falar. Que se tratava de uma missão, isso eu já havia compreendido, mas ainda precisava me familiarizar com os detalhes. Alcatraz? O evento que acontecia por lá e que atraía turistas, também era onde o contato de Hefesto estaria carregando aquilo que ele precisava para terminar seu projeto. Dessa vez, passava os olhos pelos arredores da forja, sobretudo para onde Hefesto parecia olhar. Talvez fosse muito mal visto ficar vendo o que os outros estavam fazendo, mas eu não me importava muito com isso, na verdade. Hefesto também seguia dizendo que além de mim, outros estariam buscando o material, e que era para que eu tentasse me manter longe de problemas, ou pelo menos não dar nenhum show. Foi impossível não sorrir com aquela última sentença. — Não se preocupe com isso. — De fato. Eu não era nada fã de dar showzinho, e agia muito melhor pelas sombras. Diante daquilo, porém, o deus logo deslizou um papel para mais perto. Havia algo escrito ali, em grego antigo. Chkcéusl… Cahléusk… Chalkeús. Demorou para que eu conseguisse entender o escrito, graças à dislexia. Cobre? Era o significado. Arqueei a sobrancelha, curiosa com o que deveria ser. Por uma fração de segundos, não percebi que Hefesto me encarava, arregalando os olhos em sua direção ao perceber, notando suas feições sérias e então pegando o papel. — Claro, mas quem eu devo bus… — Então tudo ficou escuro, e quando o fogo voltou a clarear a forja, ele já não estava mais ali. — …car. — Revirei os olhos. Deuses eram insuportáveis de vez em quando com essa coisa de serem enigmáticos em seus pedidos, mas pelo menos a manobra de desaparecer junto com o fogo foi maneira, devo admitir.

[Alcatraz - São Francisco, CA - Estados Unidos]
Com minha locomoção até o destino sendo através da carruagem de Hefesto, pude respirar aliviada ao menos durante o percurso até a Califórnia. Era perigoso para qualquer campista deixar o acampamento, monstros sentiam nosso cheiro, tentavam acabar com a nossa raça… Então ter um meio de se locomover, nem que fosse por apenas uma parte do caminho, já era uma grande coisa. Além do mais, no meu caso, e no de todo e qualquer semideus filho de um dos três grandes, sair do acampamento se tornava ainda mais perigoso. Isso sim era um porre, se quer mesmo saber a minha opinião, mas não significaria que teria medo de enfrentar alguns bichinhos de vez em quando. Era sempre interessante mandá-los para o Mundo Inferior, e mesmo que tais monstros se regenerem de tempos em tempos, matá-los nunca perdia a graça. Até mesmo ali, naquele lugar quente demais para as roupas que eu vestia. A Califórnia não é realmente um lugar para quem gosta de usar preto, fica quente. Insuportavelmente quente. Da carruagem, pude enxergar a praia e alguns mortais andando de bicicleta pela orla. Alcatraz ficava em uma ilha, no meio da Baía de São Francisco, e aquele era o meu destino. Não sei o tipo de motor usado por Hefesto, mas cheguei muito rápido. A névoa provavelmente fez com que os turistas próximos enxergassem a carruagem como uma embarcação, pois paramos bem no píer da ilha, e logo passei a caminhar pelo local como mais uma turista pronta para aproveitar o evento. Aqui está cheio de gente... Pensava enquanto seguia caminhando, pegando o mapa de Alcatraz que disponibilizaram na entrada e guardando na mochila enquanto tentava não olhar muito para as pessoas, buscando me aproximar mais de lugares com sombra e passar despercebida. Me sentiria mais segura dessa forma.

O vento trazia o cheiro característico da maresia e isso embrulhava um pouco o meu estômago. Eu tinha medo do mar, tal como eu também não era nada fã de viagens de avião. Talvez todos os filhos dos três grandes possuíssem certo receio dos territórios dos grandes que não fossem seus pais em algum nível, mas o mar era algo ainda mais intenso para mim. Eu realmente não gostava, e tudo o que tinha ao meu redor era mar. Estava em uma ilha, afinal de contas. Se as coisas não pudessem ficar piores, eu precisei esconder minha besta na mochila para que nenhum mortal visse e interpretasse aquilo como algum tipo de ataque terrorista. Além da besta, pelo menos, eu havia trazido comigo o saquinho com bagos de romã, presente de Hades de quando fui reclamada como sua filha. Não fazia ideia do quanto aquilo seria útil, e se por algum motivo eu não fosse capaz de usar minha arma, pelo menos tentaria mandar quem me atacasse direto para o Mundo Interior com aquilo. Tateei meu bolso rapidamente, me certificando de que o saquinho ainda se mantinha ali, e então continuei andando. O lugar estava realmente cheio, todos preocupados com seus próprios umbigos, focados nos comes e bebes que vendiam por ali e até nas excursões que vez ou outra se iniciavam no portão de entrada da prisão. Com tantas pessoas, imaginei que perceber a presença de algum monstro pudesse ser mais difícil, e por isso tentava ao máximo me lembrar de tudo o que vinha aprendendo auxiliando os demais campistas com treinos de combate à criaturas. Eu precisava enxergar além da névoa. Sendo assim, minha guarda estava alta, e minha facilidade em manter minhas expressões neutra também me ajudava a não levantar suspeitas enquanto olhava em volta.

Como encontrar alguém sem saber absolutamente nada de sua aparência física? Hefesto deixou comigo apenas um pedaço de papel com escritos em grego antigo que em nada davam qualquer pista de quem eu deveria encontrar. Ao mesmo tempo, ele também havia dito que outros poderiam estar atrás da mesma coisa, e isso por si só deixavam as coisas piores, porque eu também não tinha a menor ideia de quem poderia estar buscando o mesmo que o deus da forja. Foi então que decidi sair do meio da multidão e ir para um canto, debaixo de uma sombra, e assim observar com mais atenção os arredores e poder pensar em como prosseguir com aquela missão. Se eu fosse um contato de Hefesto... Para onde eu iria? Tentava refletir, olhando em volta e buscando por algum ponto que talvez fizesse sentido, até que... Arregalei os olhos, fechando-os um pouco em seguida e esboçando um meio sorriso. — Já sei. — Em seguida, puxei o mapa de Alcatraz da minha mochila, e percorri meus olhos por ele, buscando algo específico: o maquinário. O local todo estava desativado, então a visitação por seu interior não era uma novidade, sobretudo considerando o evento que acontecia. Eu precisaria encontrar uma forma de ir até lá, e se tudo desse certo, o contado de Hefesto estaria lá. Tentei memorizar bem os caminhos até aquela parte da prisão e então não me demorei e comecei a caminhar até a fila que se formava na entrada. Era óbvio que mantive os olhos falsamente percorrendo o mapa, enquanto também tentava me atendar aos arredores e impedir ser atacada de surpresa.

Quando finalmente coloquei os pés dentro da prisão, decidindo não seguir o guia turístico e caminhar pelo local por conta própria, passava brevemente meus olhos pelo mapa, confirmando vez ou outra se eu estava seguindo o caminho certo. Felizmente eu tinha um bom senso de percepção e sabia me guiar pelos lugares. Ao mesmo tempo, eu também buscava pensar em todas as possibilidades de fuga e de como deixar a prisão com mais facilidade, sem enfrentar problemas com multidões atrapalhando a passagem. Decidi não antecipar os problemas naquele momento, avançando para onde havia me proposto chegar, passando por alguns corredores e passando por um batente sem porta e seguindo por uma porta de ferro. De acordo com o mapa, era atrás dela que ficava a escadaria para onde o maquinário estava localizado. — Certo, vamos lá. — Falei quase sem produzir nenhum som, descendo a escadaria. Os maquinários realmente era impressionantes, e não era pra menos... Para fazer uma prisão daquela funcionar, mesmo que há tantos anos, era necessário algo realmente bem construído. Não entendia nada daquilo, mas também não precisava, não era meu motivo de estar ali. Para a minha sorte, não se passou muito tempo desde que cheguei para que alguém aparecesse, um homem com expressão tão fechada quanto a de Hefesto, exceto pelo cigarrinho do capeta em sua boca, preso pelos lábios. — Estou aqui a mando do deus da forja. — Falei. "Hefesto mandou uma filha do deus dos mortos? Ele já escolheu melhores semideuses antes." Revirei os olhos, decidida a não perder meu tempo com provocações. Sequer me interessei por saber como ele sabia de quem eu era filha.

— Cara... Só vamos logo com isso, está bem? — Havia um pacote com ele, provavelmente era o que Hefesto queria, então me aproximei enquanto puxava o pedaço de papel de dentro do bolso e então estiquei para ele, tentando manter meu rosto o mais longe possível do narcótico fedorento. — Hefesto mandou lhe entregar isso. — Ele logo tomou posse do papel, abrindo-o. Não soube decifrar sua expressão, mas ele não demorou muito a me entregar o pacote, o qual eu apenas acenei em agradecimento. Coloquei aquele pacote na mochila imediatamente, e então apenas falei. — Vou nessa. — Não havia mais o que fazer ali, mas antes que eu deixasse o local, ouvi um último aviso: "Tome cuidado, garotinha. Outros estão atrás disso e podem estar esperando por você do lado de fora." E com aquela mensagem de positividade, deixei o maquinário para trás, fazendo todo o caminho de volta. Eu fiz todo o caminho inverso numa boa, até com mais facilidade do que a ida, mas havia algo estranho, e eu podia sentir nas minhas entranhas. Para qualquer outra pessoa, aquele tipo de sensação poderia ser facilmente considerado adrenalina, ansiedade ou até antecipação de algo que sequer fazia sentido... Mas para filhos de Hades? Tratava-se de um alerta. Algo estava para acontecer, algo perigoso, porque era isso o que eu sentia: o perigo. Toda vez que essa sensação me tomava, eu ficava mal, era como se houvesse uma bolha gigante de ar no meu peito, que não passava por lugar nenhum, só se mantinha ali, entalada. Isso fez com que eu olhasse em volta com maior atenção, buscando qualquer coisa suspeita.

Àquela altura eu já havia deixado a prisão e buscava chegar ao píer, onde a carruagem esperava pelo pacote. Porém, enquanto caminhava por ali, notei algo fora do comum. Havia duas mulheres diferentes das demais, se vestiam com roupas de couro e por um instante eu me dei conta... Elas estavam ali desde que cheguei, não saíram daquele mesmo lugar. Já fazia tempo desde que entrei em Alcatraz, quiçá o tempo em que cheguei na ilha, mas minha percepção local sempre foi boa, fora que eu sempre fui uma pessoa mais calada e, por mais clichê que possa parecer, pessoas caladas tendem a ser mais observadoras. Isso fazia sentido para mim. Desviei os olhos, embora me mantivesse atenta, e então entendi que seria necessário que eu passasse por aquele lado para chegar ao meu destino. Elas estão me esperando. Concluí, soltando um suspiro desgostoso. Eu precisava agir rápido, não sabia exatamente quem eram, mas a sensação de perigo ficava ainda mais forte conforme me aproximava, e sentia que muito em breve descobriria. Dei uma breve olhada na posição do sol, já não estava mais tão no alto, o que aumentava as sombras ao nosso redor. Minha arma estava na mochila, junto com o pacote, e para pegá-la eu precisaria ter um momento, por mais breve que fosse, longe delas. Mesmo assim não era prudente que eu desparecesse em uma sombra agora, não ainda com tantos turistas por perto. Assim, virei em uma curva e senti um comichão mais intenso. Não poderia dizer com total certeza, mas se o perigo estava mais intenso, então.. Eu estaria sendo seguida, muito provavelmente.

Dito e feito, assim que me afastei da multidão, embora ainda houvessem pessoas ao redor, vi algo no céu que definitivamente não se tratava de uma mulher estilosa. Na verdade, era bem feia, mas ainda vestia as mesmas roupas. — Erínias. — Dei um sorriso desgostoso. Eram criaturas que viviam no Mundo Inferior, mas elas não viriam me atacar à mando de Hades. Meu pai faria isso comigo? Não havia tempo para crise familiar agora, suas feições indicavam o que fariam comigo se me capturassem, então eu apenas acenei para elas, com um sorriso dessa vez mais alargado e deixei que a sombra me sugasse para dentro. Esse foi um dos poderes que aprendi, viajar pelas sombras. Quando reapareci, no outro canto e ainda mais longe das pessoas, só tive tempo de puxar minha besta de dentro da mochila e ficar à postos. O dardo já estava engatilhado, eu precisaria apenas puxar o gatilho. A carruagem estava mais abaixo, e eu precisaria lidar com aquelas criaturas tempo suficiente para chegar até lá e deixar o pacote. Uma vez ali dentro, o pacote estaria seguro, não? Eu esperava que sim. Eu não gostava de combates diretos, não gostava de ter esse tipo de atenção sobre mim, e vê-las apenas me encarando como se esperassem que eu agisse de maneira imprudente me fez pensar nas palavras de Hefesto. "Apenas não dê nenhum show na frente dos mortais." — O verdadeiro show acontece nos bastidores. — Falei com um sorriso, correndo os olhos pelo ambiente e vendo uma sombra maravilhosa perto das rochas. Se eu conseguisse fazer meu caminho por lá, chegaria até a carruagem ainda mais rápido do que pelo caminho habitual, e ainda ficaria fora dos olhos dos mortais (pelo menos eu assim esperava).

Não tive muito mais tempo pra pensar. Percebendo que eu não cometeria nenhuma imprudência, uma delas deu um rasante em minha direção, e fui obrigada a desaparecer novamente nas sombras, mas dessa vez tendo maior noção de onde queria ir, e consegui parar na sobra da rocha. Mais do que nunca, eu precisaria ignorar que despencar dali significaria cair no mar, então mantive meus olhos nas malditas, que pareciam irritadas por terem sido dribladas. Havia algumas algas e outros fungos na rocha, o que deixavam o lugar ao mesmo tempo que ligeiramente grudento, também escorregadio. Não entendia ao certo como esse tipo de coisa era possível, mas não me importava muito. Desde que eu não caísse no mar, estava ótimo. "Nos entregue esse pacote, garota. E não faremos nada contra você.´ Disse uma delas, mas a outra avançou em mim, passando suas garras de raspão em meu braço, cortando o local antes que eu desaparecesse de vez nas sombras novamente. ”Por quanto tempo mais vai ficar fazendo isso, Maysilee Underwood?” Provocou a outra, com uma voz mais esganiçada. É claro que ela sabia quem eu era. Mas de uma coisa ela estava certa, ficar fazendo aquilo não funcionaria para sempre, eu precisava de um plano, e rápido. Assim, mesmo com meu braço bastante dolorido, empunhei minha besta de uma vez por todas e reapareci na mesma sombra. Apertando o gatilho no mesmo instante, mas errando a mira por pouco. Repeti a ação de novo, e de novo, e de novo. Elas não se demoravam para desviar das minhas investidas à longa distância, mas estavam começando a ficar de saco cheio daquilo. Quando mirei novamente a besta em uma das erínias, foi a que estava sob minha mira que investiu contra mim, gritando algo como se quisesse arrancar meu pescoço. Me mantive parada, com ela na mira, mas esperando até que ela se aproximasse mais, certa de que me acertaria. Dessa forma, quando seu ataque estava praticamente certo, eu apertei o gatilho, acertando sua jugular e novamente me deixei ser sugada pela sombra.

Quando reapareci, eu já estava mais embaixo, e a erínia acertada por mim havia se transformado em pó dourado. — Gostou do presentinho, pai? — Sorri vitoriosa, mas sem deixar de me atentar à outra, que parecia ainda mais furiosa agora. Ela também era mais rápida, e por isso eu não tive escolha a não ser descer a rocha sem desaparecer de sua vista, ao menos por enquanto. Eu precisava entender o rumo que tomava, as sombras naquela altura não facilitavam em nada o uso do meu poder, estavam mais longes. Vez ou outra, eu olhava para onde estavam os turistas, mas eles não pareciam ter me visto… Eu estava de roupa escura, e nas rochas isso não chamava muito a atenção. E quanto a erínia… Bom, eu esperava que a névoa fizesse seu trabalho. O problema é que a preocupação com aquilo também tirou um pouco do meu foco, e logo senti as garras da criatura fincando minha mochila, tentando puxá-la de mim, rasgar as alças e assim roubar o pacote. — Desgraçada. — Bradei em voz alta, arrancando um dos dardos da minha besta e cravando em sua garra sobre meu ombro. O impacto fez com que ela acertasse sua garra em meu ombro, perfurando um pouco o local, mas não o suficiente para me fazer desistir. Puxei o dardo novamente e cravei de novo em sua garra, e de novo, e de novo, até ela soltar meu ombro. A alça direita da mochila rasgou, mas ela não a levaria. O pacote ficaria comigo.

Continuei descendo, dessa vez mais rápido, até escorregar no limo e despencar alguns metros. Por sorte, a rocha era lisa e não houveram machucados além de um impacto que provavelmente causaria dor após a adrenalina baixar. Eu já estava muito perto da carruagem quando aquela maldita parou de frente para ela, impedindo que eu me aproximasse mais. Perto demais do píer, eu não podia me aproximar agora, precisaria continuar perto das rochas, ou então… ”Proteja o pacote a todo custo.” — Merda. — Saltei dali mesmo, sentindo o impacto do meu corpo contra a água salgada. Por mais que eu odiasse o mar, aquela era uma razão pela qual aprendi a nadar, e por esse motivo mergulhei. Precisava chegar até a carruagem e aquele, no momento, era o único jeito. Sabia que a erínia estaria me procurando, buscando minha presença e esperando o momento em que eu fosse retornar para a superfície, mas eu apenas coloquei minha cabeça para fora na altura dos olhos, além das minhas mãos junto da besta também para fora d’água, atirando na criatura dali de dentro do mar. O tiro passou longe, mas o suficiente para chamar a atenção dela, mas logo voltei a mergulhar, agora me aproximando da carruagem, que estava um nível acima da água.

Me escondi debaixo da carruagem, e então observei a erínia com atenção, Ela me farejava, eu podia perceber. Então fiquei ali não sei por quanto tempo, até que a criatura finalmente percebesse onde eu estava. Eu era boa de mira, já manuseava aquela besta há tempo suficiente. Não precisava de uma preparação maior do que aquela, por isso eu só esperei mais alguns segundos, até finalmente ver o rosto da erínia, que era cheio de raiva, tentando se enfiar por debaixo da carruagem e me pegar. Eu não estava ao seu alcance ainda, e essa foi minha deixa. — Diga oi ao meu pai por mim. — Falei, puxando o gatilho direto entre seus olhos. O Dardo foi certeiro em sua cabeça, e disparei mais um e depois mais um, até que ela virasse pó dourado. Soltei uma lufada pesada de ar, exausta, mas não parei até deixar a parte debaixo da carruagem e subir nela. Tirando o pacote da mochila encharcada e colocando-o sobre ela. Eu não fazia ideia se era a intenção de Hefesto me deixar em Alcatraz para que eu desse um jeito de voltar, mas não ousei sair daquela carruagem. Estava encharcada por ter pulado no mar, havia enfrentado duas erínias, e tudo o que eu queria era poder encostar em qualquer lugar e apenas respirar fundo. Agora tudo o que restava era que aquela carruagem levasse o pacote até Hefesto, e eu realmente esperava que aquela carruagem também me deixasse no acampamento no meio do caminho.
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